Uma descoberta... Um adeus!

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A guerra do mundo Bruxo finalmente tivera seu fim, e agora todos podiam voltar a realizar suas atividades normais. Apesar da magnífica vitória, muitas perdas devem ser levadas em conta... Perdas realmente tristes e dolorosas, aos corações dos verdadeiros amigos. Bem, mesmo sendo tão doloroso, temos que seguir em frente, afinal nossos heróis não gostariam que ficássemos nos lamentando pelo que aconteceu. Todos os alunos do sétimo ano retornaram à Hogwarts para concluir a série que foi abandonada. De Londres à Hogwarts fomos de trem, como sempre o fizemos mais dessa vez a viagem foi extremamente tranquila e quieta, não havia pessoas gritando e se agarrando nos corredores como de costume. Eu, como sempre estava sozinho, meus amigos não estavam na mesma cabine que eu; Bleise estava em uma cabine com outras duas garotas que eu não conhecia, estavam conversando, rindo e fazendo cosquínhas mútuas, Pansy, para minha tristeza sincera, havia morrido em um dos embates dessa guerra inútil e sangrenta. Mesmo a achando muito chata e grudenta, confesso que sinto sua falta, ela estava sempre comigo, e sempre arranjava um jeito de me fazer sorrir quando eu estava nervoso ou triste. Ela era chata, mais era legal...

Bem, tratei de encontrar uma cabine vazia, e para minha surpresa, não foi tão difícil como eu imaginava; havia várias cabines com uma ou duas pessoas, passei por uma onde estavam o Cabeça-de-cenoura, o Testa-rachada e a Cabelos-de-fogo. Passei muito rapidamente, mais não pude deixar de ver a alegria que eles sentiam.
A Cabelos-de-fogo estava sentada ao lado do Testa-rachada, que ria copiosamente para ela; o Cabeça-de-cenoura também sorria, mais parecia um sorriso triste, meio sombrio... A Wesley fêmea falava de casamento e outras coisinhas banais, mais parecia que até o cicatriz não queria falar sobre isso. Eles pararam de falar por um momento e o Cabeça-de-cenoura começou a chorar e eu não entendi o porquê, pois saí rapidamente dali.
Entrei na primeira cabine vazia que encontrei e me tranquei lá dentro, usando um feitiço de dissolução combinado a um feitiço de bloqueio. Admirei a paisagem, meio perdido em pensamentos... Ao anoitecer chegamos à Hogwarts que parecia a mesma! Eu nunca gostei de verdade de Hogwarts, achava uma grande idiotice estudar magia para alguém como eu, de uma família de sangues-puros. Bem, como todos já devem ter notado, sou eu, Draco Malfoy, aquele que sempre está acima de tudo e de todos, o gato loiro, lindo, de sangue-puro que é cobiçado por todas as garotas...
Confesso que estou me sentindo estranho desde que ouvi aquela conversa do cicatriz com a ruiva, sobre casamento e essas coisas, depois aquela cenoura ambulante ter começado a chorar do nada, parecia tudo muito suspeito... E só agora que eu percebi: estava faltando alguém naquele grupinho... Alguém irritante e muito sabe-tudo: GRANGER! Onde ela estava? Será que estava em outra cabine? Será que os pais dela não a deixaram voltar para a escola esse ano? Será que ela havia se transferido de escola? Eu não sabia, e não entendia o porquê de tanta preocupação! Parecia que algo em min ansiava loucamente em ver aquela garota irritante... Só de pensar na ideia de que ela poderia ter se transferido ou até mesmo ter sido proibida de frequentar a escola já me deixava estranhamente angustiado...
Bem, não sei como explicar, só sei que no restante do percurso à Hogwarts não conseguia parar de pensar na irritante da Granger! A noite logo caiu, e as paisagens lá fora ganharam toques sutis de cinza e preto... As imensas árvores da Floresta Negra começaram a se anunciar, informando-nos de que já estávamos chegando...

Dali a estação aonde desembarcaríamos levou no máximo 15 minutos, e quando enfim chegamos, não consegui nem esperar que o trem parasse, sai imediatamente de minha cabine e me encaminhei a saída mais próxima. Acho que fui o primeiro a sair, mais não liguei para isso. Fiquei parado a alguns metros de distância, encostado em uma parede qualquer, esperando certo grupinho de irritantes ambulantes. Demoraram um pouco, mais enfim desceram do trem. Vasculhei cada cantinho daquela multidão que os envolvia...
Segui cada milímetro de espaço que eles percorriam e nada daquela irritante sabe-tudo. Esperei um pouco mais, depois daquela multidão gigantesca se afastar, havia ainda alguns alunos descendo e eu achei que ela poderia estar entre eles... Mas não, ela não estava lá, nem em lugar algum daquela estação. Talvez ela pudesse ter ido direto com os pais até Hogwarts! ISSO! A desculpa perfeita, que eu precisava.
Como eu era um dos últimos alunos a pegar as carruagens, tive a imensa sorte de ter uma só para min, não precisando dividi-la com ninguém. Mas, por mais incrível que pareça, eu me sentia mal... Mal por estar completamente sozinho.
Antes eu daria pulinhos de alegria e pagaria umas 100 promessas à Merlin por esse presente mas agora não, não queria ficar sozinho, queria na verdade ter a companhia de uma certa garota sabe-tudo...
Uma irritante e tagarela...
Sim, ela que por mais absurdamente louco que possa parecer roubou meus pensamentos por toda essa viagem: GRANGER!. Caminhei apressadamente para o castelo, depois de descer da carruagem, na esperança de encontrá-la no Salão Principal, para jantarmos.
Chegando ao castelo, ainda eram 19:30, e o jantar era servido precisamente as 21:00. Portanto eu tinha exatamente uma hora e meia para tomar banho, me arrumar, desfazer as malas e descer para o jantar.

GoodbyeOnde histórias criam vida. Descubra agora