Dream, pt. I

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Eu quero explodir de tesão, tudo por causa de Louis Tomlinson.

Eu estava voltando para casa ao anoitecer e parei em um bar de esquina para conseguir uns cigarros. Se eu não tivesse parado aquele dia, ele nunca teria cruzado o meu caminho. Eu saí do bar e me apoiei no poste da esquina para acender o fumo. Ele passou e esbarrou em mim. Sem querer, gritei "oops" e escutei ele dizer "oi" antes de seguir em frente. Estava pronto para gritar todos os palavrões que conheço em ordem alfabética quando reparei pela primeira vez na aparência dele.

Observei ele ir embora e fitei seu corpo, bem lisinho, todo gostosinho, mas o que me hipnotizou mesmo foi aquela bunda dele: redondinha, durinha e bem notável. Saliva começou a se acumular na minha boca e não pude evitar lamber os lábios. Gostei desse garoto. Não apenas por causa do seu corpo, mas também por causa de seus olhos, seu sorriso, sua voz, seu jeitinho...

Comecei a andar em sua direção, seguindo seus passos. Sem que eu perceba, um sorriso se molda em meus lábios apenas por estar observando ele. De repente, ele desaparece, como se simplesmente tivesse evaporado diante de mim. Apenas encontro Louis novamente quando viro a esquina. Ele está parado com as mãos no bolso, seu rosto está ligeiramente virado para trás, observando de soslaio o momento em que me faço presente. Ele se vira novamente para frente, disfarçando o gesto, e continua a caminhar.

É incrível o alívio que se forma em mim somente por encontrar ele outra vez. Meu sorriso se transforma em algo mais sacana por saber que está rolando um jogo entre a gente, algum tipo de perseguição misturado a sedução. Eu adoro olhar para ele, mas ficaria ainda mais satisfeito se pudesse toca-lo, agarra-lo, beija-lo...

Caralho, eu preciso desse menino. Preciso daquela bunda colossal, daquelas coxas massudas, dos lábios finos... do seu olhar no meu, suas mãos nas minhas. Mas que droga! Preciso admitir que, pela primeira vez, alguém conseguiu mexer de verdade comigo. O que eu sinto por Louis já vai bem além de apenas tesão, como era no início.

E eu decido lhe contar isso. Não é uma declaração, é uma conversa... entender o que temos, o que está acontecendo comigo, com ele e entre a gente.

Pouco a pouco vou chegando cada vez mais perto dele e, quando meu corpo já está quase encostando no dele, estendo minha mão para tocar em seu ombro e chama-lo. Quando isso finalmente acontece, ele para de andar e torna seu olhar para mim junto de um sorriso terno e calmo. Sua expressão é de relaxamento, como se estivesse me perguntando "por que demorou tanto?"

É quando meus lábios se aproximam para tocar os dele que ele deixa de ser palpável e se transforma em um vulto, uma sombra que não me olha de volta, apenas desaparece sem deixar nenhum rastro, nenhum porquê.

Aí eu acordo. É sempre assim, em quase todas as noites. Às vezes, eu vejo cenas de sexo que se passam em meu quarto. Eram bastante sujas e safadas no início, mas agora se tornaram mais calmas e mais... afetuosas, de alguma forma.

O que isso significa, esses sonhos? Louis sempre parece estar tão na minha enquanto nos olhamos, caminhamos, conversamos... mas toda vez que eu tento tornar as coisas reais, ele simplesmente se torna frio e me deixa de lado.

Eu não sei o que é pior: te tocar e não te ver ou te ver e não poder te tocar.

Porém meus sonhos não são tão surreais quanto eles parecem. Quem sabe Louis não pensa em mim do mesmo jeito que penso nele?

x

tu...tu...tu....howdy! É o Louis. Se você ligou pra mim, cê já sabe o que fazer...piiii...clerk.

Faz dias que tento falar com Louis, ele simplesmente me ignora. Nunca atende o telefone, nunca responde minhas mensagens. Não tenho cara para ir no trabalho dele, nem na casa, mas já estou cansado desse tratamento de gelo. Eu tentei deixar ele de lado por um tempo, mas não é tão fácil assim. De alguma maneira, sinto-me ligado a ele. Sinto saudades.

Just My Imagination (Larry Stylinson Short Fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora