Stormy Nights (Larry/Mpreg)

O Pai de Mike é Você!

Louis

Cerca de oito da manhã e ainda estávamos na cama; nada de Mike acordar, nada de barulho... Apenas a calmaria do lago como estávamos acostumados na lua de mel... Harry, ao meu lado, me lembrava de cada segundo da noite anterior. O rosto perfeito desperto, pertinho do meu, pousado em meu ombro, me deixando "mais alto".

"Viemos pro quarto muito tarde?" perguntei enrolando os dedos em seus cachos, o rosto dele pousado na curva do meu pescoço, respirando em minha pele.

"Pra ser sincero nem estava ligado no tempo, Louis" disse com a voz divertida; sorri quando beijou meu pescoço, os olhos fechados. Meu coração inflou quando disse Louis; ele fazia muito isso... Dizia sempre meu nome, Louis "você também não..." tentou reverter.

"Não mesmo" dei de ombros. Estávamos livres de qualquer roupa, a luz clara vindo da janela alta invadindo o ambiente quieto, aquele mesmo quarto no qual vivíamos aquelas noite incríveis antigamente.

"Você me ama mesmo ou eram apenas palavras de momento...?" perguntou de repente, deslizando os dedos persistentemente pela parte baixa de minha barriga.

"Te amo mesmo e..." fechei os olhos "não importa o que aconteça; vou ficar com você até quando me quiser..." Harry parou seus movimentos, se ergueu um pouco pra me olhar.

"Tem noção que isso significa pra sempre, não é?" disse sério.

"Talvez" Não Harry, isso significa até voltarmos e eu te contar que Mike é seu filho de verdade; que você pensa saber de tudo, mas não sabe realmente de nada!

"Talvez..." riu, voltando o olhar para baixo, pousando a cabeça no travesseiro ao meu lado. Começou a dedilhar sobre a cicatriz em meu baixo ventre, acompanhando o percurso com o olhar atento, de uma extremidade a outra de meu quadril. Olhei apenas pro seu rosto perfeito, sua pele bem perto da minha causando arrepios involuntários... "Mike?" questionou se referindo a cicatriz, ainda dedilhando-a.

"Sim" assenti também, e ele sorriu.

"Como foi?" isso me deixou inseguro, mas talvez não fizesse mal contar. Seus olhos verdes atentos em mim agora, prestando bem atenção.

"A minha gravidez foi... Foi triste" resumi na palavra mais certa pra se usar "estava com problemas emocionais por causa do... Do pai dele e demorei pra me curar" ainda não tinha me curado, principalmente agora que estava na cama com ele "porém fora isso, passei uma gravidez difícil, o bebê querendo nascer mais cedo, sempre internado por complicações... Talvez aquilo que dizem sobre o que a mãe ou pai no meu caso, sente o bebê também sente seja real."

"E como isso veio parar aqui?" perguntou atento.

"Ao final dos sete meses entrei em trabalho de parto prematuro e os médicos não conseguiram conter, porém não consegui passagem pra ele nascer" tentei explicar "fui pra cirurgia e fiz uma cesariana as pressas; Mike era pequeno demais e tinha poucas chances de sobrevivência... Realmente pensei que iria perdê-lo" desviei os olhos dos dele "mas ele está aqui comigo" sorri "e essa cicatriz ai é por causa da cesariana."

Houve um tempo de silêncio, e nesse tempo rezei para ele não perguntar algo mais; em vão.

"Quem foi o pai dele?" separei os lábios, pronto pra dizer algo, mas nada veio em minha mente; pela primeira vez fui incapaz de mentir, incapaz de inventar qualquer coisa a ele. Estava na ponta da língua o "você", mas não saiu... E nada que eu dissesse seria capaz de esconder-lhe a verdade.

"Não usamos camisinha" falei desviando o papo propositalmente. Visando pelos dois lados, também seria uma resposta pra questão que punha em aberto.