XIII - A Mão Esquerda do Demônio

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Clarke sentia seu coração palpitar, Lexa estava tão próxima dela que caso se movesse alguns centímetros não haveria espaço entre elas. A nightblood não era igual aos outros assassinos, havia uma luz dentro dela, havia bondade que nos outros havia sido roubada a muito tempo. Ainda havia esperança para Lexa.

— Venha comigo. - Clarke implorou — Você não precisa viver nessa vida, podemos fugir...

— Assim como seu pai fugiu? - Lexa deu uma risada sem humor e se deitou novamente — Você não pode salvar todos, Klark. Não pode me salvar. - A garota se deitou novamente — Você acha que nosso jeito é severo, mas é como sobrevivemos.

— Talvez a vida devesse ser mais do que só sobreviver. - Clarke se aproximou ainda mais, sentia que seu coração poderia parar a qualquer momento. Ela apoiou o braço na lateral do outro lado do corpo de Lexa — Não merecemos mais que isso?

— Talvez.

Lexa se sentou apoiando a mão na cama e colando a outra na nuca de Clarke a puxando para um beijo caloroso e tranquilo que calou o mundo a volta das duas. As borboletas na barriga de Clarke se agitaram e ela sentia que tudo nas ultimas semanas levou aquilo, aquele momento. As duas se separaram em busca de ar e olharam nos olhos uma da outra, Clarke se aproximou novamente mas a porta se abriu fazendo com que recuasse.

Clarke abriu os olhos e sentiu o corpo vibrar com raiva. Ela ainda estava naquela maldita cela embaixo da guilda dos assassinos e Lexa não fazia ideia disso. Por mais que Octavia insistisse que ela sabia e que não se importava. Clarke se sentou e colocou os pés no chão, aquele chão sujo e molhado de sabe-se la o que.

— Parece que eles estão comemorando alguma coisa. - Octavia disse, sentada do outro lado da cela.

— Provavelmente a competição, alguém já deve ter ganhado. - Clarke falou, a garota se sentia tonta pois não comia a dias. Não porque Aden não trazia comida, mas porque preferia não comer uma comida possivelmente envenenada.

— Bem, skai gada, é melhor que sua amada Leksa tenha ganhado e venha nos libertar como você acha que vem. - Octavia falou com deboche

— Ela é sua amiga! - Clarke exclamou

— Ela é uma assassina.

Passos na escadaria fez com que as duas garotas se calassem e olhassem para fora da cela. Dois homens que pareciam mais dois armários apareceram e iam em sua direção.

Clarke encolheu o corpo em um canto quando os homens começaram a abrir a porta da cela e entraram agarrando Octavia que se debatia contra eles e gritava. Eles apenas riram e disseram que ninguém que pudesse ouvir seus gritos as ajudariam. Enquanto as arrastavam escadarias acima, o som de musica, risadas e conversas ficava cada vez mais alto e Clarke começava a pensar que a morte delas seria a atração principal da festa que ocorria quando um terceiro assassino apareceu e abriu uma porta na qual eles entraram.

Octavia e Clarke foram presas por algemas presas ao teto e depois de se certificarem que elas não poderiam sair, os homens saíram e trancaram a porta.

— Ainda acha que sua namorada vai nos salvar? - Octavia falou debochada

Ao longe uma trompeta soou e o chão vibrou. Clarke sentia seus braços dormentes e pareciam que se rasgariam de seu corpo a qualquer momento. Ela inclinou a cabeça e foi engolida pela escuridão.

Clarke estava com a visão embaçada, mas pode ver quando um homem careca entrou. Ele dizia algo para elas e andava na direção da mesa na qual os instrumentos de tortura estavam. A porta abriu novamente e outro homem só que de cabelos claros entrou na sala, era Aden.

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⏰ Última atualização: May 24, 2016 ⏰

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