Creepypasta 05 - A Condessa Sangrenta

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Elizabeth Báthory nasceu em 7 de agosto de 1560, na Hungria, em uma das famílias mais abastadas da época.
Elizabeth foi criado em um castelo da família, usufruindo de uma educação privilegiada. Foi alfabetizada em húngaro, latim e alemão numa época que era comum analfabetismo até mesmo entre os nobres. Era muito bonita e sofria de ataques epiléticos na infância, que logo cessaram. Prometida desde os 11 anos, casou-se aos 15 com o conde Ferenc Nádasdy, foi uma boa mãe para seus 3 filhos e posteriormente ganhou o título de "Condessa sangrenta".

A família Báthory já contava com alguns registros de sadismo e outras disfunções mentais, resultado de inúmeras relações incestuosas, mas nenhum chegou aos pés do sadismo e loucura de Elizabeth. Embora muitas evidências culpem a Condessa pelos assassinatos e torturas, algumas coisas podem ser boato.

Seu marido era militar, portanto, realizava muitas viagens. Sozinha num castelo que significava praticamente o governo de um terço da Hungria, a Condessa passou a exercitar cada vez mais sua loucura. Na época, era normal maltratar os servos, mas os atos de Elizabeth foram considerados absurdos até pelos seus contemporâneos. Punia os empregados com surras extremas, alfinetes sob as unhas e outras partes sensíveis, remoção de dedos e até chegava a colocar o empregado na área externa, nu, no gelo, e o banhava com água gelada até a morte. Qualquer um que quebrasse as normas da casa (que incluiam nunca deixar cair nada) sofria. Ás vezes ela mesma quebrava as regras só para poder culpar e torturar. Dizem que, certa vez, com as próprias mãos, ela abriu a boca de uma serva até que os cantos da boca rasgassem. Mas o marido acabou descobrindo. E acreditem ou não, ele ajudou. Ele a ensinou a embeber um servo em mel e deixa-lo ser devorado vivo por insetos.

Ficou viúva em 1604, o que agravou seu quadro de insanidade. Suas torturas ficaram piores. Sem o marido, ela arrumou cúmplices, entre eles um demente mental chamado Ficzko, que escondia os cadáveres e auxiliava na manipulação das máquinas de tortura. Lembrando que suas vítimas permaneciam vivas durante os atos.
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TORTURAS PREFERIDAS DA CONDESSA:

- remover os intestinos lentamente;

- arrancar a pele;

- fazer enxertos de pedaços de cadáveres no corpo da vítima;

- atravessar o corpo deles com lâminas;

- castrar;

- queimar genitálias com tochas;

- mergulhar rostos em óleo fervendo;

- esmagar cabeças;

- costurar bocas e narizes;

- matar de fome;

- usar uma máquina hidráulica para esmagar a pessoa e se banhar nos fluídos restantes.

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Mas ainda não chegamos ao fato que lhe rendeu o apelido. Corria o boato de que, ao espancar uma empregada até a morte, o sangue da jovem escorreu na mão de Elizabeth. Ao limpar, ela achou que sua mão estava mais jovem. Então ela teve uma ideia: construiu, no calabouço do castelo, uma gaiola suspensa que, ao invés de barras, tinha lâminas. Ela prendia alguma jovem virgem na gaiola, se sentava abaixo e ordenava que, com uma lança, Ficzko furasse a menina. Ou pela lança ou pelas lâminas, a vítima se cortava e o sangue escorria sobre o corpo da condessa, que acreditava mater assim sua beleza e juventude eternas.

Acredita-se que o declínio de Elizabeth deu-se por conta de uma parceria com a viúva Erzsi Majorova, que convenceu-a a matar virgens nobres e beber seu sangue. De empregados ninguém sentia falta, mas de nobres sim. As investigações começaram em 1610 e ela foi presa no final do mesmo ano. Não foram encontradas provas concretas dos assassinatos ou das torturas (lembrando que a ciência era muito limitada), somente testemunhos e o diário de Elizabeth, que continua mais de 650 nomes de supostas vítimas na letra da proprietária. Os cúmplices foram condenados: Ficzko foi decapitado, Erzsi teve seus dedos amputados e foi jogada viva numa fogueira. A condessa Báthory foi condenada a cárcere perpétuo em seu próprio quarto, com portas e janelas vedadas. Seu corpo foi encontrado três anos depois, rodeado de pratos de comidas intactos.

O então rei húngaro Matias II proibiu que se mencionasse seu nome nos círculos sociais, sendo que sua história só foi reavivada cem anos mais tarde, quando os documentos do julgamento foram descobertos. A história da Condessa Sangrenta reforçou também a crença nos vampiros.

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