"Nãaaaao!!!! Maaaatt!!!".
Eu não podia acreditar. - Matt. Não pode ser, ele não.
- "O que pode acontecer?" -Lembrei- me de minhas próprias palavras. "Me acabando" em lágrimas, me aproximei do corpo imóvel de Matt.
- M... Matt.. - falei com uma voz trêmula. - Por que você?.
- Agora sabemos. Há um assassino em Charlestton. - sussurrou Adam.
- O que faremos agora?
- Eu não sei Mike.
- Vamos leva-lo. - eu disse.
Adam e Mike tiraram seu corpo da forca e o puseram na carroceria da caminhonete. No caminho de volta, um silêncio angustiante se apoderava de diante de nós. - E agora? O que diremos à família de Matt? Iriam nos culpar. A verdade precisava ser dita.
- Pee, o que vamos fazer sem ele?
- Eu não sei Amora.- Disse Pee em meio às lágrimas. - Mas vou descobrir quem tirou o Matt da gente.
Novamente o silêncio. Chegamos na cidade. Todos juntos fomos pra casa da família do falecido. Chegamos e ninguém teve a coragem de constatar o ocorrido. Fui obrigada a falar. Bato na porta, bem de leve.
- Senhora Karen, eu... eu.... Tenho que lhe falar uma coisa muito triste que...
- Cadê o Matt, Amora? - Perguntou ela num ar preocupado.
- É sobre ele que eu quero lhe falar..
- O que aconteceu, onde está meu filho? - Todos ao redor baixaram a cabeça, e não contendo a emoção, sinto lágrimas rolando por minha face. E disse chorando:
- Ho. .hoje nós fomos à velha fazenda onde encontraram o Daniel mort.. Sem vida. Depois de olharmos a árvore voltamos ao casarão, e quando me dei conta Matt não estava ao meu lado.
- Não... Não pode ser .- Disse dona Karen já chorando.
- Saí desesperada correndo atrás dele, e quando o achamos já era tarde.
- Não... Meu filho!!!- Ela não se conteu e caiu num choro profundo. Nos abraçamos fortemente, e tentei confortá-la.
- Vamos descobrir quem fez isso dona Karen. E vamos vinga-lo. - Adam falou determinado.***
04 de Março. Meu aniversário. Olho pro relógio, 05:45. Nem seis horas eram ainda. Penso um pouco e tudo estava bem. Até que.
- Amora? Amora minha filha, você está aí?
- Sim, mãe estou. - Ela entra, me abraça apertado e beija minha testa.
- O que foi mãe? - perguntei estranhando aquilo.
- Amora..
- O quê, mãe?
- O Matt morreu.
" Matt morreu". Isso foi quase como uma facada em meu coração. Como eu pude esquecer. Pra mim tudo aquilo tinha sido apenas um sonho ruim. -Um pesadelo. - Meu mundo desabou. Era tudo verdade. Não me segurei. Chorava igual uma criancinha que caiu de uma bicicleta.
- Não Amora, não chore. Não foi culpa sua.
- Não foi culpa minha. Mas esse assassino vai ter que pagar.
Uma fúria imensa tomou conta de mim.
Fui à escola. Todos tristes. Matt era muito querido. Sempre alegre. Não seria a mesma coisa sem ele.
Na hora do intervalo, sentei em um banco da praça, perdida em mim mesma.
- Amora. Aí está você. - Adam.
- O que quer Adam?
- Sabe eu estive pensando, sobre o ocorrido e tudo mais, quando vimos o canivete, eu e o Mike desconfiamos do Matt.
- Como ousam? Depois de terem crescido com ele!! - eu disse indignada.
- Desculpe. Mas foi inevitável. E agora que ele se foi.. Quem poderá ter feito isso?
Não tínhamos suspeitos. Nem sabíamos o que pensar.
- Quem estava com a gente naquele dia?
- Os meninos do meu time, Matt, Peter, você, a Nina, Beth, Carmen e Kira.
- E na hora em que ele morreu? Todos estavam lá?
- Sim, só não o Matt, e as meninas que não entraram na casa velha.. - Ele pensou e olhou para mim assustado.- Será que as meninas..
- Ah não Adam, elas são muito ingênuas.
- Têm razão.. Mas então quem poderia ter sido? - Pensamos um pouco.. E juntos dissemos:
- Senhor Steal!
- Senhor Steal!
O senhor que tomava conta daquele lugar. Ele não gostava da gente, quando menores íamos brincar lá e fazíamos muita bagunça. Talvez ele agora, quisesse se vingar de nós, mas por que só agora? Temos que avisar ao Mike e o Peter. Temos que protegê-los. - Eu disse.
Passei meu aniversário sem uma gota de alegria. Lívia não foi à escola hoje. Peter e Mike já sabiam de nossas suspeitas e ficariam atentos aos passos do seu Steal.
Depois da escola, Lívia foi lá em casa. Disse que não pôde ir à escola porque teve febre. Me desejou feliz aniversário e me deu uma correntinha de ouro com a inicial "A". Depois disso ela voltou para sua casa pois o médico iria visita-la.
- Amora, meu bem. Preciso que vá ao mercado e traga esse material aqui desta lista. Vou fazer um bolo para nós.
- Tá bom mamãe. Vou pegar meu casaco.
De novo na rua. Deserta sempre. Chego ao mercado e pego o que tinha anotado na lista:
* 2 kg de cenouras
* Um pacote de trigo
* Fermento biológico
* Achocolatado em pó
* Uma fita adesiva.
- Pra quê mamãe precisa de fita adesiva? Eu em.
Caminhei em direção ao corredor de ferramentas, procurando o local de fitas, avisto o senhor Steal, pegando vários tipos de cordas.
- Track. - Deixei minha cesta de compras cair no chão.- Ai caramba. - Olhei para ele, ele me olhava. Quase me borrei de medo. Peguei a fita e saí quase que correndo.
- Alô? Peter?
- Oi Amora, tudo bem?
- Não. Acabei de ver Mark Steal comprando vários tipos de corda, e ele ficou me olhando nos olhos Pee. Acho que ele é o assassino.
- Não podemos acusar ninguém assim Mora, temos que ter provas.
- Quer prova maior que essa?
- Calma tá? Deixa isso pra depois. Hoje é seu dia.
Me calei.
- Se você não vem comigo, eu vou atrás dele sozinha.! - pensei alto.
O segui cuidadosamente, saí com as compras, mas sem fazer zoada pra não dar nenhum sinal. Ele ia há uns 100 metros à minha frente, sempre desconfiado e atento. Seguiu-se assim até um certo ponto, e entrou num beco. Eu corri um pouco mas era tarde. Ele havia sumido, o beco era grande, talvez tivesse pego um atalho. Isso foi muito estranho. Talvez fosse coisa da minha cabeça.
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Psicose - A árvore forca [COMPLETO]
Bí ẩn / Giật gânAs pessoas mais doces são as mais perigosas. Primeiro livro da saga Psicose.