(O título não tem muito sentido para com este)
Então, começa com eu em minha sala, jogando um jogo, feliz, quando por meio de pistas dadas pelo mesmo, observo que talvez houvesse algo fora deste, um mistério!
Vejo onde se passa o jogo e que lugar seria aquele, aparentemente, terei de viajar ao Caribe.
Pego viagem com um transatlântico, emoções pela viagem e tudo mais, ao chegar em terra, entro numa excursão num jipe turístico, após algumas horas, deparo-me com um pequeno vilarejo...
(Entre-sonho)
Estou no mesmo vilarejo, estou com lágrimas em meus olhos, corro desesperado atrás de uma gata, apesar de não saber o porquê de eu correr e chorar por ela. Logo, ela para na ponta de um penhasco que dá para pedras e ao mar, olha para mim, mia algo na sua própria língua e se joga.
(Fim do entre-sonho, depois de seguidas repetições do mesmo.)
Após isso, acordo, no jipe, ao chegar numas ruínas Maias, vou me deitar na grama perto de algumas construções, pretendendo permanecer assim, olhando para céu e pensando.
Tempos mais tarde, chega uma garota que de princípio não reconheço, por conta da contra-posição do sol, mas que tenho a impressão de já ter visto. Ela se deita, um pouco acima, com a barriga mais ou menos no nível de minha cabeça, junto dela aparece um menino, aparentemente jovem, mas com ar maduro na sua voz. Ambos começam a conversar comigo, a conversa é sempre confusa e meio abafada, mas colaboro como se entendesse completamente.
Então, depois de muito conversar, estou tão acalorado e feliz, é um momento simples e natural. Algumas horas mais tarde, o garoto, ao ver que o céu escureceu um pouco, logo, sai. Fico sozinho com a garota, a conversa continua embaçada, mas estranhamente confortante, então me arrumo mais para cima, e minha cabeça a toca levemente no peito...
O silêncio se instaura como a morte, de repente, ela se levanta e fala de já saber o que eu estava pensando sobre ela, ficando realmente estranha, como se eu tivesse a ultrajado, fala que não pode fazer isso com uma pessoa como a minha e sai a passos rápidos e pesados...
(Repete-se o entre-sonho)
Com minha visão embaçada persigo a gata que foge incessantemente, precisando de uma explicação, para o porquê de estar como está. Então, chego ao penhasco, implorando que ela não se vá, pois não entendo o que fiz de errado, ela ignora a princípio, depois mia respostas pequenas e duvidosas, então, sem mais nem menos, sem mais nenhuma palavra ou miado, atira-se ao mar...
Perco as forças de minhas pernas e caio de joelhos e choro. Alugo um quarto em uma pequena pousada, apenas por um dia, após uma longa e conturbada noite de sono, determinado a ignorar esse acontecimento o qual me assombrava, levanto da cama, e tento focar em tentar descobrir o mistério que me levara até aquele estranho lugar.
Entro numa loja (que como todas as lojas, as quais tem relação a mistérios antigos do Caribe, esta estava também presa à Era Dourada da Pirataria), ao caminhar por ela, vejo que meus pais estão lá, eles aconselham que eu deveria deixar disso, era apenas algo que eu achava ter descoberto e nada havia realmente.
Procuro, por entre os objetos, e acho uma boneca de estilo russo, surpreendido com a quantidade da quinquilharia não-relacionada naquele lugar. No entanto, ao tocar no olho dessa boneca, este afunda, um pequeno compartimento se abre, abaixo da boneca, rola uma jarra cilíndrica que, assim como suas cores, não parece real, mas ao mesmo tempo, não é sobrenatural. É deslocada de todas as definições de forma e sentido.
A jarra rola, ou seja lá que palavra pudesse definir o ato com que ela se movimenta, até o outro lado da loja, apesar de acreditar que só eu pudesse vê-la e interagir com a mesma, corro até ela e a pego do chão, ainda que com medo quase predominante. Meus pais olham para mim, minha mãe de um jeito especialmente estranho.
Após isso, saio da loja, e por algum motivo, talvez uma variação na linha do espaço-tempo, estou de volta no transatlântico, já a jarra, de certo modo, não está mais comigo fisicamente.
Então, minha mãe, que assim como meu pai, sairá da loja comigo, vira e fala, apesar da fala embaçar sonoramente, eu a entendo, algo sobre talvez alguém a mais saber sobre a jarra. Eu caminho com eles um pouco, acho que para manter discrição, até que seus passos aceleram, deixando-me para trás.
Ando até ver uma sessão de bancos, todos estão ocupados, com exceção dos ao lado de um despreocupado adolescente, com seu baixo dentro de sua case, ele me olha e reconheço, um amigo meu, ele me fala seu clássico de encontros repentinos com a minha pessoa em lugares diversos, reclamamos disso, rimos, ele se despede, com certa seriedade e tristeza e sigo meu caminho.
Próximo, vejo uma mesa com algumas pessoas, um Magro-Alto, um Asiático, um Chapéu, amigos até onde sei, eles saudam, falam as besteiras de sempre, logo, se despedem com mal-estar e mais seriedade que o normal. Continuo andando, cada vez mais estranhado por algo.
Logo, avisto uma mesa, o Chapéu está lá de novo, mas envolta, temos outras pessoas, um Ruivo, uma Loira-Bochechuda, eles falam um pouco, com vozes mais embaçadas a cada sílaba, então, se despedem, com muita tristeza.
Começo a notar, toda a seriedade, a tristeza, a tentativa de confortar, o caminho não parece mais a lateral dum transatlântico, agora parece um corredor, com um destino que, só podia ser, a minha morte.
Passo pela última mesa, a Garota está lá, junto está sua família. Ela apenas olha e dá adeus, nada mais, nada menos, nesse adeus, sinto só a pena na sua voz, mas absolvido pelo pensamento anterior, não demonstro nada de volta. Só continuo, vendo que uma porta se abre para dentro do navio.
Ao entrar, no que parece uma sala de capitão, dos antigos navios, noto um globo terrestre que se destaca, sentindo que era o que precisava, mesmo não sabendo qual era meu objetivo, vou me aproximando, ao tocar, abre-se a parte superior. Logo, vejo alguém entrando numa parte mais acima na cabine e observa minuciosamente. Então, estendo minha mão, pegando o artefato no interior do globo, coloco em meu bolso, e ponho-me a correr atrás da pessoa a todo custo.
(Entre-sonho)
Há imagens rápidas, gráficos, quadros e coisas do tipo, vozes embaçadas, e por mais que nada fizesse sentido, paro um momento, e começo a agir como se entendesse o que estava acontecendo.
(Fim do entre-sonho)
Ao voltar ao mundo 'real', noto que estou de joelhos quase despencando do navio, quem eu perseguia, agora me aponta um dedo e fala, então sinto sua mão me empurrar. Ao atingir o mar, acordo e só escuto as ondas lá fora.
