E no Princípio...

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Essa história é uma história diferente de todas as outras, ela não é considerada a primeira de todas, mas a primeira sobre todos.
Essa história começa há muito, muito tempo atrás, quando não se ouvia passos de alguma civilização sobre a Terra, quando o amor bradava no ar, quando a poesia tinha vida e a vida tinha à tudo.

Foi logo após a criação do mundo e posteriormente, dos animais. Lembremo nos:
Era tudo tomado num silêncio único que, até então, parecia eterno e, num instante, como se do nada surgisse tudo e a vida por ela mesma se torna viva, ouvisse uma voz semelhante às águas do mar reunidas e instantaneamente a luz aparece em uma grande explosão e dela tudo começa a se iniciar...

A voz que, como melodia, mas com uma característica, podemos dizer que, construtora, com cada tom, nota e sustenido fazendo com que tudo crescesse ou nascesse. Tudo que ali crescia, crescia no ritmo da melodia. E assim, tudo foi se criando com a própria essência da vida, com muita beleza, mas voltemos ao ponto fixo de nossa história.

Deus após olhar toda a sua obra, ficou extremamente feliz. Tudo lhe agradava. Era simplesmente um artista admirando a sua obra finalizada e que é tomado por tamanho amor por aquela obra, isso quando lhe agrada, e assim também viu Deus que tudo aquilo era bom.

Mas ainda faltava uma coisa a ser feito além de todo o planeta e sua diversidade biográfica e ambiental. O Todo Poderoso havia enchido a Terra de animais de todas as espécies, mas ainda faltava uma espécie principal. Uma que tivesse alma(mente/personalidade), algo característico de cada e único. Foi o Senhor Deus então criar a sua melhor obra, a obra que superaria todas as outras.
Certa tarde levanta Deus, do barro da terra, dois pequenos pedaços de barro, um barro vermelho que se encontrava no local e começa a molda los, um a um, com as próprias mãos num pequeno objeto cada e com toda delicadeza e dedicação vai fazendo com que ganhassem forma. Após, naqueles pedaços de barro, formar um corpo diferente de todos os outros animais que existiam, Ele vai formando em seu interior ossos, nervos, músculos, tecidos e demorando um pouco mais ao chegar na parte craniana, tudo isso acompanhado de um grande brilho no olhar. Não era apenas mais uma obra, essa era uma obra que saia das suas próprias mãos, havia seu carinho ali de forma excepcional. Ele foi desenvolvendo cada parte, cada membro, cada pequena e singela parte, focalizada com o máximo de atenção e destreza, até que de suas poderosas mãos, sob cada detalhado movimento é visto um ser bípede e não quadrúpede como a maioria de todos os outros animais, esses últimos estavam sentados em meio a relva, observavam o grande feito do Criador com grande espectativa, todos tinham curiosidade sobre como sairia está obra.
Ao que Deus terminou, colocou os em pé à sua frente e se sentiu orgulhoso, sua obra mais complexa e mais amada. Deu um grande sorriso ao olha lá quase terminada, mas faltava um último toque: Disse Deus que estava na hora de dar vida à sua criação e, de maneira abundante, assopra um vento que sai da sua boca, um vento diferente de todos os outros, tinha cores, todas cores imaginaveis, mais forte que os ventos do verão, fazia movimentos circulares e dava a entender que tinha vida própria, até que começa a girar em torno da obra em grande velocidade, fazendo daquele momento algo extremamente belo, e instantaneamente, todo esse vento va em direção as narinas e no mesmo momento lhes são aberto os olhos e num grande suspiro, os dois respiram. Havia Deus criado uma obra segundo sua imagem, essa tinha poder de pensar, ia além do instinto, tinha personalidade própria.

Deus observava tudo com um grande sorriso no rosto, nunca havia amado algo dessa maneira.

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Ao ver à sua frente alguém que emanava uma grande luz e que do seu redor saia feixes que o circulavam mostrando ser a própria fonte de um certo tipo de poder e energia, o homem se ajoelha e, mesmo meio desnorteado, reconhece a grandeza à sua frente.
-Quão maravilhoso és, meu Senhor. Creio que tu me destes a vida.
A mulher (A outra obra) também se ajoelha.
- Obrigada pela vida, meu Criador. - Diz a mulher e olha para o homem.

E como o som de muitas águas e com natureza calma, branda, mas forte, Deus diz:
-Eu lhes criei e com o meu amor os sustentarei. Vão e frutifiquem.

E num instante, Deus se retira para cima, desaparecendo aos seus olhares. Os dois se olham e se levantam.
Em pé, um de frente para o outro, ficam se admirando. Os dois de pele morena, aparentando juventude de uns vinte e cinco anos. O homem tinha pêlos pelo peito, pernas, braços e cabelos que iam até a altura do queixo; já a mulher, não tinha muitos pêlos em seu corpo, seu cabelo negro escorria até a altura da sua cintura e sua pele sedosa e macia. O homem por ela sentia um grande sentimento e ela por ele.

- És linda, minha companheira. - Diz o homem.

A mulher, com uma das mãos arruma uma mecha de cabelo para traz da orelha e diz:

- Tu também me agrada o olhar, pelo que toda obra do Criador é perfeita.

- Andemos e conheçamos à tudo quanto existe.

O homem então segura na mão da mulher e saem à andar.

Dias se passaram e o homem se entregava mais em seus sentimentos por sua companheira, mas ela não agia em reciprocidade, antes, se colocava à cima de seu companheiro, querendo lhe ser superior e isso foi se tornando, vez após vez, mais forte, até que certo dia, cheia de sentimentos egocêntricos, a mulher foge em direção à parte do deserto, abandonado à Adão. Adão ao acordar e não à ver, chama ao Criador e lhe pede para traze lá de volta, com o pedido, são enviados três anjos, mas ela estava decidida a não voltar, dentro dela já havia crescido muitos sentimentos egocêntricos obscuros.
Ao encontra lá, tentam leva lá, mas é em vão, então ela é transformada em um demônio; e a chamou o Senhor Lilith, por que com a noite ela preferiu casar.

O Nascer da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora