Reign: O reinado de Mary.

Meet Mary, the future queen.

Sentada na janela do meu quarto fico olhando para o verde dos campos e refletindo sobre minha vida.
Viver sem os meus pais por perto certamente entristecia meu coração, entretanto, eu entendo que eles tomaram essa decisão para o meu bem. Ser Rei e Rainha e ter inimigos querendo acabar com seu reino de qualquer forma já é complicado. Ter uma tentativa de envenenamento a sua pequena filha a fim de desestabilizar o Rei é pior ainda. Já faz 10 anos que não os vejo, a única coisa que nos mantém unidos é uma carta que é entregada todos os dias de manhã.

Sou interrompida de meus devaneios com batidas na porta
"Mary, querida! Está acordada?" A voz calma e acolhedora de Briana soava através da porta pesada de madeira e ecoava pelo pequeno quarto me fazendo sorrir suavemente
" estou sim, entre."
A mesma entrou segurando um pequeno café da manhã pra mim com algumas flores que foram recém colhidas do campo atrás da casa. A mulher de meia idade que tinha os cabelos louros que eram prendidos em um coque, seus olhos castanhos doces me acolhiam.
"Feliz aniversário minha princesa!" Briana diz sorridente enquanto entrega o café da manhã para mim
"Obrigada! Você não precisava ter feito isso pra mim!"
"Eu sei, porém eu quis fazer, afinal não és todo dia que tens 16 anos, não estou certa?" Ri um pouco do quanto aquela mulher estava mais entusiasmada pelo meu aniversário que eu mesma.
"O que eu fiz de tão bom para me darem você como minha segunda mãe?"
Briana agora me olhava com os olhos cheios de lágrimas enquanto me dava um sorriso que aquecera todo meu coração.
"Eu me pergunto todo dia o que nós fizemos de tão bom para ter o prazer de sua companhia conosco durante esse tempo e ter trago alegria para essa casa novamente" ela me abraçava como se fosse a última vez que nos veríamos e eu não queria me afastar do abraço da mulher que me criou durante esses anos longe do castelo. "Te amo, minha menina de ouro!"

"Te amo, Briana." Limpei a lágrima de suas bochechas
"Bom...eu preciso ir trabalhar, aproveite seu café minha menina." Disse beijando minha testa e saindo para trabalhar.

Comi tudo o que Briana havia preparado para mim com tanto carinho, ela realmente era uma cozinheira de mão cheia, peguei as flores e coloquei em um vaso que tinha em minha escrivaninha e coloquei um pouco da água que restava em meu copo. Fui até o pequeno baú donde eu guardava minhas coisas e guardei a carta de parabéns que Briana havia feito para mim. Ela realmente me fazia querida.
Outra batida foi ouvida na porta
"Sim?" Logo respondi e a porta se abriu, assim que vi quem era meu coração começou a bater mais rápido e inevitavelmente meu sorriso foi de orelha a orelha "Jonathan!" seu  sorriso encantador iluminou o quarto todo.
Ele era alto para a sua idade, tinha cabelos castanhos escuros meio enrolados e olhos cor de mel, sua pele era pálida o que destacava sua boca rosada e suas sardas. Eu amava aqueles olhos...eu o amava e eu sabia que ele também me amava.
É difícil dizer quando exatamente nossa paixão nasceu, desde a infância éramos muito ligados, como irmãos. E em nossa adolescência descobrimos que não nos gostávamos como irmão e irmã e sim como um homem e uma mulher, nosso primeiro beijo foi debaixo da macieira que tem perto da casa foi um momento mágico, onde confessamos nosso amor um para o outro, mas nunca poderíamos ficar juntos, ele sabia disso, eu sabia disso, mas não nos importávamos, queríamos um ao outro então nos mantivemos em segredo esse amor proibido e se alguém descobrisse nosso romance e fizesse especulações sobre minha virgindade eu estaria arruinada e isso não poderia acontecer.

"Feliz aniversário, minha princesa!" Ele se curvou me fazendo revirar os olhos e puxa-lo para um abraço que logo foi correspondido

"Obrigada! Pensei que você já tinha saído para trabalhar"
Jonathan trabalhava na ferraria de seu pai, George, que era um pouco rígido demais em relação ao seu filho com o trabalho.
"Meu pai deixou-me sair um pouco para eu poder te entregar isso" ele disse me entregando um saquinho junto a uma carta dourada que eu conhecia muito bem de onde viera.