Capítulo 7

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Após a troca de roupa Andrew e a modelo voltaram para fotografar mais, eles estavam lindos, era de dar inveja. Os dois pareciam realmente um casal.

Aquela sensação estranha só tomava conta de mim. Será ciúme? Mas como? Eu nem gosto dele, eu mal o conheço.

Decidi tirar todos aqueles pensamentos da minha cabeça e fazer o que eu sei de melhor, fotografar!
Estou decidida a sair de casa e pra isso eu tenho que arrumar dinheiro e um pagamento mensal razoável para me manter.
Não quero luxo. Nunca gostei disso, não sou apegada a bens matérias, eu só quero paz, longe do Henrique.

Tirei tudo de ruim da minha cabeça e fiz um ótimo trabalho.

Após terminar e mostrar um pouco das fotos para meu chefe recebi muitos elogios, aquilo serviu de incentivo para melhorar cada vez mais. Fiquei bastante feliz em saber que estavam gostando do meu trabalho, apesar dos pesares coisas simples me deixam feliz.

Com a vida que eu levo, quando recebo elogio ou uma simples demonstração de carinho de alguém me encho de esperança, talvez seja por isso que me encantei pelo Andrew. Ele foi muito cuidadoso comigo!

16:00

Estava me preparando para ir embora para casa de Agnes, quando sinto mãos delicadas tocando minha cintura, um sussurro no meu ouvido que me fez arrepiar por completa

-Estava com ciúme de mim senhorita Brenda Lopes?
Era o Andrew

-Ta maluco?

Me soltei dos braços dele que envolviam minha cintura.

-Estamos no trabalho, para de loucura. Aqui não é lugar para isso
Aliás, eu não estava com ciúme coisa nenhuma.

Falei irritada.

Ele riu, eu fiquei toda boba. Ele não falou mais nada, apenas saiu e foi pegar suas coisas para também ir para casa...

Me despedi de todos e quando ia saindo do estúdio Andrew me parou.

-Deixa eu te levar em casa, ciumentinha?
Ele falou fofo

Mas o que? Ele acha que eu estava mesmo com ciúme dele?
Claro que não né, eu nem sinto nada por ele.

-Novo apelido?

-É sim, mas não muda de assunto. Deixa eu te acompanhar até em casa?

-Andrew eu vou pegar um ônibus, e eu vou pra casa da minha amiga.

-O Gabriel vai sair hoje a noite, vou ter que ficar sozinho de novo.

Andrew fez uma carinha de cão sem dono que era quase impossível não resistir

-Aposto que não vai ficar só. Sei bem o seu tipo, pega várias, nunca está só!

-No momento eu só estou querendo pegar uma mesmo mas ela é muito marrenta!

Nossa, corei! Certamente ele estava falando de mim.

-A quem está se referindo?

-Brenda, a você né! Não seja lerda. Sei que és inteligente. Já dei sinais suficientes...

-Andrew melhor eu ir andando, vou perder o ônibus. Depois conversamos sobre isso.
Falei muito envergonhada

-Ciumenta, me passa seu número?

Ele me deu o celular dele e então anotei.

-Bom, já vou indo.
Falei sem jeito, então fui em direção dele para dar um abraço.

Quando ele colocou as mãos na minha cintura, fazendo com que ficássemos bem próximos meu corpo se arrepiou. Ele tinha um efeito diferente sobre mim.

Enquanto estávamos em um abraço demorando Andrew falou no meu ouvido

-Me beija?

-Mas... aqui?

Gaguejei

Ele nem me deu chances para responder, deu-me um beijo demorado, seus dedos adentrando os meus cabelos, e a outra mão na minha cintura. O beijo dele era gostoso, poderia passar o dia ali.

Estava começando a ficar demorado demais, suas mãos passaram a descer da cintura para minha bunda quando imediatamente eu parei o beijo.

-Chega por hoje né, aqui não é o local apropriado.

Ele concordou comigo.

-Realmente
... está na minha hora mesmo. Vou indo nessa ciumenta. Nos vemos depois.

Me deu um selinho e saiu.


Um Amor Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora