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P.O.V MELISSA:

O meu dia era sempre uma correria, de manhã eu trabalhava em um hotel, as vezes, atarde na loja e a noite eu ia para a faculdade. A única diferença de hoje é que eu estive de folga de manhã e ao invés de descansar aproveitei pra adiantar alguns trabalhos da faculdade. Então a noite eu estava a caminhar pelos corredores com Jana buscando a nossa aula.

As vezes eu voltava da faculdade e já tinha que deixar o meu almoço do dia seguinte pronto, porque a minha tia era morta de preguiça. Então quando cheguei fiz a minha marmita e depois de escutar os mesmos insultos da minha tia acabei indo para o meu quarto e dormi, as vezes os insultos nem me atingiam mais.

Acho que é injusto comigo mesma aceitar insultos de alguém que não faz nada de bom pra ninguém. Por que uma ofensa poderia se tornar a minha verdade absoluta quando tenho tantos elogios?

Acordei eram 06h30 da manhã, adiantada, por sinal. Fiz o meu pequeno almoço rapidinho e logo tomei um banho, peguei o meu uniforme no varal e passei antes de colocá-lo no corpo, borrifei o meu perfume e peguei as minhas bolsas.

Ver Felipe me deixou pensativa e com uma pontada, vamos se dizer, de esperança. Eu poderia contar a verdade e talvez ele pudesse me ajudar ou então ele pode não se lembrar de mim eme achar louca. Mas não também tinha em mente que o probema é meu, não posso estar a colocar outros no meio.

- acorda vagabunda, esqueceu que tem um emprego?_Lúcia gritou toda estressada

- eu já estou de pé á um tempo_eu disse para ela

- Pensei que você iria ficar lá até eu te dar uns tapas_disse a minha tia me olhando de cima a baixo, apenas fiquei em silêncio terminei o que tinha que fazer e fui para o serviço correndo, afinal era para eu estar lá as 08h.

Ignorei todos os comentários da minha tia e logo estava dentro do onibus escutando a minha playlist.

Joias de ouro com muito brilho

Morangos e champanhe no gelo

Sorte sua que é disso que eu gosto

É disso que eu gosto

Sorte sua que é disso que eu gosto

É disso que eu gosto

Sexo perto da lareira durante a noite

Lençóis de seda e diamantes, todos brancos

Sorte sua que é disso que eu gosto

É disso que eu gosto

Sorte sua que é disso que eu gosto

É disso que eu gosto


Cheguei na entrada do hotel e cumprimentei a todos e fui direto para a recepção, a minha colega Nat começou a me falar de um novo hóspede, disse que é muito bonito e que eu fui privilegiada de arrumar o quarto antes que ele chegue mais tarde. Privilégio seria se eu fosse o hóspede.

- é serio Melissa, ele é um gato_disse ela_eu estou apaixonada!

- para Nat! Sua doida_disse eu rindo da cara dela até o gerente aparecer_droga!

- Mel você cuidará do quarto 212 hoje, por favor não deixe nada fora do lugar_assenti e fui

Nat deu uma piscadinha ri e sai andando.

Chegando lá as malas do homem estavam fechadas, então nem mexi apenas arrumei o quarto sem tocar em nada pessoal.

Estava cansada aquele quarto era enorme, nem sai para almoçar quando deu duas horas passei um pano até a porta abrir e eu levei um susto, era ele. Bentido ou maldito karma?

Felipe estava na minha frente, me deu uma certa dor no peito. Pior que eu senti na primeira vez que o vi, ele ficou me analisando até ele abrir a boca.

- você por aqui?_ele sorri

Droga, mil vezes droga!

Seguindo Em FrenteOnde histórias criam vida. Descubra agora