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Evelyn

Assim que senti William pressionar-se contra mim, soltei um leve gemido, por ter sido inesperado. As minhas mãos seguraram as dele, quando senti o meu corpo pedir por mais contacto.

O meu corpo estava a pedir por mais e isso não era normal em mim. Senti uma das suas mãos descer pelo meu tronco, indo em direção da minha zona íntima. Ele roçou os seus dedos nessa área, fazendo-me tombar ligeiramente a minha cabeça para trás, com o contacto.

- É isto que tu queres, Evelyn? – Ele ronronou ao meu ouvido, começando a intensificar os seus movimentos.

- S-Sim. – Sussurrei, sentindo um dos seus dedos entrar em mim. As minhas mãos apertaram a sua livre e ele apertou o meu corpo contra o seu, fazendo-me sentir novamente a sua ereção.

Um outro dedo seu entrou em mim e eu gemi ligeiramente mais alto.

- Não é melhor assim? – Ele sussurrou ao meu ouvido e tudo o que eu pude fazer foi gemer em resposta.

A verdade é que eu queria mais. Eu queria muito mais do que apenas os seus dedos no meu interior e quase adivinha que ele queria o mesmo.

- Eu quero mais, William. – Sussurrei e ele virou-me de frente para si, após retirar os seus dedos de mim.

- Mais? Como assim? – Ele murmurou, observando-me atentamente.

- Faz amor comigo. – Sussurrei sentindo as minhas bochechas queimarem com a vergonha.

Por momentos, vi um sorriso rasgar os seus belos lábios com o meu pedido e ele encostou-me à parede, pegando rapidamente nas minhas coxas, elevando-me.

- Tem de ser alguma merda romântica? Eu não sou bom nisso. – Ele murmurou ao meu ouvido e eu abanei a cabeça em negação.

Ele não esperou por mais nada e em menos de nada, senti-o entrar em mim. Lento e cuidadoso, mas mesmo assim, doloroso. Era uma dor irremediável, era horrível e eu só queria chorar. Os seus lábios tocaram nos meus enquanto ele continuava a entrar em mim. Quando percebi que estava por completo, afastei os meus lábios dos dele, observando-o.

- Posso mexer-me? – Sussurrou de olhos fechados.

- Podes. – Sussurrei ao ouvido dele, enquanto entrelaçava os meus braços no seu pescoço, de modo a agarrar-me a ele.

**

William dormia. Os seus cabelos negros estavam despenteados, em cima da almofada. Beijei a ponta do seu nariz e sentei-me na cama, para poder observá-lo melhor. Ele encontrava-se a dormir de forma serena, calma, como eu nunca o vira. Ele era lindo até a dormir.

- Evelyn? – Uma voz feminina chamou através da porta e a mesma abriu-se. A luz do sol que espreitava por entre as cortinas de correr batia nos meus olhos e não deixavam que eu conseguisse ver bem.

A porta fechou-se novamente e ouvi passos na minha direção. Uma enfermeira observava-me com um sorriso doce.

- Darren pediu-me para vos trazer o pequeno-almoço. – Ela estendeu-me um tabuleiro, cheio de comida.

- Obrigada. – Sorri em agradecimento. Peguei no tabuleiro e pousei-o na mesa de cabeceira. – Podes pedir uma coisa ao Darren, por mim? – Murmurei baixo e ela assentiu com a cabeça, sem nunca perder o seu sorriso. – Pede-lhe para me encontrar na sala 33, para conversarmos. Esta tarde. – Sussurrei.

- Assim o farei. Até logo. – Ela sorriu e saiu do quarto novamente. Levantei-me e fechei um pouco mais as cortinas, para não levar com o sol nos olhos e girei nos meus calcanhares.

William murmurou qualquer coisa e pensei que acordara. Mas o seu corpo não se moveu.

- Will? – Chamei baixinho.

- Não! – Ele gritou e começou a mover-se de forma desesperada, como se tentasse fugir de algo. O meu coração acelerou com medo e corri até ele, agarrando o seu rosto.

- William, acorda. – Pedi em desespero, preocupada com ele. Ele apenas continuava a mover-se de forma frenética. – Will por favor. – Sussurrei. Um dos seus punhos embateu no meu braço, magoando-me. Iria deixar marca e não seria uma muito bonita, mas eu não me importava.

- Não, pai, por favor. Não me batas. – Ele choramingava e eu apenas o abracei. – Não! – Ele gritou novamente e senti-o apertar-me. – Evelyn. – Sussurrou entre soluços.

- Estás bem? – Sussurrei preocupada, afastando-me ligeiramente dele, para poder observar o seu esbelto rosto, limpando as suas lágrimas. – Estavas a ter um pesadelo?

- Eu estou bem. – Ele murmurou e eu beijei a sua testa, mexendo nos seus cabelos.

- Uma das enfermeiras trouxe algo para comermos, senta-te. – Murmurei nervosa e levantei-me, pegando no tabuleiro, colocando-o logo a seguir em cima da cama, entre nós.

O meu braço doía, do murro que ele me dera sem querer. Não podia mostrar que doía, ou ele ficaria realmente chateado com ele mesmo, mas a negra que já devia estar visível na minha pele, o havia pronunciado.

- Eve... - Ele largou a sandes no prato novamente, agarrando cuidadosamente no meu braço. – Eu...? – Ele perguntou e eu afastei-me calmamente.

- Fizeste-o inconscientemente, Will, eu juro. – Expliquei. – Estavas a ter o pesadelo e eu estava a tentar acordar-te e sem querer, deste-me um murro no braço. – Suspirei e ele passou os seus dedos no meu braço, por cima da nódoa negra terrível no mesmo.

- Eu... Eu... - Ele bufou e levantou-se, frustrado. – Eu nem acredito que o fiz. – Balbuciou.

- William! – Bufei, levantando-me. – Escuta, foi algo inconsciente, não tem mal. – Resmunguei, agarrando o seu pulso de modo a pará-lo com a sua batalha interna. Ele olhou para mim e parou.

- Eu amo-te, Evelyn. – Ele murmurou.

- Eu amo-te, William. – Murmurei e ele baixou-se, beijando-me.

EvelynOnde histórias criam vida. Descubra agora