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Hey guys, adivinha quem voltou? Yes, eu aqui, não tenho muito para falar além de tenham paciência com certas coisas que mais tarde elas se ajeitam, enfim, vou criar coragem para começar a escrever o capítulo dez, tô no maior dilema já que quero começar a escrever outra fic, mas quero terminar essa antes, boa leitura e até a próxima *_*

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Uma vez quando era criança e estava na escola, pedi para ir ao banheiro, a professora não me deixou ir, o problema é que eu estava muito apertado, tipo muito mesmo, mas ela não se comoveu com minhas súplicas então eu não consegui segurar e acabei fazendo xixi no meio da sala de aula, o resto do ano fui carinhosamente apelidado de Lou molha as calças. Esse foi sem dúvida um episódio muito vergonhoso, além de traumatizante, mas de forma alguma se compara com a vergonha que sinto agora, na verdade nem chega perto.

Depois de acordar e lembrar de tudo que aconteceu fiquei vermelho até a raiz dos cabelos. Não que eu nunca tivesse feito coisas assim só que me oferecer como uma puta jamais! O que Harry pensa de mim agora? Céus, isso é tão embaraçoso!

— Eu sei que você não está dormindo. — uma voz disse interrompendo meus pensamentos, quando olhei ao redor notei que estava novamente no acampamento.

— Como eu vim parar aqui?

— Harry te trouxe quando estava desacordado, você dormiu como uma pedra o dia inteiro, ele disse que os caras que te levaram devem ter te drogado também, eu te trouxe comida deve está morrendo de fome, tem roupas ali para você. — apontou para um monte. — coma, se troque e vá lá para fora.

— Obrigado Niall. — eu disse já me levantando.

— Por nada. — ele falou. — Ah e Louis, belos hematomas. — ele riu baixinho. Olhei confuso

— Que hematomas? — olhei para meu corpo e nas minhas coxas haviam pequenos roxos. — Puta, merda!

— Seu pescoço está pior, peça para Harry pegar leve da próxima vez, ele costuma ser selvagem, mas se você pedir ele é mais carinhoso, se bem que o lado selvagem é bem mais sexy, só que com tudo que aconteceu duvido muito que ele tenha sequer tido tempo para pensar sobre qualquer coisa, você deveria ter visto como ele acabou com os caras que te levaram. — o loiro fez gestos com as mãos. — Harry virou um besta, mesmo sob efeito de drogas ele derrubou vários deles, quando consegui finalmente o alcançar, os dois estavam inconscientes, deu um trabalhão para trazer, ele acordou ainda pouco também, enfim se precisar de algum concelho me avise.

E antes que eu pudesse protestar ele saiu e me deixou sozinho pensando no que suas palavras significavam. Comi rapidamente, tinha frutas e uma tigela com algo parecido com cereal só que menos doce e mais gostoso além de um copo de leite. Me troquei e finalmente tomei coragem para sair da barraca, mil e uma vezes imaginei o que deveria dizer para Harry já que toda e qualquer coisa parecia estranha demais, vi então uma cena no mínimo inesperada.

Harry estava beijando Niall, aquele tipo de beijo que tira o fôlego, não que eu me importe, claro que não, eles podiam fazer o que bem entendessem.

Puxando uma longa respiração limpei a garganta para que notassem minha presença.

— Boa tarde Lou. — Harry saudou com um sorriso sem largar a cintura do loiro. — Como se sente?

— Melhor, obrigado por...ãn, me resgatar.

— Por nada. — ele deu um legal e voltou a beijar Niall, fiquei meio sem reação e por um tempo olhei aquilo atônito, eles então pararam e se viraram para mim. — Quer participar?

— O que? Não! — me virei envergonhado e fiquei fora de vista.

O que isso significava? Por que eu me senti tão estranho quando vi aqueles dois se pegando? Eu realmente preciso voltar para casa e para minha vida, essa loucura já está indo longe demais. A noite estava caindo e como dormi o dia inteiro não sentia sono, o casal maravilha voltou e me deixaram com um "tenha cuidado" se dirigindo para a barraca, não vou mentir, fiquei um pouco magoado por Harry não ter sequer a decência de falar comigo direito, ao que tudo indica o que aconteceu entre nós não significou nada para ele.

Harry nada mais é do que um grande idiota.

Não que isso importe, quando eu for embora daqui nada disso vai fazer diferença. Revirei os olhos e chutei uma pedra que estava na minha frente, senti uma coceira e no dedo e quando olhei lá estava o anel que o velho me deu, ouvi um barulho e quando me voltei para minha mão novamente o anel havia sumido, o barulho continuou, pareciam passos. E se fossem os sequestradores? Oh não, isso não, me preparei para gritar quando somente um homem apareceu.

— Você é meu anjo! — seus olhos âmbar brilharam e por um segundo ficaram violetas, depois ele desabou no chão com tudo desmaiando.

Não me aproximei por um minuto inteiro, esperando quem sabe outros seres saltarem da escuridão, nada aconteceu, peguei então um longo graveto e espetei o desconhecido. Ele não se mexeu. Será que morreu?

Engolindo meu medo cheguei mais perto. Ele estava acabado. Trajava botas de couro, calças azuis e uma camisa completamente rasgada, seus braços estavam cobertos de arranhões, cuidadosamente coloquei sua cabeça nas minhas pernas para observar melhor sua face. Vários cortes desenhavam seu belo rosto. É uma pena ter morrido tão jovem.

Deixei o corpo do estranho e já estava a dois passos de chamar meus companheiros de viagem quando ele voltou a vida. Primeiro ele puxou uma respiração alta, o que me assustou tanto que pensei que o próximo cadáver ali fosse o meu, depois ele me encarou, um olhar determinado que congelou minha boca num perfeito "O".

— Quem é você? — perguntou, sua voz era rouca e ele parecia intrigado.

— Sou eu que deveria perguntar isso. — argumentei.

— Eu não sei. — disse e sua expressão ficou nublada.

— Não sabe quem é? — ele assentiu. — Sabe como se chama?

— Sim. — ele não tirava os olhos de mim.

— Então qual seu nome?

— Você me salvou. — ignorou minha pergunta. — Você é meu anjo. — chegou mais perto.

— Ei, ei, ei, calma aí grandrão. — ele era consideravelmente maior que eu. — Primeiro, eu não te salvei de nada, segundo não sou anjo, quanto mais seu anjo e terceiro você vai ou não dizer seu nome?

— Zayn, meu nome é Zayn, mas pode me chamar do que quiser.

— Okay, Zayn, vou te chamar assim pois é esse seu nome, eu me chamo Louis.

— Louis, meu anjo, que nome lindo, combina com você.

— É só Louis, nada de anjo, o que você quer aqui?

— Quero você. — fiquei vermelho.

— Olha, cara, chega de brincadeira, o que veio fazer aqui?

— Não sei. — ele pareceu confuso, mas logo sua expressão mudou e ele mostrou um sorriso. — Vim ver você? — revirei os olhos e ele chegou mais perto, soltei uma exclamação.

— Fique bem aí onde está seu estranho! — falei um pouco alto, ele parou e o sorriso sumiu, dando lugar a uma cara triste.

— Eu gosto de você. Você não gosta de mim?

— Claro que não, nem te conheço, seu esquisito.— dei um passo para trás e ele caiu sentado no chão, só o que me falta é ele ter morrido.

No impulso cheguei perto e Zayn estava cobrindo o rosto com as duas mãos.

— O que aconteceu agora? — perguntei receoso.

— Dói. — ele mostrou a face coberta por lágrimas.

— Onde dói?

— Aqui. — segurou uma das minhas mãos e levou ao peito, no lugar do coração.

Juro que não gostei de tocar naquele peitoral definido, só me assustei e por isso fiquei encarando por muito tempo então nossos rostos ficaram perto demais um do outro.

— O que está acontecendo aqui? — Harry surgiu de repente. — Louis...

— Zayn?! — Niall pareceu surpreso e rapidamente venceu a distância que os separavam, se abaixou, me empurrou e abraçou o moreno. — Senti sua falta! — ele não devolveu o abraço e afastou o loiro.

— Quem é você?

Voluptatis (Larry AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora