Trinta e Seis - Reencontros forçados

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Daehyun levantou da cama sem muita vontade, ainda sentindo o corpo formigar em excitação. Saiu de seu apartamento rapidamente e foi até a recepção do prédio.

Distraído com as mensagens que trocava com Himchan, assustou-se ao ver seu pai parado na Recreação, observando algumas crianças que ali brincavam. Como Yongguk ainda demoraria, resolveu se aproximar.

...

Bomin abriu e fechou os olhos algumas vezes, bobo com a sensação gostosa que sentia em todo seu corpo. Havia acabado de receber uma mensagem da sua "namorada", que dizia estar morrendo de saudades. Jomin, por outro lado, abriu a boca para gargalhar da careta idiota que seu irmão fazia, mas foi interrompida por uma voz conhecida. Cutucou o mais velho e posicionou um dedo gordinho na frente dos lábios, pedindo silêncio ao ver a compreensão chegar nos olhos do outro. Eles conheciam muito bem o dono daquela voz.

— Pai, está de babá hoje? — Brincou Daehyun, abraçando o homem de lado. Reconheceu o rosto de três pequeninos, que desciam e corriam sem parada nos brinquedos. Haviam mais duas crianças afastadas que estavam de costas e pareciam entretidas demais com as folhas de papel e as canetinhas. Ou era o que ele achava.

— Parece que sim. Mas essas pestinhas são incríveis. Você os conhece.

— Sério!? São filhos de quem?

— Dois são netos da senhora do 202. Um é filho da Rin. E aqueles são os sobrinhos do Jae. — Respondeu simplório. Daehyun, de repente, parou de mexer em seu celular e voltou os olhos para o pai.

— Sobrinhos de quem? — Perguntou com a voz falha.

— Yoo Youngjae, meu filho. Seu ex-namorado.

— OH! S-Sim. Então acho melhor eu já ir...

— TIO DAEHYUN! — Berrou Jomin com uma caneta verde nos dedos, correndo com os braços abertos até o rapaz. Eles não aguentavam mais disfarçar.

— Meu Deus! — Deixou escapar ao levantá-la e perceber o aumento do peso. Estava verdadeiramente surpreso. Três anos haviam feito muita diferença naqueles pequenos. Bomin, por sua vez, chegou mais calmo e abraçou o cantor pela cintura, sorrindo. — Meu Deus! Como vocês estão?

— Muito bem. E você?

— Calma, calma. — Ordenou a pequena, se remexendo para descer do colo. Ao ser colocada no chão, cruzou os braços e fez um enorme bico, mirando Daehyun com olhos magoados. — Não podemos esquecer que você foi embora do nada e nunca mais apareceu. Por quê?

— Nós fizemos alguma coisa, tio? — A voz temerosa de Bomin desarmou o cantor, que suspirou triste e engoliu em seco.

— Não, pequenos. Vocês não fizeram na...

— Então por que sumiu?

— Eu precisei ir embora. Acontecerem algumas coisas aqui em Seul.

— Nós vimos você em um programa na televisão. — Comentou a pequena, ficando animada mais uma vez. Posicionou uma das mãos embaixo do queixo e revirou os olhinhos. — Mas o tio Jae desligou bem na hora e disse que não devíamos fazer mais perguntas sobre você. Ele parecia triste.

— Oh! — Esse foi o único som que proveio da boca do Senhor Jung, que estalou a língua em seguida e olhou o relógio em seu pulso, tentando acabar com o clima ruim o quanto antes. — Crianças, já está na hora de subir. O tio de vocês vai ficar preocupado.

— Nós queríamos ir na piscina!

— Ok, eu levo vocês. Mas só ficaremos uma hora lá.

— Tudo bem. O tio Daehyun pode nos levar, né? Assim ele pode encontrar o tio Jae depois que saírmos. — Sugeriu Bomin pegando os dois mais velhos pela mão e se encaminhando para o elevador.

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