Amiga da Minha Irmã

Capítulo 53

Paty.

— Baby, eu já vou — disse a um Paul sonolento.

— Agora não.

— Eu tenho que ir. — Beijei sua testa. — Eu te amo.

— Eu te amo. — Ele fez beicinho e eu lhe dei um beijinho. — Tenha cuidado.

— Pode deixar.

Peguei a bolsa esportiva, o iPod que ele me deu de presente de Natal, cujo, já coloquei todas as músicas que tanto amava ouvir e saí, colocando meus fones. Ao som de Thirty Seconds to Mars, eu caminhei em direção à academia não muito longe dali. Claro que, apesar de ter terminado com ele, eu tinha procurado um local aqui perto, para quando ou se nós voltássemos, eu pudesse ir sem que ele precisasse me levar. Eu estava exausta pelo sexo durante a madrugada e sentia minhas pernas fraquejarem um pouco; Paul havia me dado orgasmos múltiplos.

Ontem, acordamos por volta das onze da manhã, tomamos banho e fomos de imediato à casa dos pais dele, onde almoçamos com os avós Jones. Eu me diverti bastante com a vovó Alyssa e sua pequena pressão com relação ao casamento.

Entrei na academia e fechei a cara de imediato ao ver a biscate da Claire dando em cima de um personal. Claro que ela não perderia tempo. Eu só não sabia que ela estava frequentando esse lugar. Eu não ia sair daqui. Nem em mil anos.

Do or Die chegava ao fim, quando coloquei minha bolsa no banco, próximo a esteira. Liguei e comecei minha caminhada, que duraria apenas meia hora e depois eu passaria para o boxe. Só de lembrar que Paul estava me chamando de Million Dollar Baby eu achava graça. Mas ele sabia que eu jamais iria para um ringue.

— Ora — disse Claire, mas eu fingi que não ouvi, aumentando a velocidade da esteira e o volume do iPod.

Logo Northern Lights invadiu meus ouvidos, machucando-os levemente, mas eu não me importei. Não queria discutir com essa biscate. Queria ter uma manhã tranquila, já que quando voltasse para casa, só teria tempo de trocar de roupa e comer, pois irei escolher meu vestido de casamento hoje. Eu cantava a letra na minha cabeça a plenos pulmões. Por que Thirty Seconds to Mars era tão perfeita?

Ainda correndo, coloquei o álbum Love Lust Faith + Dreams para repetir. Olhei ao redor, procurando a biscate e me surpreendi quando a vi sentada no banco onde estava minha bolsa.

Um toque em minha mão chamou minha atenção para o personal à minha frente. Retirei os fones, pausei a música e continuei minha corrida.

— Como foi o Natal? — questionou.

— Perfeito. — Sorri. — Mais que perfeito... Todos os adjetivos acima deste.

— Por quê? O que aconteceu de bom?

Eu sorri ainda mais, ofegante e mostrei meu anel de noivado, com a mais grossa aliança de ouro branco que Paul Jones foi capaz de encontrar.

— Você noivou? — Jared ergueu as sobrancelhas.

— Sim. Paul me pediu em casamento e eu não pude resistir, claro.

— Estou feliz por você.

— Obrigada.

— E quando vai ser o casamento?

— Assim que eu finalizar a universidade.

— Parabéns.

— Muito obrigada. — Sorri. — De verdade.

— Imagina. — Ele sorriu. — Vou te deixar terminar a corrida e depois iremos para o box.