Lembro-me de a ver naquele canto, sentada pacificamente a ler o seu livro, com uma chavena de café e um ar de quem não é deste mundo.
Não aparecia com muita frequência mas quando chegava não havia como não reparar nela.
De todos os clientes que me aparecem à frente, ela foi, sem dúvida, a que me deixava mais curioso. Gosto de pensar na história de cada uma das pessoas a quem sirvo café pela manhã, nas brincadeiras preferidas de cada criança que pendincha um chocolate aos pais e nas preocupações do engravatado que todos os dias aqui vem apressado comprar uma sanduiche para o almoço e sai quase a correr, agradecendo. Mas não consegui encontrar uma história que se adquasse a ela. Até começar a fazer parte dessa história...