Apenas Primos? [COMPLETO]

Capítulo 37

Mayara Pov

- Três dias depois -

Lorena está falando mais não estou escutando, meus pensamentos estão em Gustavo. Será que ele já acordou?

Lorena - Ei, tá no mundo da lua? - sussurra e me cutuca.

- O que você falou?

Lorena - O que aconteceu com Gustavo? Você tá sem vim pra escola.

- Ah...

Lorena - E seu celular só dá desligado.

- É... Eu estou indo no hospital todo dia depois da escola. ele ainda está de coma.

Lorena - hm... espero que ele acorde logo! Nunca pensei que Jefferson fosse capaz de fazer uma coisa dessas.

- Somos duas! - suspiro.

Lorena - E o Jefferson?

- Me liga todo dia mas eu desligo.

Lorena - Hm... e você vai recusar a chamada até quando? Acho melhor vocês esclarecem as coisas.

Bufo.

- Não quero e nem tô afim de encontrar com ele agora.

O sinal bate avisando que o intervalo acabou. Levantamos de baixo da árvore que tem no jardim da escola e fomos para dentro.

❤

Até quem fim esse sinal tocou. Arrumo minhas coisas na mochila e a coloco nas costas.

Lorena - Até quem fim, não aguentava mais essa aula de história. - revira os olhos.

- Somos duas! Ainda bem que ano que vem isso acaba.

Ano que vem estamos indo para a Faculdade! Eeeh tuts tuts. Sim! Estou acabando os estudos com 17 anos.

Lorena - Estamos adiantadas. - sorri

- Ainda bem. - saímos da sala e fomos para fora.

Quando estamos saindo, vejo Jefferson parado em frente a escola encostado no carro.

Puta que merda

Lorena - Olha lá. - Me cutuca

- É... já vi. - bufo.

Lorena - Vai lá falar com ele? - pergunta parando em baixo da árvore.

- Tenho outra escolha? - reviro os olhos - acho que não!

Lorena - Então... boa sorte!

- Obrigada, preciso de paciência também!

Lorena - Até amanhã amiga . - me abraça.

- Até. - dou um beijo em sua bochecha.

Vou em direção ao Jefferson.

Jefferson - Oi. - diz e coloca as mãos no bolso da calça.

- Seja rápido! - viro o rosto.

Jefferson - Tudo bem... quer entrar no carro?

- Não, não vou demorar.

Ele assente sem graça.

Jefferson - Ta bem... Olha, eu sei que você está com raiva de mim... me desculpa eu não queria provocar aquilo! É que ele estava me provocando! Não parava de te olhar com aquele olhar de desejo.

- Então Jefferson eu acho que isso não é motivo para você fazer o que fez com o Gustavo ok? Porra Jefferson! Você... você. - pego uma mecha de cabelo e coloco atrás da orelha. - Enfim... era só isso?

Jefferson - Você não vai me perdoar né?Por favor, nos temos uma coisa muito forte!

- Eu não disse nada.

Jefferson - Você sabe que sim.

Respiro fundo.

- Você fala como se tivéssemos uma coisa inesquecível, sendo que não é isso.

Jefferson - O que você quer dizer com isso? Que não me amava de verdade?

- Que eu apenas quero sua amizade.

Ele me encara em silêncio e isto me deixa em total agonia.

Jefferson - Acho que só sua amizade pra mim não é o bastante.

- Eu sei, mais não posso te oferecer mais nada além disso.

Jefferson - Porque ?

- Porque meu coração já tem dono. Sentimentos não são fáceis de matar.

Jefferson - Exatamente, não são fáceis de matar.

- Você esta pensando apenas em você.

Jefferson - Eu pensei que você me amasse! -

- E amo... - suspiro - mas não como você quer. Tudo isso que você fez serviu para me amostrar o quanto o amo.

Eu vejo seus olhos se enchendo de lágrima.

- Desculpa, não queria der grossa.

Só quero que ele entenda que quem eu amo é Gustavo.

Jefferson - Não precisa pedir desculpa, afinal, quem causou tudo isso foi eu.

Encosto minha cabeça em seu ombro e fecho os olhos. Seus braços se envolvem em minha cintura e ficamos assim por um tempo.

Jefferson - Minha sociedade com seu pai acabou.

- Que?

Jefferson - Éramos sócios.

- E porque não me falou?

Jefferson - Isso não vem ao caso agora. Ganhei outra proposta de emprego em Brasília e aceitei.

Me afasto e olho para ele.

- E quando vai? - cruzo os braços.

Jefferson - Daqui a um mês. - ele suspira - Eu... vou para casa, espero que Gustavo melhore, e me desculpa por tudo que eu causei.

- Tudo bem.

Ele entra no carro , e eu faço meu caminho para casa.