Capítulo 04

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N/A   Boa tarde minhas lindas....  bem, eu demorei... me perdoem! mas é porque aconteceram muitas coisas no decorrer desse tempo.  dia 17 fez um mês que meu avô faleceu, eu simplesmente tive que me dar uma brechinha pra poder reorganizar minha mente, e a faculdade também tomou parte do meu tempo, mas TKS HEAVENS  só falta mais uma semaninha pra férias!  [ é pra glorificar de pé o/]  

E Nossa!!   não posso deixar de agradecer a toooodos vocês!! passamos dos 1k de views!!!! me sinto imensamente agradecida...

Aqui está mais um capitulo e ENJOY  ;)



"- Me fale mais sobre isso. – A loira colocou suas pernas esticadas uma de cada lado do meu corpo, percebi que viria uma longa por aí."



Elyza inclinou seu tronco para trás e se apoiou nas palmas de suas mãos de forma relaxada, senti minhas bochechas queimarem ao reparar no volume dos seus seios e me repreendi mentalmente por isso.

- Eu venho de uma família de médicos, cresci em meio a laboratórios, livros científicos sabe, isso é meio que natural para mim. – Ela começou, sem perceber meus olhares ou meu rubor.

- Muito modesta. – Eu disse brincando e ela sorriu

- Eu queria entender o mundo, minha mãe costumava dizer que eu era o tipo de garota que queria consertar tudo. Eu entrei na faculdade bem cedo, com 15 anos, quanto mais eu descobria, mais eu queria descobrir, então entrei para um grupo de pesquisadores que faziam pesquisas para o governo, o NPA, núcleo de pesquises avançadas, não sei se você já ouviu falar.... – Neguei levemente com a cabeça, me sentimento completamente leiga no assunto... ela continuou- eu passei minha vida me dedicando aos estudos, desenvolvendo vacinas, remédios, estudei tantos vírus, tantas bactérias... – ela soltou um suspiro – mas essa coisa... eu ainda não sei como parar...

Me inclinei para frente e em um impulso toquei sua coxa esquerda, queria passar força de alguma forma... seus olhos se prenderam aos meus por um instante... - Tenho certeza que se existe alguém capaz disso, essa pessoa é você – eu disse olhando firmemente em seus olhos, eu não entendia nada sobre isso, e também não conhecia Elyza muito bem, mas de uma forma inexplicável eu tinha esperanças nela, e sentia a necessidade de apoia-la de alguma forma.

Percebi as maças do rosto da loira corarem, e ela sorriu sem jeito, senti meu coração se acelerar com aquela visão.

- Eu comecei a desenvolver uma teoria sobre o que desencadeava tudo isso e comecei a trabalhar em cima disso, de uns três meses para cá minhas pesquisas avançaram muito, mas não sei se existe mais alguma sociedade para salvar, acho que demorei demais.

- Não pensa assim – me aproximei mais do seu corpo – assim como eu, deve ter mais pessoas por aí, e como minha mãe diz " enquanto há vida, há esperança". – Sorri confiante para ela que retribuiu da mesma forma.

- Você tem razão... – o silencio novamente se instalou entre nós e eu percebi que minha mão ainda estava sobre sua coxa, pigarreei de leve e retirei a mão envergonhada de algo que não sabia exatamente o que era - quer descansar um pouco? Eu fico de guarda... – ela disse com a voz um pouco mais rouca que o habitual.

- E você, não quer descansar? – Rebati.

- Eu estou bem – ela sorriu – descanse, assim que o sol nascer nós voltamos as buscas.

- Mas eu... – ia protestar quando ela me interrompeu.

- Por favor, Alicia... – senti um arrepio pelo corpo quando ouvi a forma como ela pronunciou meu nome.

- Posso deitar no seu colo? – Perguntei sem pensar e ela me encarou por breves segundos, minhas bochechas queimavam e eu tinha certeza que estava fortemente corada.

- C..claro... – ela disse bastante surpresa e um pouco hesitante... permaneci parada, talvez eu tenha sido muito impulsiva, pensei em dizer para esquecer o assunto quando senti suas mãos puxando meu corpo pelos braços me levando para perto dela. Sorri e aconcheguei minhas costas em seu corpo, escorregando um pouco meu corpo no chão, deitei minha cabeça em seu colo e ela descansou seu queixo sobre minha cabeça. Suspirei fundo sentindo seu cheiro gostoso e fechei os olhos. Seus braços circundaram minha cintura, me abraçando de forma protetora, sentia seu coração batendo em minhas gostas acelerado, da mesma forma que o meu, o que aquilo significava? Resolvi afastar qualquer questionamento e tentar descansar, depois trocaria os papeis com ela, eu vigiaria e ela descansaria, ao menos era esse o meu plano.

***

- Alicia, acorde... temos que ir – senti um leve aperto no braço e abri os olhos relutante. Olhei em volta e luzes entravam pelas frestas das madeiras da velha cabana, eu me sentei e esfreguei os olhos para poder enxergar melhor, Elyza estava em pé e colocava a mochila nas costas.

- Mas, eu... – minha mente começava a voltar a trabalhar, e de repente me dei conta – Oh meu Deus, eu dormi a noite toda! – Disse envergonhada – me desculpe Elyza, era para termos revezado, por que não me acordou? Você tinha que descansar também. – Eu me sentia péssima.

- Ei... eu estou bem – ela estava ajoelhada a minha frente e levantou meu rosto em sua direção, ela sorria, mas pude perceber seus olhos cansados.

- Não Lyz, isso não é justo – abaixei o olhar negando com a cabeça rapidamente.

- Lyz? – Ela gargalhou e então me dei conta da forma como a havia chamado. – Está aí, gostei. – Ela se levantou e estendeu a mão para mim.

- Me desculpa – peguei sua mão e me coloquei em pé – ela me encarava divertida e eu completamente envergonhada.

- Não precisa se desculpar, pode me chamar assim, eu gostei. – Ela segurou minha mão e caminhava em direção a porta, resolvi que não falaria mais nada, a vergonha já estava grande o bastante...

- Está pronta? – Ela me perguntou, e eu sabia que ela pensava o mesmo que eu... assim que atravessássemos aquela porta, a realidade dura nos invadiria novamente... acenei que sim com a cabeça e ela abriu a porta, a claridade do dia cegou um pouco meus olhos. Mas assim que minha visão se acostumou com a luz minha visão se focou em algo não muito longe.


Alguns metros, encostado em uma árvore, aparentemente dormindo... soltei da mão de Elyza e corri, me lancei aos pés do corpo daquela pessoa e sacudi seus ombros impaciente fazendo-a acordar sobressaltada. Sem hesitar abracei aquele corpo magro e relativamente frio com força.


- Não acredito que te encontrei, Nick! - Sussurrei contra seu ouvido, sentindo meu rosto ser banhado pelas minhas lágrimas.





The Last LoverOnde histórias criam vida. Descubra agora