Louis está em prantos quando ele termina de me contar tudo que eu não podia nem imaginar. Seu choro é silencioso, mas suas lágrimas escorrem como cachoeiras.
"Quando eu estava no colegial, algo aconteceu. Tem esse amigo meu..." ele funga e enxuga as lágrimas "ou, bem, costumava ser... o nome dele é Stan. Nós éramos amigos desde criança, costumávamos fazer tudo junto, ir a lugares, conhecer pessoas... Eu acho que você já imagina o que aconteceu, não é?"
Pela primeira vez ele tira o olhar do chão e se volta para mim, expressando um sorriso resignado. Não consigo fazer nada a não ser sorri de volta e acho que isso o consola de alguma maneira. Tenho vontade de chegar mais perto e abraça-lo, mas acho que ele recusará o gesto se eu tentar. Sendo assim, deixo ele continuar:
"Eu comecei a me sentir estranho. Tinha alguma coisa no modo como ele agia comigo que fazia eu me sentir especial... O jeito como ele olhava pra mim, a maneira como ele me tocava e as coisas que ele fazia, sempre tão cheio de carinho, cheio de... cuidado comigo. Eu comecei a pensar nele de um jeito diferente e eu nem me lembro como." Louis se cala e bate no joelho, parecendo estar revoltado.
"Louis, você não precisa me contar isso." Ele balança a cabeça e respira fundo. Apesar de ter ouvido o que eu disse, ele me ignora e segue em frente:
"Isso arruinou minha amizade."
"Porque ele não te via da mesma maneira?" Arrisco. Louis balança a cabeça em negativa e me encara.
"Mas ele via." Sua voz sai tão fina e chorosa que Louis precisa limpar sua garganta antes de prosseguir. "Ele me via da mesma maneira antes mesmo de eu perceber. Ele gostava de mim; e ele era paciente comigo." As lágrimas escorrem junto com um sorriso. "Até que um dia, nós estávamos a sós em casa e ele ficou me olhando de maneira esquisita. Começou a me incomodar depois de um tempo, então eu perguntei o que foi. Ele sorriu de maneira boba e disse 'eu só queria que você me beijasse', assim, como se não fosse nada." Louis começa a rir. "E eu beijei. Não porque eu queria beijar, mas porque eu não queria desaponta-lo. Ele me tratava tão bem, sabe? Eu também não queria que as coisas ficassem estranhas entre a gente, então eu comecei a agir como se isso fosse natural. Nós não conversávamos sobre isso. Na frente de todos, nós éramos grande amigos. Quando as portas se fechavam e todos iam embora... nós éramos amantes secretos." Esperei ele continuar, mas seu olhar se perdeu no ar e seus pensamentos começaram a vagar.
"Alguém descobriu..." chamo a atenção dele "...sobre vocês?"
"Não... Ele, han..." Louis enxuga as lágrimas e para de chorar definitivamente. Ele parece mais calmo agora e seu rosto está menos abatido. "Nós queríamos contar para todo mundo, mas eu não consegui suportar isso. Minha família, meus amigos... ninguém ia entender isso. Eu não sou forte como ele. Eu parei de manter contato, ignorei; disse e fiz coisas horríveis... eu machuquei ele. Eu o afastei de mim." Louis se ajeita no sofá e vira seu corpo na minha direção, dessa vez mantendo o olhar sobre mim. "Eu comecei a namorar com Eleanor porque eu sabia que ela gostava de mim e isso pareceu certo. Eu achava que Stan era apenas uma fase, uma confusão de sentimentos na minha cabeça... eu só gostava dele porque ele me tratava bem, só isso. Mas isso não é verdade."
"Então, o que é..." Movo meu corpo para mais próximo de Tomlinson. "...verdade?"
"Você." Ele diz depois de me encarar por quase um minuto. "Eu gosto da Eleanor e eu gostei muito de Stan... mas nada se compara a quando estou com você. Pensar em você quando não estás por perto, apreciar seu sorriso quando você está... sonhar com você e com a gente... tanto dormindo, quanto acordado... Meu coração bate com tanta força que parece que eu vou ter um infarto, mas sabe de uma coisa?" Ele desprende a costa do sofá e inclina seu corpo diante de mim. "Eu gosto disso."
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Just My Imagination (Larry Stylinson Short Fic)
FanfictionContinuação da One Shot "EXPLODE". Harry é um garoto confiante e entusiasmado que gosta de transar com homens aleatórios só pela diversão e pela conquista, sem criar nenhum tipo de vínculo. Todos o desejam e ele se aproveita disso. A bala sai pela...