Uma história de amor, que supera a realidade...
Críticas que se têm de superar...
Comentários, onde não se guarda rancor...
E o mundo quer separá-los!
Inês, uma simples rapariga, humilde, por acaso choca com o realizador mais famoso do momento. Ela...
"Thought we built a dynasty forever couldn't break up The scar I can't reverse When the more it heals the worse it hurts Gave you every piece of me, no wonder it's missing Don't know how to be so close to someone so distant"
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Olhei para o relógio. Como nos últimos quatro meses não me iria levantar da cama e ficaria o dia inteiro a chorar. Estou farta. Ele estava a deixar-me maluca. Está sempre a perguntar por mim. Será que ele ainda não percebeu que nunca mais o quero ver? Ah, esquece para que é que eu estou a mentir a mim mesma... Simplesmente quero que o tempo passe e leve consigo a minha dor. Ainda não percebo... Para que é que foi feita tanta mentira, se ele não me queria? Aquela lengalenga do não querer magoar? Isso não existe.
Para que é que eu fui burra? Se não fosse ele não estaria a sofrer outra vez! Ele é que me fez acreditar na estupidez que o amor é. Eu prometi a mim mesma que nunca mais iria amar. Porque é que ele foi entrar na minha vida?
7:14
Para que é que ainda olho para ver a hora? Como se me fosse levantar para ir trabalhar. O meu chefe ainda não tinha mandado a carta de despedimento... Também era um dos meus melhores amigos, mas se eu não trabalhava ele tinha de dar o lugar a outra rapariga.
- Inês!
Eu vivo com a minha melhor amiga, aqui em Nova Iorque. Nascemos em Portugal, mas a crise não permitiu que trabalhássemos lá. Viemos viver para aqui à 4 anos. Namora com um rapaz que já conhecia somos os trio dos melhores amigos. Tomás. Tem 23 anos, é um ano mais novo que ela. Foram sempre os meu suporte aqui, sempre me apoiaram em tudo o que fazia, e como melhores amigos fazem sempre as críticas que têm de fazer.
- Sim, Lotte?- o nome mesmo dela é Charlotte, acho que deu para perceber.
- Ahm, não tomas o pequeno almoço?- eu sabia o que ela estava a tentar fazer.
- Mais tarde...
- Não vais trabalhar?
- Para quê? Se mal me consigo manter em pé...
- Não te vestes pelo menos?
Levantei-me a muito custo e apoiei-me na parede roxa com borboletas pretas. Só me levantava à volta de 5 a 6 vezes por dia, só mesmo para fazer o básico.
Abri a porta e olhei-a nos olhos. Sei que parecia egoísta, a Charlotte estar a pagar o apartamento sozinha, era demais. Antes quando trabalhava até ajudava, mas eu já nem isso consigo fazer.
Primeiro, tenho sempre um ou dois jornalistas e paparazzis atrás de mim, e é uma coisa que não suporto. Nunca gostei que andassem atrás de mim, a perseguir-me e a saberem da minha vida pessoal.
