Capítulo 24

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JORGE

Acordar com a menina mais linda que conheço ao meu lado não tem preço. Que momento perfeito. Tenho que lembrar de abraçar Anabella quando vê-la.

Dormimos abraçados. Na verdade, quase não dormimos.

- Anna? - Chamo-a, beijando perto de sua orelha.

- Deixa eu dormir em paz.- Ela vira para o outro lado, desunindo nossas pernas. - Amanhã conversamos.

- Já é amanhã. - Falo sorrindo.

- Que horas são? - Ela pergunta arregalando os olhos e sentando.

- São sete e meia. Acho que você pode dormir mais meia hora.

- Tá maluco? Minha mãe pode não ter percebido minha ausência ontem a noite. Mas sempre tomamos café juntas. Que horas passa o próximo ônibus?

- Você vai andar de ônibus? - Pergunto ironicamente. Contendo uma risada de surpresa.

- Não. - Ela me olha. - Nós vamos. - Fala. Dando ênfase no "nós".

- Você tem dez minutos. - Digo. Já me levantando e indo para o banheiro.

- Eu não vou me arrumar em dez minutos.

- Então vai perder o ônibus. E o outro...

- Tá, tá. Vai logo. Tenho que trocar de roupa.

- Pensando bem, acho que vou ficar mais um pouquinho. - Sento na cama.

- Ótimo. Assim tomo banho primeiro.

- Ei. Não. Espera. - Falo. - Você ainda vai tomar banho? Vamos perder o ônibus.

- Quer saber? Dane-se. Vou ficar aqui com você até a hora que eu quiser. - Ela fala e vem até mim. - Sabe o que eu acho? - Fico olhando para cada movimento de sua boca. - Que temos que escovar os dentes. - Ela empurra minha testa com o indicador.

- Pra quê? Depois a gente faz isso. - Falo. Ela senta em minha perna direita. Quando vou beija-la ela afasta o rosto, mas logo depois me beija também. Viro- a em cima da cama e fico por cima dela.

- Meu Deus. É melhor você parar. - Ela fala.

Sentamos um do lado do outro encostados na cabeceira da minha cama.

- Isso é constrangedor. - Ela fala e ri. Logo começo a rir também.

Ela senta em cima de mim, me pegando de surpresa. Começo a olhar para seu decote. A roupa de dormir ia até o joelho, mas em cima faltava pano. Qual o problema de minha mãe? Agora Anna vai pensar que sou um pervertido.

- Você está pensativo. Sabe que gostei dessa roupa? Ela faz você me olhar. - Anna fala com uma voz muito suave, quase sussurrando.

Aos poucos aproxima mais o rosto do meu, sem tirar os olhos da minha boca. Não resisto a ela. Pareço cada vez mais envolvido. Isso não é uma coisa ruim, mas fica difícil de controlar o desejo que sempre nos rodeia. Vou dando leves beijos pelo seu busto enquanto suas mãos passeiam pelo meu cabelo. Olho nos olhos dela, pedindo apenas com o olhar, permissão para abrir o primeiro botão da roupa de minha mãe. Ela apenas me beija e começa a desabotoar a blusa do meu pijama. Em questões de segundos estou sem ela. Primeiro botão. Aberto. Segundo botão. Aberto. Terceiro. Aberto. Com um único movimento, o que não foi tão difícil quanto imaginei, tiro a camisola dela. Agora ela está sentada sobre mim, apenas de langerry. Fico hipnotizado com a perfeição de seu corpo. Eu já havia visto ela com roupas íntimas antes, mas não de perto, encostando em mim. Ela chega mais perto. Passo o indicador pela extensão de sua barriga e não falo nada, só observo.

Amores FurtadosOnde histórias criam vida. Descubra agora