c i n c o

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•Emma On•

Eu me sentia fraca e inútil. Não conseguia entender o porquê de ainda sofrer por aquele idiota. Eu deixei de ser a garota forte que me tornei e agora estou a mesma garota de antes, a mesma Emma de meses atrás.
Odiava me sentir assim. Odiava. Odiava deixar os outros pisarem em mim. Mas eu não conseguia mais ser forte, eu fui por um tempo, mas isso tudo me afeta demais.
Bateram na porta. Scarlett fez sinal para eu ir abrir.

Scar : vai abrir e vê se para de chorar!
Eu : tudo bem.

Fui até a porta e abri a mesma dando de cara com Nate com um monte de malas.

Eu : VOCÊ VAI SE MUDAR? -gritei meio assustada-
Nate : o que? Não! -riu- Eu vou viaj...estava chorando?
Eu : talvez, mas não importa. Para onde vai?
Nate : San Francisco. Volto em alguns dias. -assenti- Vê se você se cuida, por favor.
Scar : ela está precisando!
Nate : isso mesmo, desconhecida! -ri-
Scar : sou Scarlett. -veio até nós e apertou a mão dele- E você é o vizinho...Nate? -ele assentiu-
Eu : se cuida também.
Nate : eu vou.
Eu : e vê se para de fumar tanto, Nate, eu odeio isso!
Nate : ah, Em, para com isso. -ele tragou o cigarro e revirou os olhos-
Eu : sabia que faz mal para a sua saúde e... -ele me interrompeu com um abraço- Tudo bem, eu paro. -bufei-
Nate : obrigado. Nos vemos daqui alguns dias. -beijou a minha testa-
Eu : até.

Ele saiu e eu fechei a porta, me sentei no sofá e Scarlett disse :

Scar : será que não é com ele que você deve ficar?
Eu : o que? Nós nos conhecemos há duas semanas.
Scar : mas são amigos.
Eu : exatamente, somos só amigos. E para com esses teus delírios!

[...]

Passei a tarde assistindo alguns filmes e comendo besteira, depois de ficar em completo tédio e quase morrer de diabetes, resolvi sair um pouco de casa. Coloquei uma calça jeans e um moletom da Adidas, calcei os tênis e desci as escadas.

Mãe : aonde vai essa hora, Emma?
Eu : dar uma volta, mãe.
Mãe : não vai querer jantar? -neguei-

Fechei a porta e o vento gélido jogou meu cabelo em uma parte de meu rosto, tirei-o e continuei a andar. Estava meio sem rumo e sem saber o porquê de estar andando, só queria andar.
Cogitei em jogar uma pedrinha na janela de Nate mas lembrei que nem aqui em Los Angeles ele estava, bufei e quis me bater por não fazer mais amigos.
Continuei caminhando e algumas lembranças de como eu era há três meses atrás. É tão pouco tempo mas eu mudei tanto.
Lembro que era o tipo de garota que ouvia as coisas dos outros, baixava a cabeça e deixava que eles acabassem comigo. Afinal, eu tinha medo. Hoje em dia não, eu não escuto as coisas de cabeça baixa, eu não tenho medo do que pensam sobre mim.
O meu único problema continua sendo Bradley, eu tenho medo de ainda gostar dele, foi um sentimento intenso, foram dias incríveis que apesar de tudo, não são jogados no lixo de uma hora para a outra.
E eu sinceramente espero não voltar a ser o que era antes por culpa disso.

Best Mistake | MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora