Capítulo 25

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Depois que o delegado viu que a coisa era mais séria do que ele imaginava, ao bater as 24hrs ele mandou toda sua equipe rodar pela cidade em busca de Valentina. Aquela busca sem respostas estava me deixando louca, não conseguia dormir, sequer preguei os olhos, também não me descia nada, não sentia fome. A mãe dela me criticava sempre que tinha alguma oportunidade e isso estava me cansando.

- Se acontecer alguma coisa com minha filha eu acabo com você! - Vociferou me encarando.

- Se acontecer qualquer coisa com Valentina pode ter certeza que Eu mesma acabarei comigo, pois não saberia viver sem ela. - Debati a olhando nos olhos.

- Discutindo de novo? - Indagou Tio Raphael ao chegar com meu pai.

- Alguma notícia? - Perguntamos em coro.

- Ele foi visto em uma conveniência na cidade, mas estava sozinho, o Delegado disse que não há chances dele sair da cidade ou do país com ela, está tudo bloqueado nas estradas. - Explicou.

- Eu não vou ficar aqui parada! - Peguei a chave do meu carro e na tentativa de sair papai segurou meu braço.

- A onde pensa que vai? - Ele me olhava sério.

- Vou procurar Valentina e só volto quando estiver com ela. - Puxei meu braço e sai batendo a porta.

Meu plano era ficar na cola dos policiais para ouvir no rádio qualquer suspeita e seguir para o lugar informado. Pra minha sorte parei lado a lado com uma viatura no semáforo, pude ouvir uma chamada no rádio que haviam visto um carro suspeito a três quadras de casa, assim que o sinal abriu sai arrancando para lá. Chegando no local pude ver que não se tratava de Gustavo dessa vez era um bêbado querendo chamar atenção, soquei o volante e respirei fundo, comecei a olhar em volta.

- Se eu fosse o Gustavo para onde a levaria? - Me perguntei interiormente.

Olhava para cada esquina da cidade mesmo ali parada no acostamento, não sabia para onde ir, que rumo tomar. Mais uma vez percebi que a sorte estava a meu favor, talvez estivesse no lugar certo, na hora certa, avistei um rapaz com o mesmo porte físico de Gustavo, estava de óculos escuros e o cabelo agora estava de outra cor, um tom mais escuro puxado pro preto. Ele meio que se assustou ao ver duas viaturas cuidando do tal bêbado e isso me levantou uma suspeita, então liguei o carro e comecei a observá-lo, ele entrou em outro carro e eu comecei a seguí-lo de uma distância que ele não pudesse perceber. Fui parar em uma rua um pouco deserta de Seattle, abaixei o vidro para ter noção de onde estava e tratei de ligar para o meu pai.

- Papai eu encontrei ele e supostamente agora sei a onde Valentina está, liga para o delegado e pede para ele rastrear o meu celular o deixarei ligado. - Expliquei.

- Sophia a onde você está? Volte para casa e deixe que a polícia resolva isso, ele pode fazer uma loucura. - Respondeu em desespero.

- Está tudo bem Papai, mas estou longe da cidade e..... - Quando ia continuar falando fui interrompida pelo estalo de uma arma que acabou de ser engatilhada, ao virar dei de cara com Gustavo apontando uma 9mm para a minha cabeça.

- Desce do carro! - Ordenou, abaixei a mão que estava com o celular, o soltei no chão do carro. - ANDA LOGO!! - Gritou.

- Já estou saindo. - Abri a porta e sai do carro.

- Você é muito louca para vir atrás de mim, apesar que pelo seu jeito marrento e de querer ser sempre a heroína de tudo, suspeitei que viesse atrás de Valentina por conta própria. - Indagou dando um sorriso irônico. - Quer ver sua amada?

- A onde ela está? O que fez com ela? - Questionei olhando a todo instante para a arma.

- Ela está linda me esperando, ainda está com um pouco de medo, mas aos poucos está se soltando e aceitando o fato de que temos que ficar juntos. - Respondeu.

A Carne é Fraca (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora