Válvula de escape

33 1 0
                                    

Tenho medo do amanhã

como uma criança que teme a noite pela escuridão

eu fecho os meus olhos e tento chorar

mas é tudo em vão...

Tomei decisões erradas e você pode ver

que agora em meus olhos  pode-se ler

no sangue pingado em minhas pupilas

uma dor que não sei descrever

Um dia, talvez desses olhos saíram luz

que iluminaram o meu caminho como um farol

mas hoje cheguei ao que chamo de meu destino

e esse destino é o meu rumo, é ele quem me conduz

Sinto medo de abrir os meus olhos

e perceber que ainda estão fechados

de olhar em volta e ver que onde tinha alguém

já não há mais ninguém ao meu lado

Não tenho pressa, nem auge

ando como se não houvesse nada a perder

sei que preciso chegar do outro lado

mas tenho preguiça de correr

Vivo minuciosamente como se os detalhes fossem o segredo

não me importo com o óbvio

Com o que todos podem ver

quero entender o motivo de ser óbvio, é isso que quero saber

Todas as coisas que já fiz

tudo, exatamente tudo que escrevi

perdeu totalmente o significado

não me resta mais nada, quero apenas dar uma pausa em tudo,

pois nada existiu até aqui...

 Fantasia & Poesia Onde histórias criam vida. Descubra agora