Capítulo 1

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Aqui estou eu mais uma.vez a chorar neste quarto escuro,pelo mesmo motivo de sempre " minha vida", aliás a vida que a minha mãe construiu pra mim

Em plenos meus 17 anos tenho que obedecer a "mamãe" pois caso contrário sofro severos castigos que os mesmos têm finalidade de me machucar e impor que a culpa é toda minha mesmo não sendo

Já apanhei tanto de tantas formas diferentes que meu corpo já não responde nem sente mais seus árduos toques e a cada nova punição aprendo que meu erro maior foi nascer

Com certeza já é noite e até agora nenhum sinal dela nem de comida ou muito menos um pequeno sinal de que sairei viva daqui, se bem que este já não é um de meus desejos

O que fiz dessa vez? Por mais incrível que se possa imaginar a culpa não foi minha e na maioria das vezes não é, mas sei que agora é diferente pois a cada minuto que se passa tenho mais medo de que ela volte e acabe com o que começou ou simplesmente acabe com metade do problema

Qual? O que? Porque? Onde?como? São essas coisas que devem vem estar latejando sua cabeça mas não se preocupe pois diferentemente dela eu odeio torturar as pessoas por enquanto

Busco me afastar mais da porta em busca de um coxão velho que sempre me aparou quando estive neste quarto o qual não "visitava" há algum tempo

Assim que chego ao pequeno pedaço de espuma ou se é que se pode chamar disso encosto meus joelhos ao meu rosto em busca de algum meio de calor já que lá fora esta muito frio e eu só visto minhas roupas interiores

Fecho meus olhos lentamente em busca de tentar apagar as imagens das horas anteriores estas sendo uma das mais fortes que já presenciei e fui a protagonista em questão

Não sei exatamente quando tempo mas pelas minhas contas estou aqui já faz três dias e nesse tempo velho apanhando constantemente, sei que cedo ou tarde meu pai irá voltar e ela irá me tirar daqui encontrar mais.uma desculpa e tudo passará despercebido aos. olhos do meu único protetor nesse mundo

Em todo o tempo trancada aqui parei para pensar nos últimos acontecimentos e cheguei a conclusão de que se eu não achar um lar digno e um futuro promissor para meu filho nem eu nem ele iremos sobreviver a tantas humilhações

Minha única motivação para continuar resistindo é meu está criança, qual não planejei, foi regeitada pelo pai e provavelmente morrerá antes mesmo de nascer

Neste momento não sou capaz de lhe explicar exatamente como vim parar aqui mas é certo de que se não fosse tão fútil e burra estaria à correr alegremente por entre estes jardins imensos e não há chorar neste quarto mofado

Escuto a porta ser destrancada e me encolhi um pouco mais, aos poucos a claridade vai tomando o ambiente é junto dela vem a figura imponente de minha mãe

Mulher de raízes boas, berço de ouro, bom comportamento , boa diante de outras pessoas que mal sabiam que está se trata de uma cobra esguia

A mesma porta um sorriso sinico e vem em minha direção e assim que está bem próxima, agacha e deposita um soco bem forte em.minha barriga que me faz soltar um grunido de dor e jogar o corpo para trás embatento na parede

- vejo que ainda está viva e pelo que parece essa coisa também- diz com nojo.
Logo sinto uma lâmina rasgar minha coxa.
- será que aguentas mais um pouco?
- não por favor não
- agora você sabe dizer algo sua inútil, nen para seduzir alguém e dar o golpe da barriga direito você presta!

Sinto um tapa ser depositado em minha face fazendo a arder
- há querida um dia você irá me agradecer pois se minha mãe tivesse feito comigo o que eu pretendo fazer com você agora eu estaria no mínimo curtindo minhas férias em Miami com um gostosão qualquer - está se vira caminhando até um armário pegando um chicote que havia lá dentro
- a culpa é sua, está vendo essa cicatriz?- levanta a blusa e mostra sua enorme cicatriz na barriga e nas costas junto com queimaduras - isto aqui, eu sou assim por culpa sua, se você tivesse morrido as coisas seriam diferentes mais não desde quando era um grão já fazia enormes estragos

Sinto várias chicotadas em minhas costas e depois de um tempo chorando percebo que as mesmas já estavam a rasgar minha pele ainda sencivel

Quando penso que ela já se satisfez e vai voltar a colocar sua máscara de boa mãe, boa esposa e bela feminista que é, está volta com um pote cuja substância é incolor

- o..que vai fa..zer?
- só cuidar dos seus ferimentos querida, igual uma boa mãe faz

Neste momento sinto uma grande ardência que me faz urrar de dor e está vem do líquido despejado em meus ferimentos o mesmo sendo por mim reconhecido como álcool

- eu agora poderia te matar mais não vou, sabe porque?
Nego com a cabeça
- quero palavras!
- não sei senhora
- não te mato pois seu sofrimento eterno será ficar viva e no fim do seus dias me encontrar lá no inferno
- eu não sou igual a você
- ainda não querida mais vai se tornar igual a mim se quereres sobreviver é claro
- me tira daqui
- calma meu bem, a hora que você conseguir andar pode voltar a seu quarto que sua banheira já está a disposição- está se vira me deixando sozinha novamente mas antes diz - não se atreva a contar a ninguém e muito menos tentar tomar banho em outra banheira

Fiquei intrigada com sua ameaças mas tinha coisas importantes a pensar, como sair logo daqui? O que fazer?como fazer? Quando?.




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