MAIS UM PASSO

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Capítulo 6

Sinto minha garganta se fechar e lagrimas escorrem pelo meu rosto me acusando de ser fraca, eu não devia estar chorando, devia estar procurando uma forma de fugir, fecho os olhos e respiro um barulho vindo de cima me assusta me tirando do transe no qual me encontrava. Ele está voltando, olho ao redor e antes que ouço ele abrir a porta corro pego uma frigideira em cima do fogão e volto para o lado da porta, apago a luz e espero com a frigideira levantada Willian abrir a porta.

Quando a porta se abre junto toda a minha força e desço a frigideira na direção da cabeça de Willian e ele desaba no chão e fica imóvel, passo por ele, subo a escada correndo, ouço Willian gritar e depois xingar, eu devia ter batido realmente muito forte, mas não o suficiente para fazer com que ele ficasse inconsciente, e então começo a correr para fora da cabana esbarrando em uma das malditas cadeiras, que quase caio no chão. Está escuro, se passou muito tempo deste que sai de casa.

Quanto mais eu corria, mais o caminho ficava difícil, com muitas pedras e troncos no chão, meu cabelo está se soltando e pregando no meu rosto dificultado a minha visão. Desvio de um buraco e caio em outro o que me faz cair de cara no chão, limpo a terra do rosto e me levanto, mas meu pé direito fica preso e uma dor sobe por toda a minha perna e eu caiu no chão outra vez, ignoro a dor e faço toda força pra tira-lo, mas a dor só aumenta e parece não adiantar nada, nunca quebrei nenhuma parte do corpo, mas provavelmente é essa a dor que se sente.

Começo a gritar de frustação e de dor, nada que fizesse me tiraria dali, e minha única chance de fugi eu deixei escapar. Willian está em pé na minha frente com a mão atrás da cabeça, me olhando, não com raiva, mas como se eu o tivesse traído.

— Você me bateu — diz ele — com muita força.

— É, eu bati, você queria o quê? Me sequestra e quer que eu fique quieta.

— Era melhor ter ficado quieta — diz apontando para o meu pé e se abaixa.

— Fique longe de mim! — grito.

— O que quer que eu faça? Te deixe aqui? Se tiver quebrado é melhor que eu veja.

— Não toque em mim! E eu odeio as suas opções— digo frustrada.

— Consegue tirar o pé sozinha? — tento puxar mais uma vez e só o que eu consigo é fazer a dor aumentar.

— Não — digo — eu não consigo tirar.

— Quer que eu te deixe aqui?

— Eu quero, claro que eu quero.

— Tudo bem, mas está bem frio e só vai ficar ainda mais, e também tem as cobras. Ainda quer ficar aqui, acha que consegue se soltar?

— Você é um idiota, só me prometa que quando me matar, vai ser rápido.

— Eu não vou te matar já te disse que preciso de você viva.

— Então que escolha eu tenho?

Willian segura meu pé, percebo o sangue em sua mão, eu realmente bati com força em sua cabeça, fecho os olhos quando ele começa a mexer no meu pé já imaginado a dor que sentiria e quando ela veio abafei um grito com as mãos. Ele me ajuda a levantar, apoio o braço em seu ombro e voltamos para a cabana, percebo que a parte de trás da sua cabeça está sagrando e o sangue escorre até para baixo do seu pescoço descendo pela sua costa.

Sou coloca na cama e o meu pé machucado sob uma almofada, Willian não havia falado nada pelo caminho até ali e eu também não. Ele se senta na cama ao meu lado e me observa por um tempo.

— Eu preciso tirar o tênis para ver se está quebrado — diz ele com a voz séria e cansada, me afasto — Eu vou ter cuidado.

— Por que teria? Eu machuquei você — aponta para sua cabeça.

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⏰ Última atualização: Jun 09, 2016 ⏰

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