GENTEEEEE, ME DESCULPEM! Demorei muito mesmo, mas esses dias estão sendo bem corridos pra mim. Posso culpar minha vizinha que fez aniversário agora sábado, e nossas famílias viveram juntas (finalmente um pouco de vida social nessas férias). Bem, sem enrolar muito, aqui mais um capítulo.
Boa leitura e não me matem sz.
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O ambiente estava quente.
Quente demais.
E não era pelo verão.
Chat Noir desceu pelo seu pescoço, alternando entre leves mordidas e beijos úmidos. Não seria exagero se Marinette revirasse os olhos de tanto prazer que sentia. Todo o seu corpo tremia, ansiando, pela primeira vez, a loucura estupefata daquele instante. Cada centímetro de sua pele se arrepiava pelas novas sensações. Era tão bom.
E Chat não estava diferente. Ele perdera a noção da realidade com aquela garota ali, em seus braços, recebendo seu amor. Passara horas imaginando o primeiro beijo deles, como essas típicas adolescentes clichês, mas nunca pensou que seria tão maravilhoso assim. Marinette ser inteiramente sua... nem que apenas por esta noite.
Seus gemidos sôfregos eram como uma bela canção aos ouvidos do loiro, ainda mais bela e excitante, sabendo que era de fato a causa deles. Não havia como ficar melhor... porém como piorar.
E então, ela abriu os olhos vagarosamente. Ao ver toda a situação, e onde ela iria parar, sua mente alertou como um lampejo, a fazendo simplesmente sair daquela posição e pisar no chão, assustando Chat.
— N-não... — sussurrou posicionando as mãos em seu peito o afastando. — Não, não, não... — balançava a cabeça negativamente repetidas vezes encarando o chão. — I-isso não está acontecendo... não está, não está... — ela se encontrava totalmente absorta.
Adrien respirou fundo procurando sanidade mental. Sabia o que viria a seguir no meio do turbilhão de emoções que sentira.
— Pois sim, aconteceu... — sua voz seca ecoou pelo cômodo e Marinette virou-se para subir o olhar em sua direção. — E não será a última vez. — selou seus lábios cordialmente. E murmurou baixo, ainda próximo do seu rosto corado com olhos azuis e grandes esbugalhados: — Você será minha quando finalmente aceitar.
E apenas pulou pela janela ao lado deixando a garota boquiaberta. Seu coração palpitava de uma maneira tão incontrolável dentro do peito, que a mesma teve que procurar a cadeira e sentar-se em busca de algum sentido daquela ocorrência esotérica. Precisava de sua racionalidade novamente, embora sabendo que se deixar levar pela emoção alguma vez na vida, não fora completamente ruim. Inconscientemente, passou os dedos finos e delicados pelo pescoço, logo subindo até seus lábios. Poderia sentir ainda o forte hálito de hortelã e desespero na região. Ou o corpo formigando de tensão. Mas principalmente, aquelas palavras formando uma íntegra incógnita que rondava sua mente.
~•~
Quem pensara que Chat Noir havia ido embora? Oh, teria que ver o belo desastre que impulsivamente causara. Bom, certamente, muito belo. Pensou que ela sairia xingando ele por todas as ofensas que conhecia, jogando vasos e objetos no chão, fervendo de raiva pelo seu momento de fraqueza, como previsto.
Marinette Dupain-Chang, sempre tão meiga, adorável e cheia de vida... porém com um lado impetuoso e desconhecido. Desde que virara Ladybug, aprendeu que sentimentos negativos eram como uma bruta correnteza, e que não adiantava nadar contra como queria. Ninguém presumiria a perca de auto controle por trás daquela francesa de cabelos curiosamente tão negros que se tornavam azuis. Como heroína da cidade, tentou várias formas de conseguir paz interior e força para lutar contra isso. A meditação era sua preferida quando executada, no entanto não era o suficiente.
Ela mesma se cobrava bastante acima de tudo. E somente piorou mais após a morte de Louis, quando entrou numa profunda depressão. À cada dia, ouvia sua voz soar em sua consciência, a culpando drasticamente pelo seu fim enquanto a dor apossava-se de sua frágil alma. Faltou um mês de aulas, causando incontáveis perguntas para Alya que mal podia responder. Só Adrien sabia. Só ele a conhecia como nem um outro se atreveria. Cada mísero segredo seu, cada mero detalhe, mesmo que insignificante. Tudo de um modo tão espontâneo, em longos anos de tenra confidencialidade implícita. Não eram simples amigos — de aparências diferentes —, não, algo muito maior e infinito.
O loiro suava frio de pé na clarabóia do prédio controlando qualquer mínimo movimento, até de respiração. Era acostumado com alturas sem apoio algum além das unhas afiadas fincadas à paredes, mas a preocupação pairava sobre. A espiava de soslaio, observando seus atos, apenas para checar se ela ficaria bem. Chegou a pensar em como a relação deles era tão complexa, e sorriu genuíno. Havia tantos contrastes quase em hostilidade. Há.
A azulada ainda estava sentada encarando o nada com uma expressão ilegível. Foi uma certa surpresa para ele, já que ela costumava agir na flor da emoção, todavia estava sem reação. Não sabia se isso era bom ou péssimo. Ela ainda permaneceu ali por alguns minutos, e foi até a cama. Escutou alguns murmúrios como se fosse uma conversa, mas tendo noção do que era, ignorou.
Decidiu ir para casa no final das contas. Saltou entre os prédios com cautela para não chamar a atenção no bairro já adormecido. Entretanto, havia um equívoco: a janela de seu quarto estava fechada. Franziu a testa, tendo certeza de que havia a deixado aberta justamente para poder entrar, assim como todas as vezes. E então, um nome esclarecedor como uma vívida lâmpada passou pela sua cabeça. Grunhiu. Ah, mas é óbvio... tinha que ser Félix e seus infortúnios sempre que possíveis.
Olhando para os lados, para ter certeza de que ninguém veria, desceu até a altura do vidro superior com a mão esquerda cravada na parede. Posicionou a unha do dedo indicador na matéria, e cortou minuciosamente num formato de um médio círculo, ouvindo o estridente som agudo. Socou delicadamente o resto para o chão do cômodo, e em seguida, passou o braço tentando alcançar a fechadura. Quando concluído, abriu a janela devagar e finalmente entrou no interior obscuro e silencioso. E deu um longo suspiro de alívio. A noite fora agitada afinal.
Ligou o interruptor na parede direita e deu de cara com alguém que simplesmente fez seu coração e respiração pararem e seu corpo inteiro gelar:
— Chat Noir?
— P-pai?
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Capa nova não? Ela acabou sendo fofinha mesmo sabendo que a fanfic não é e.e. Gostaram? Tá, parei.
Bxs <3.
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Half of Person❌Miraculous
ФанфикUm dos maiores medos de Marinette era de se meter em problemas incapazes de se resolverem. Porém não imaginava a gravidade da situação que entrara a partir do momento em que inesperadamente conheceu aquele ser tão intrínseco, cujo desencadeou uma sé...