Chapter Two

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Me arrastei até a cozinha para tomar o café da manhã, e o cheirinho estava tão bom que chagava até o segundo andar da casa.

- Bom dia... - cumprimentei meus pais com a voz sonolenta e preguiçosa.

- Bom dia, meu amor - disse minha mãe sorrindo, enquanto meu pai apenas acenou por detrás das folhas do jornal que estava lendo.

Me sentei na cadeira, próxima do balcão, e me servi de duas torradas com nutella.

- Filha, assistiu ontem as notícias na tevê? - minha perguntou, depois de bebericar seu café.

- Sim, e descobriram quem...

- Já lhe alertei para não assistir essas reportagens que só noticiam desgraças! Só mortes, acidentes... - ela me interrompeu, zangada.

- Safira, é sempre bom saber das coisas, e não vejo nenhum problema em Sarah saber as verdades, das coisas que acontecem pelo mundo e principalmente pela nossa região! - indagou meu pai, defendendo-me.

- Jeff, ela é jovem e tem apenas...

- ... dezesseis anos, já é uma moça e tem de estar bem informada! É uma garota bonita e inteligente, ela não tem mais seis anos, a Sarah!

- Tá bom, Jeff. - mamãe suspirou, pareceu vencida. - Sabe que te amo, né? - minha mãe se aproximou de meu pai e deu-lhe um selinho que estava prestes a se aprofundar.

- Escola! - exclamei, chamando a atenção dos dois.

- Escola! Escola! - minha mãe correu pela cozinha deixando meu pai desamparado.

- Tchau, pai - falei depositando um beijo leve na sua bochecha.

- Tchau, minha querida!

Saímos de casa as pressas, entrando no carro na mesma velocidade. Me sentei no bando do passageiro vendo minha mãe ligar o rádio em uma música qualquer enquanto eu passava o cinto por cima do meu tronco. Encostei minha cabeça no vidro do carro com os olhos quase fechando de tanto sono que eu ainda tinha.
Minutos depois o carro parou e eu tirei o cinto me despedindo de mamãe enquanto abria a porta. Já do lado de fora, passei a caminhar em direção aos portões, no meio do caminho acenando para um grupo de nerds que jogavam games super complicados.

- Hey, Sarah! - alguém gritou por trás de mim.

- Ah, olá, Dimitry! - disse com um sorriso, vendo algumas pessoas o encarando com estranheza. Pois, segundo eles, o Dimitry era o garoto mais esquisito da escola. Bom, eu não me importava e nem ele.

- Olha só o que eu fiz - ele me mostrou um papel escrito uma espécie de cálculo complicado.

- Interessante, é sobre o quê?

- Assistiu ontem o noticiário? - assenti com a cabeça. - Então, eu invadi a rede da polícia da Inglaterra e descobri muitas coisas. - Arregalei meus olhos, em surpresa. - Quer ver? É meio sigiloso. E vem chegando coisas novas a cada minuto! - fiquei pensativa por alguns segundos, mas acabei por acenar com a cabeça.

Ele se aproximou de mim deixando nossos braços colados. Vi um nome. HARRY EDWARD STYLES e em baixo vários outros nomes só de garotas.

- Que isso?

- Todas as garotas e mulheres que ele já matou, e violentou...

- Ele violenta as garotas?! - perguntei, incrédula.

- Sim, a mídia não quis revelar isso. Sabe, para as mulheres não ficarem com tanto medo dele - ele passou o dedo pelos nomes.

PSYCHOTIC - H.S ✔️ [EDITANDO]. Onde histórias criam vida. Descubra agora