Be free Be magic [Completo Em Português]

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Suas mães não amavam seus próprios filhos e isso, meus caros, era fato.
Os jogaram em uma lixeira mesmo sabendo que isso causaria uma grande impacto em suas vidas.
A primeira foi Maria Fernanda, uma bebê branca de belos olhos castanhos e cabelo da mesma cor. Cinco meses depois, a menina havia ganhado um amigo, ou melhor, um irmão. Gustavo era seu nome, era rechonchudo e loiro. Tão pouco parecia estar no lixo.
Uma enfermeira os achou e só então percebeu que havia se passado cinco meses que tal menina estava ali e mesmo assim, sem nenhuma doença.
Ela cuidou de ambos como se fossem seus filhos e todo o hospital ajudou.
Mas eles não aguentavam mais aquele lugar e tais tristezas que as paredes brancas traziam.
Tinham um ano quando já tinham aprendido a andar e decididos a fugir o fizeram sem fazer pouco caso disso.

Foram míseros dois anos que passaram sendo rejeitados pelo simples fato de serem sujos ou por serem recebidos com dó.
- Fer, é véspera de Natal. - disse enquanto olhava as casas iluminadas.
- Vai ser só mais um ano em que passamos sem ninguém. Aguente.
- Podíamos ir pedir um abrigo naquela casa quieta. Ela parece quente.
- É, quem sabe? - respondeu, em tom irônico.
Ao baterem na porta tudo se ascendeu e as luzes iluminaram uma árvore branca muito bonita. Um homem jovem e sorridente cuja as vestimentas eram compostas por uma calça de moletom cinza, uma camiseta branca e uma chinelo os atendeu e os pediu para entrar, sem nem mesmo saber seus nomes ou seus motivos.
- Olá, eu sou o Fernando e vocês?
- Gustavo e essa é a minha irmã Fernanda. - a voz ansiosa do menino ecoou pela sala - Por favor, senhor, nos dê abrigo!
Sua fala era apenas suplicas afogadas em lágrimas jamais derramadas antes, afinal, ambos sabiam lidar com os problemas melhor que ninguém.
Ao ver uma simples criança de apenas três anos chorando Fernando estremeceu, olhou para o quadro de sua família no alto da lareira e começou a falar se olhar para ambos.
- Vocês podem morar comigo se quiserem.
- É sério? - perguntou Nanda em pleno espanto.
- É claro. - sorriu e voltou seu olhar para um animal grande. - Esse é Elecrion, meu hipogrifo. Me faça uma favor, Ele? Arrume um quarto para eles.

A noite foi tão boa para ambos, afinal, nunca haviam dormido em camas tão macias e confortáveis como aquelas, ou melhor, nunca tinham dormido em cama alguma. Era como se estivessem em nuvens.
E na manhã seguinte, eles tiveram uma surpresa muito boa. Aprender magia não era para qualquer um, não.
- Vamos, vamos.
O treinamento para conseguir dominar o tempo para a Nanda era dureza e isso ninguém podia negar. Ainda mais para conseguir ficar rápido, coisa que Gustavo vão conseguia.

Mas não se passaram dois meses e ambos já sabiam dominar suas magias muito bem.