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Acordo com alguém chacoalhando e rapidamente me sento na cama já sentindo as lágrimas escorrerem pelos meus olhos e caírem em meu colo se misturando com o suor.

Olho para o lado e logo sinto os braços de meu irmão me agarrarem em um abraço forte. 

Não tenho muitas forças, mas me esforço para retribuir na mesma intensidade e paro de tentar controlar meu choro.

_Ei, ei, calma, Angel, olha para mim, Angel - Meu irmão me chama e me segura pelos ombro me impedindo de voltar a me esconder em seu peito - Merda

Ele olha em meus olhos e rapidamente me pega no colo me levando as pressas ao banheiro e logo entendo o que está acontecendo.

Meu choro já virara descontrolado já sabendo do que se tratava o desespero de meu irmão.

Castiel sempre foi muito cuidadoso comigo, ainda mais depois dos meus misteriosos pesadelos. Nem um psicólogo consegue entender o que acontece em meu subconciênte enquanto durmo, assim como nem um médico consegue explicar o estranho fato em que uma garota de 16 anos chora sangue descontroladamente toda madrugada.

Ele me senta no vaso sanitário e pega uma toalha branca no armário que tinha em baixo da pia. Ele molha a toalha e vem em minha direção na tentativa de tirar as manchas vermelhas já formadas em meu rosto.

Eu tentava parar de chorar para ajuda-lo, mas não conseguia. 

O choro começou a sair do meu controle e eu comecei a me engasgar com minhas próprias lágrimas. O cheiro do sangue me deixava enjoada e excitada ao mesmo tempo. 

Imagens do meu pesadelo surgem em minha mente.

Os belos olhos negros... 

Me lembro da minha cara de assustada e começo a rir.

Rio como se tivesse visto a coisa mais engraçada do mundo.

Minha risada fica histérica.

Meu irmão me olha como se eu fosse louca... E talvez eu fosse....

Me levanto e olho no espelho. Me sinto bêbada, como se tivesse bebido de mais e depois tentasse andar em linha reta.

Consigo chegar até o espelho do banheiro e sorrio ainda mais com o que vejo.

Meus olhos estavam como os do moreno do meu sonho, completamente negros.

O sangue seco em meu rosto começou a me incomodar, e antes que meu irmão consiga me tocar, vozes, muitas vozes soam em minha mente.

Elas falam coisas desconexas em latim e grego.

As vozes começam a gritar, e, na tentativa falha de faze-las parar, coloco as mãos em meus ouvidos e começo a tenta gritar mais que elas me ajoelhando no chão.

Meu irmão entre em desespero e tenta me pegar no colo, porém, meu corpo inteiro entra em convulsão.

Meus olhos se reviram e eu me deixo levar pelo formigamento intenso em meus membros.

Não consigo aguentar tamanho desconforto e acabo por desmaiar.

{...}

Acordo com um barulho irritante e incessante e demoro um tempo para ver o que estava acontecendo.

Eu estava no hospital

Me sento na maca e olho para o lado vendo meu irmão olhando para mim.

Me levanto e vou até ele, mas ele não me vê... fica olhando para algo atras de mim.

Ao me virar, vejo a eu mesma naquela maca, deitada ainda de pijama e sem conseguir respirar sozinha.

Coloco ao mãos em meu rosto e saio do quarto de hospital, dando de cara com vários enfermeiros e enfermeiras... Mas um rapaz me chamou a atenção.

Ele estava de costas para mim, estava todo de preto, com coturnos e uma jaqueta de couro.

Não entendo, mas provavelmente o que realmente me chamou a atenção fora o fato dele ser o único de preto em meio a multidão de pessoas de branco.

Ando até ele, que se vira para mim no momento em que penso na possibilidade de virar as costas.

Arregalo meus olhos de certa forma que acho que poderiam saltar de meu rosto a qualquer momento.

Era ele!

_Olá ruivinha - Diz baixo de um modo no qual apenas eu o escuto

Me viro de costas para ele e começo a correr em meio a todos os enfermeiros.

Corro como se minha vida dependesse disso.

E depende

Olho para trás na tentativa de ver se ele estava atrás de mim, mas bato em alguém antes, o que me leva a cair ao chão.

_Aonde pensa que vai, sweet, estamos sozinhos aqui - Diz e abre os braços 

Olho ao meu redor e vejo todos os corpos vestidos de branco pendurados por ganchos.

Todos mortos.

Todos com os olhos abertos e roupas vermelhas.

Todos nos olhando.

Arregalo os olhos e me desespero.

_Oh, vamos, não seja tímida, venha - Diz me levantando do chão

Solto meu pulso de suas mãos e dou alguns passos para tras até bater em alguma coisa.

Solto um grito desesperado ao ver uma enfermeira sem seus membros me encarando. Assim como os outros, pendurada por um gancho.

Contenho as lágrimas e encaro o moreno a fim de nào lhe mostrar o quanto assustada me encontrava.

_Não está conseguindo, sweet - Diz andando até mim

Fico estática enquanto seus dedos passam lentamente pelo meu lábio inferior, indo até minha clavícula e voltando.

Fecho meus olhos quando passa suas ásperas e quentes mãos em meus braços.

_Abro os olhos - Diz alto e uma lágrima desce pela minha bochecha.

Ao abir os olhos encontro uma sala branca, não era a que estávamos, esta não tinha corpos

_O seu ficará aqui, junto ao meu - sussurra em meu ouvido

Viro meu rosto e encontro o corpo de um rapaz. Apenas o corpo.

Arregalo meus olhos e encaro o moreno a minha frente.

Ele tinha um sorriso diabólico no rosto e aponta com a cabeça para atrás de mim.

Ao virar o rosto me deparo com um aquário. Não entendo nada, então volto o meu rosto para o moreno.

Ao me virar encontro apenas o seu corpo sem vida e sem cabeça.

Me solto de suas mãos e começo a gritar e chorar desesperada.

Olho novamente e encontro sua cabeça, dentro do aquário, junto a minha.

XX

Ta pequeno, eu sei, mas eu não quero entregar a história assim de cara, então acalma um pouco aí, daqui a pouco os caps vão aumentar babys 


Bjo de luz para voces

Welcome to your HellOnde histórias criam vida. Descubra agora