Capítulo único

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Eu sinceramente não me arrependo das escolhas que fiz pra chegar até aqui. Desistir de participar do X factor da primeira vez foi a melhor coisa que eu poderia ter feito.

Era o destino; os deuses do olimpo, Alá, deus, os santos; eu não faço ideia! Tudo o que sei é que não há como agradecer por ter te conhecido.

Apesar de não ter sido necessariamente ali que te vi pela primeira vez (bem, isso é apenas um detalhe), foi ali, nas semanas que ficamos naquela casa, que tudo começou realmente.
E quando me dei conta, já estava perdido, eu havia ficado bobo, era “tarde de mais”.
Eu estava total e perdidamente apaixonado por você.

Nos conhecíamos (e ainda conhecemos) como a palma da própria mão.

Cada mania.
As coisas bobas, o modo como nos comunicávamos por olhares (e ainda fazemos), os sorrisos. Os toques mais singelos, mais simples.
O jeito que você me acordava (e ainda acorda), as palavras doces, os "eu te amo".
A preocupação, o cuidado, o carinho.
As piadas, brincadeiras e provocações. As insinuações e as declarações feitas disfarçadamente mas de modo perfeito.
Os beijos, os sorrisos que me eram (e ainda são) arrancados sem que eu ao menos percebesse.
O modo como tudo aconteceu, como nos encaixamos perfeitamente.

Fomos feitos um para o outro e não há como negar isso.

Tudo isso sempre esteve e sei que sempre estará aqui, assim como você sempre está aqui para mim.

Mas, há também os momentos em que o carinho e toques delicados dão lugar aos toques mais ousados.

Há mãos para todos os lados.
A necessidade de ter nossos corpos juntos, se conectando da maneira mais íntima possível, correndo entre nós como uma corrente elétrica.
As palavras sujas, sua voz grave e rouca rente ao meu ouvido, as mordidas, os chupões.
Suas mãos me segurando tão firme e possessivamente e o modo como você me leva ao paraíso (na verdade sempre que estou com você me sinto no paraíso). O modo como me faz provar do mais puro prazer, seu olhar amoroso e selvagem. A luxúria em cada movimento e dominando o ar ao nosso redor.
As respirações ficando pesadas, o sorriso sacana surgindo no canto de seus lindos, deliciosos e pecaminosos lábios.

Os toques se intensificando cada vez mais, o desejo transbordando e deixando nossos olhares escurecidos. A dor, o prazer.
Nos amamos de forma pura e suja ao mesmo tempo, é um enorme conflito que sempre leva de volta a forma incrível como conhece cada mínimo detalhe do meu corpo.                                                                                                                                                                          
Os murmúrios, os suspiros, os gritos rasgando minha garganta e possivelmente podendo ser ouvidos por nossos vizinhos, mas, ninguém se importa com isso.

Minhas unhas sendo cravadas em sua pele, um pouco de sangue, risos, beijos intensos, nossos gemidos ecoando pelo quarto em perfeita sincronia, a inspiração para alguma futura música, quem sabe, correndo minha mente por um breve momento antes que esteja totalmente nublada pelo prazer.

Um último grito, chamando por seu nome, sentindo-me liberto, completo; feliz, satisfeito e entorpecido pelo prazer.

Logo depois, um gemido alto e rouco ecoando por todo o lugar. Meu nome sendo dito por sua voz que sai rouca e entrecortada, mas sem deixar de ser sensual.

O suor em nossos corpos, seu cheiro em minha pele e vice e versa, os sorrisos nascendo em nossos rostos, as marcas ficando mais visíveis, o amor em nossos olhares inundando o ambiente como a brisa da madrugada que chega sorrateira, tornando tudo melhor ainda. O carinho e o cuidado ao fim de tudo, os sussurros dizendo palavras doces novamente.

Um beijo lento e intenso, mas, sem segundas intenções.

A deliciosa sensação de ser aninhado em seus braços, quase sendo levado pelo sono, inebriado por seu cheiro.

Como um hábito adquirido desde que nos tornamos amigos, um beijo é deixado em meus cabelos. Involuntariamente um pequeno e preguiçoso sorriso cresce em meus lábios.

-Eu te amo, Zee.- falou baixinho, como se estivesse contando um segredo.

-Eu também te amo, Leeyum.- murmurou no mesmo tom, deixando um beijinho no pescoço do outro antes de se deixar levar pelo sono.

I Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora