Oi gnt.
Estou sem muita regularidade nas postagens devido a estar enlouquecida escrevendo o segundo livro da série.
Super beijo pra vocês que estão me acompanhando.
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Como isso era possível? Como ela poderia descrever a nossa casa de campo sem nunca ter ido até lá? Entrei no chuveiro deixei a água fria cair sobre a minha cabeça. Comecei a duvidar que estivesse sonhando: e se tudo isso fosse mesmo real? Será que eu estava enlouquecendo?
Deixei meu corpo cair sobre a cama. Tive vontade de ligar pra Carol, sempre que eu estava assustada eu recorria a ela, só que desta vez eu não podia.
Liguei pra Nara. Se alguém sabia de mais alguma coisa, algum detalhe que pudesse ao menos abrir caminho para alguma direção, esse alguém era ela, já que estava dentro daquele bar, no fatídico dia, daquela briga bizarra.
— Nara. Você precisa me contar o que aconteceu naquele bar. O máximo que puder lembrar.
— Na verdade eu não me lembro de muita coisa. Só lembro que aquele cara, o tal Van, pegou no meu braço e quis me puxar para o lado dele, mas a Carol não deixou. Também lembro que uma briga tinha começado no fundo do bar, então eu abaixei a cabeça porque algumas coisas estavam voando. Depois só me lembro de ver o Will me segurando e logo em seguida sai do bar com a Carol e a Alamanda. Eu acho que tomei uma pancada porque eu estava um pouco desorientada quando sai do bar. Minha lembrança é embaçada e em flashes, eu não sei bem a sequência dos acontecimentos.
— Que droga, então você não viu nem ouviu nada de anormal?
— Não que eu me lembre. Por quê?
— Por que do lado de fora eu ouvi uns sons estranhos, como se tivesse um animal lá dentro.
— Aff! Eu não vi nenhum animal, como eu te disse, eu devo ter levado uma pancada, não consigo lembrar direito de quase nada.
Tomei café da manhã e fiquei de bate papo com a vovó. Eu queria sair pela rua e fazer coisas malucas, dessas que a gente só faz em sonho, mas no fundo eu sabia que não estava sonhando, eu só queria estar. Liguei pro Will várias vezes e só caia na caixa postal. Eu estava preocupada com ele depois de vê-lo saindo pela minha janela supostamente procurando alguém do lado de fora.
— Will, é a Any. Quero saber se você está bem, me liga, por favor.
Andei de um lado para o outro dentro do meu quarto e até me belisquei algumas vezes.
— Ok! Não foi sonho. Então eu não posso ficar aqui parada, mas o que eu faço agora? Não sei por onde começar, eu ainda tenho tantas perguntas. Minha cabeça girava, minha vida tinha tomado um rumo bizarro nas últimas horas e eu não tinha a menor ideia do que fazer.
Fiquei sentada no sofá com o olhar perdido por tempo demais pra ser normal. Minha avó percebeu que algo não estava bem e me fez um chá que além de me acalmar me fez apagar por algumas horas. Quando acordei me sentia mais relaxada, apesar de ter adormecido no sofá da sala e estar um pouco dolorida. Tomei outro banho, quente desta vez. Aproveitei para pensar nas possíveis alternativas para determinar o que era real e o que poderia ser fantasia. Ao sair do banheiro enrolada em uma toalha e com outra na mão secando os cabelos, quase tive um ataque do coração. Nunca imaginei me deparar àquela hora com aquele homem desagradável novamente, e desta vez ele estava deitado na minha cama, me olhando com um sorriso debochado no rosto.
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Sombras do Mundo
FantasyAlany passa por dramas e inseguranças como qualquer outra garota da sua idade. Mas ela é diferente, tem a habilidade de ler as pessoas, enxerga o que ninguém quer mostrar. Ninguém consegue se esconder por trás de simpatia, falsos sorrisos ou olhar d...