six (partie deux)

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Oláá, desculpem, sei que demorei de novo, mas não me matem ^.^. Fiz o capítulo até maiorzinho do que o outro, então sejam felizes.

Boa leitura sz.

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— Eu ainda não acredito que fez isso! — exasperou notoriamente bravo ganhando apenas um semblante debochado. — Como pôde ser tão baixo?!

O rapaz apenas sustentou a expressão sem vontade de dar satisfação. Estava feito de qualquer forma.

— Pode acreditar ou não, pouco me importa afinal. Não estava brincando quando disse que faria isso até o fim Plagg! E olhe, triunfei mais uma vez. — puxou os cantos dos lábios exalando vitória mal merecida.

O kwami negro baixou o olhar até o chão sentindo-se derrotado. Aquilo tudo seria inútil infelizmente. Se questionara sobre o ponto absurdo onde a situação chegou.

— Você era tão bom... o que aconteceu com aquele coração de ouro e apaixonado pela segurança de Paris que tinha?

Era de fato frustrante para ambos, para os miraculous e todo o mundo. Terrível na verdade. E ele sabia conscientimente disso. Mas o desejo e a ganância prevaleceram em seu coração, e o destruíam a cada mísero dia.

— Ele morreu, o tiraram de mim. E não perdôo ninguém que tentar me atrapalhar, nem mesmo de minha família. — murmurou friamente ouvindo apenas um suspiro cansado de tentar lutar. — Mesmo que isso me condene pela eternidade, nunca conte a Adrien. Ele não merece saber do que está acontecendo.

E então saiu da sala obscura deixando o pequeno gato sozinho, se perguntando aonde havia errado com ele.

~•~

~ Uma semana depois ~

Adrien estava completamente indignado.

Traído.

Mesmo depois de tantos anos de relação, aquilo era inconcebível.

— Sério que vocês foram ao cinema sem me chamar? Enfer! *

Nino ao seu lado já rindo da situação, apenas colocou a mão no ombro do amigo como um consolo amigável.

— Desculpa mano! Pensei que teria muitos photoshoots nesse final de semana. — "claro, photoshoots. Quem me dera." — E a Alya avisou de última hora que ela vinha, então não podia prever.

Seria uma boa oportunidade. Pelo que lhe foi contado, provavelmente não haveria olhos obcecados de Félix arrodeando cada passo ou suspiro de Marinette (embora seja apenas uma hipótese e não se surpreenderia), portanto um momento livre já que perdeu sua chance como Chat Noir. Decidiu afastar os pensamentos errôneos e se concentrar no moreno que agora zombava da sua expressão perdida.

— Até tive, mas poderia ir alguma hora afinal. Estou realmente triste com você Nino, pensei que era meu amigo... — virou o rosto para o lado oposto, fechando os olhos insinuando aborrecimento e rindo internamente, embora desapontado.

Marinette estava certa quando dizia que ele não servia para atuar. Como Chat...

— Cara, você não me engana. Me adoraria de qualquer jeito mesmo perdendo esse momento com tua gata hein. — sentiu um cotovelo encostando sucessivamente em sua costela direita e revirou os olhos.

E ele não estava errado. Nino era um dos únicos motivos que o fazia não desistir de tudo. Só queria contar cada detalhe para o mesmo, porém não podia. Apenas Adrien que havia de carregar todos os seus demônios que o consumiam por dentro.

Antes de suplicar ao termo 'gata' que Nino gostava de relacionar à ela pelo fato de conseguir um loiro constrangido, o foco da conversa entra na sala de aula completamente cansada, e de sem graça, se tornou um loiro preocupado. Já imaginava o motivo no entanto.

Marinette caminhou roboticamente até seu lugar e apoiou a cabeça na mesa xingando todos os palavrões possíveis que conhecia mentalmente. A noite passada mal dormida resultara em pouco humor e profundas bolsas embaixo dos olhos agora dilatados e sonolentos. Era uma sensação que definitivamente não aprovava. Tudo o que queria era sua cama e apagar toda sua vida problemática, como um alívio imediato. E a mesa fria e rígida não contribuía em seu sonho.

Por sorte, a professora não havia chego na classe, então sobrava mais alguns minutos para reclamar de sua vida e atrair olhares alarmados em sua direção.

Não, não eram apenas de Adrien.

— Marinette? Está tudo bem? — perguntou uma voz até então não tão distinguida.

Ela levantou a cabeça gradativamente enquanto tentava focar no dono da voz. E sorriu afetuosa quando enxergou a cabeleira laranja avermelhada em cima dos olhos azuis-turquesas curiosos.

— Sim Nathan, tudo bem. — recebeu um puxar de lábios sem jeito com a mentira.

Nos últimos anos se aproximara bastante do ruivo desde que ele esquecera seu livro de química numa aula e a azulada dividiu o seu prontamente, dois meses depois do Evillustrator. A conversa melhorou a partir da primeira frase que Nathanael conseguiu proferir uma frase sem gaguejar de como não gostava de exatas. E ela teve de concordar, já tendo uma ótima imagem do artista tímido.

Passaram a se conhecer melhor e considerava um amigo que ora ou outra demonstrava querer algo a mais, somente ganhando um sorrisinho de leve como resposta.

— A Alya não virá para a aula? Faltam apenas cinco minutos para começar o primeiro turno. — dirigiu os olhos até o relógio de pulso a fim de checar o horário. — E oh, você chegou cedo, ainda que com a cara amarrotada... que surpresa.

O tom irônico com um tanto sincero fez ela rolar os olhos e seguir igual.

— Obrigada por me fazer sentir melhor monsieur, já sabia e faz questão de jogar em minha cara “amarrotada”, realmente muito obrigada. — captou uma leve gargalhada vinda do amigo, encarando-a serenamente. — E não sei se ela vai vir, Alya nunca se atrasa!

— De nada, mademoiselle Dupain-Chang. Mas hm... — espiou o dono de orbes verdes claramente incomodado por perto. — Não quer sentar comigo? P-porque a Alya pelo visto não veio, e precisa de alguém para te manter acordada. Também não a quero deixar sozinha. — pediu com a voz pouco trêmula pelo peso que sentia sob o olhar fuzilante. Incrível como Marinette estava alheia à tudo. — Como sento atrás de Ivan que é bem alto, podemos até conversar em particular se quiser.

Aquilo seria uma indireta para Adrien? Isso era algo que ele realmente não tolerava.

Ela pareceu avaliar a proposta e por fim balançou positivamente a cabeça pegando sua mochila e indo para a última carteira da sala acompanhada de Nathan.

De todos ali, no instante, era Adrien quem mais ansiava logo morrer.

Atrás de nós fecha-se uma porta eterna, e abre outra eterna, e estou no meio dos dois caminhos, não podendo retroceder, e tendo medo de avançar.

— Referência a citação de Antônio Vieira.

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* Inferno!

Pois é, ainda tô numa vibe mais gótica das trevas, e vendo essa frase que tive vontade de colocar, fazer o que.

E ah, também queria dedicar esse capítulo à AnaFerrazbella que comentou e votou. Muito obrigada sz. Lógico, à todos que leram e principalmente aos que demonstraram interesse. Fico muito feliz mesmo em continuar escrevendo pois sinto certa insegurança. Nisso aceito críticas construtivas, muito agradecida sz.

Half of Person❌MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora