Capítulo 24 ۞ Vermes Malditos

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O sol ardia e o calor fazia jus ao nome dentro daquele carro infernal, nem mesmo o ar condicionado que ele possuía resolvia a situação, já batia meio dia e já havíamos nos distanciado um bocado de Trícati.

- Já estamos chegando? – Perguntou a IA.

- Não sei, sinceramente não sei nem se estamos indo para a direção certa, Régulos foi muito evasivo quanto à localização, duzentos quilômetros a leste de Trícati, beleza, mais aonde?

Não estávamos sozinhos naquele deserto, ao longe avistei várias criaturas com formato humano deitadas nas pedras, elas têm no peito um enorme buraco que contêm um coração de lava pulsando, desse coração vários filetes saiam se espalhando pelo corpo do humanoide vibrando igual à cor da lava que saia do peito do monstro. Sua cabeça tinha um formato alongado e se projetava muito para trás do corpo redondo também possuíam os filetes de lava, os olhos eram pequenos e vermelhados, os ombros possuíam um formato de cones com a parte da ponta virada para cima e os antebraços possuíam um formato losangular com enormes dedos se projetando para o mesmo padrão se repetia nas pernas. Alguns andavam em bando e outros andavam sozinhos, parecia uma criatura comum naquele lugar. Para mim era uma novidade, nunca tinha visto um ser daqueles.

Logo avistei também um enorme animal com pelos brancos de quatro patas, na cabeça grandes chifres negros que se estendiam sentido o céu.

Pelo que tinha vi a fauna do local era amistosa, pelo menos esses animais que até então havíamos encontrado não quiseram nos matar, mas aqueles vermes que Régulos me havia advertido, nenhum sinal pelo menos por enquanto. Vermes gigantes, realmente era uma coisa que eu deveria tomar cuidado e não estava nem um pouco a fim de encontrar nenhum deles no caminho.

- Estou gostando de ver certos seres que nunca tinha escutado falar, está sendo um grande aprendizado para mim. – Se alegrou Fenrir. – Vou dar o nome aqueles ali com os filetes em lava e o corpo geométrico de Golem. O que acha?

- Golem, hum, nome interessante gostei.

- Farei um update no meu sistema imediatamente.

Após andarmos mais alguns quilômetros, avistamos mais daqueles tais Golens, nome que Fenrir havia dado e que eu particularmente comecei a gostar, o jeep acabou passando em cima de uma pedra, no momento pelo menos é isso que havia pensado.

- O que é isso?

- Pelo jeito passamos em cima de uma pedra, relaxe.

- Estou relaxado, meu programa não possui a programação ligada a demonstração de sentimentos.

A terra começou a tremer e as areias começaram a se movimentarem.

- Lux, o que é isso? – Perguntou a IA.

- Terra tremendo, droga, acho que sei, pelo jeito não passamos por cima de uma pedra, e sim por cima de uma coisa bem pior.

- Pior quanto?

- Pior, digamos do tipo verme gigante.

- Você é um chamariz pra problemas cara, sabia disso?

O veículo começou a sair de lado, balançava muito as rodas se elevavam com os tremores que o suposto animal causava no solo.

- Cale a boca! – Arranquei a placa do painel do carro guardando no bolso e logo a imagem de Fenrir sumiu. Graças aos deuses. – Que cara mais chato.

A frente do carro uma grande fenda começava a se abrir, eu acelerava o jeep a toda velocidade tentando sair vivo daquele local. A fenda se abria e o carro perdia estabilidade com os constantes tremores. Vi que não havia escapatória resolvei então parar o carro, estiquei o braço e peguei a espada que havia colocado no banco de trás saí do veículo e apenas esperei.

Fábula Cristal: Grãos de Areia - Livro 1 (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora