Capítulo 7

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Capitulo 7.

De repente meu corpo vai ao chão e o cara que antes me arrastava agora se encontrava no chão com uma pessoa sobre ele dando alguns socos, Caleb, ele se levanta e vem até mim que começava a me levantar e me ajudou. Segurou em meu rosto e olhou em meus olhos depois corpo e me abraçou forte depositando um beijo no topo de minha cabeça.

- Você está bem? – Pergunta, e segura em meu rosto enxugando minhas lágrimas, confirmo. – Ele chegou a fazer alguma coisa com você?

- Não. – Falo com a voz trêmula e tento aquecer meus braços. – Obrigada.

- Vamos, vou te levar para casa. – Passa o braço em volta do meu corpo. – Infelizmente não vim com blusa de frio. – Fala ao sentir minha pele fria.

Entro em seu carro e ele liga o aquecedor, coloca uma música calma e baixa, pega um pequeno cobertor e me dá olha para mim com feição preocupada.

- Eu estou bem, mesmo. – Falo com o coração batendo rápido.

- Aguenta um passeio rápido? – Fala, dirigindo.

- Aguento, pode até demorar não quero que tio Octávio saiba. – Falo e olho pela janela.

Ele sorri tentando quebrar aquela tensão de um quase estupro não dando muito certo, só a música, aumento a mesma e olho para Caleb que não se importa. Volto e encosto minha cabeça entre o banco o sinto e a porta do carro olhando para as arvores e casas, meu corpo estava cansado, e meus olhos cada vez mais pesados. Sinto meu corpo relaxar e meus olhos se fecham, meu coração ainda acelerado, mas adormeço.

"O vejo ao longe, tentando passar pela barreira de funcionárias do orfanato, e uma delas me levavam para longe daqueles olhos incrivelmente azuis, lágrimas descia de meu rosto e sentia todo meu corpo doer, eu sabia o que me esperava e sabia que ia ficar marcado em minha lembrança.

- Star! Star! – Sua voz ecoava em meu ouvido. "

Acordo com o coração acelerado e encontro Caleb na frente do carro ao lado de fora em cima do capô do carro, olhava distraído para o céu estrelado, ao meu redor eu vejo várias arvores, a música estava mais baixa deixando-me ouvir o barulho de uma cachoeira, me enrolo na pequena coberta e saio do carro, ando lentamente até ele, vagalumes clareavam a noite juntamente com a lua cheia.

- Acordou... – Fala.

- Aqui é muito lindo. – Falo e sorrio.

- Me traz uma paz. – Fala aquecendo a mão, me junto a ele no capô do carro. – Está se sentindo melhor?

- Estou sim. – Falo e sorrio. – Obrigada novamente. – O observo se aquecer do frio, me desenrolo e coloco uma parte em seu ombro esquerdo e a outra em meu ombro direito, ficou pequeno pelo meio estar vazio então juntamos nossos corpos, me arrepio com o frio de sua mão que passou rapidamente em minha perna indo para trás de mim faço o mesmo.

- Me desculpe por ontem. – Fala.

- Por ter me dito não? – Perguntei e ele afirmou. – Não vou morrer com um não seu.

- Você quase foi estuprada hoje, se eu tives... – Coloco a mão em sua boca.

- Como eu disse, terá certos tipos de machucados que não tem como evitar, você não tem uma bola de cristal. – Falo e ele ri.

- Onde estava o Miguel naquele momento? – Perguntou, e eu não sabia o que responder pois eu malmente o vi quando chegamos na festa.

- Ele bebeu demais. – Falo e respiro fundo. – Se empolgou com os amigos.

Garota suicida     #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora