O orfanato

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Às vezes, pensava que o mundo era composto por pilantras, onde não ajudavam as pessoas e nem se ajudavam. Fugitivos do próprio destino... Eram escravos do próprio pensamento, da própria vida. Os sem liberdade! Apenas pássaros presos esperando que um belo dia a gaiola possa cair e eles voarem.
Os longos cabelos de seda cobertos por poeira, todo embaralhado espalhado sobre o vento que o abatia, com roupas feitas de trapos e os pés sem sapato. Era a garota que vivia ao dia-dia, sempre vagando procurando um "dono" que a cuidasse bem e lhe olhasse com amor. Uma certa hora olhou ao céu e contou:
-"Os pássaros das flores de lótus, nunca saberão o preço de uma rosa perfurada e cortada ao meio."
Não era de entender o que se dizia, mas sim decifrar o profundo valor de uma palavra sem coerência.
Um dia qualquer, um belo homem se aproximou da garota e perguntou-lhe o nome. A pequena se chamava Anastásia, e logo o moço pegou-lhe aos braços e há entregou num orfanato sombrio onde as crianças de lá jamais sorriam, logo ele se foi sorrindo ao pensar que estava fazendo o bem a pequena Anastásia.
Por dias, a pequena sofria em seu orfanato até que conheceu uma garota chamada Maria, sempre brincavam e brincavam, quando Maria sumia Anastásia a procurava por todo canto e sempre perguntará aos outros se viram uma garota chamada Maria e se ela foi adotada. As mulheres que respondia sempre diziam que não havia nenhuma Maria ao orfanato, até que chegou a dona do local e contou a Anastásia que a única Maria do orfanato foi uma pequena criança que muito tempo havia morrido. Anastásia não podia acreditar no que ouvia, sua face e seus olha ficaram-lhe vermelhos como se estivesse com vontade de chorar. Saiu correndo ao quarto onde se hospedava e cobriu a face dando lhe gritos altos, ao perceber que aquilo não iria mudar a realidade de que sua única amiga era uma alma que já tinha deixado-a.

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