(Alexia na mídia)
- Alexia! - escuto minha mãe gritar do andar de baixo. Fecho o livro em que estava lendo e vou ao seu encontro.
- O que foi mãe? - questiono ao vê-la observando alguma coisa na janela da sala.
- Parece que temos novos vizinhos. - finalmente ela se virou para mim e sorriu.
- Que interessante. - faço pouco caso e me viro para subir novamente.
- Ei mocinha, quero que você dê as boas vindas para nossos vizinhos. Você passa o dia todo enfurnada em casa, talvez na família nova tenha alguém da sua idade.
Minha mãe faz qualquer coisa para eu sair de casa. Digamos que... Sou um pouco anti-social. Simplesmente prefiro ficar sozinha junto com meus livros e meus fones. Mas minha mãe faz questão de sempre falar que o que eu vivo não é uma vida de verdade... e blá blá blá.
- Não mãe, obrigada. - bufo e me viro novamente.
- Alexia, por favor. - ela insistiu. Percebi na sua voz que ela já estava impaciente.
Me virei novamente com cara de tédio para ela.
- Tudo bem mãe, mais tarde irei falar com os novos vizinhos. Espere ao menos se acomodarem.
- Tá bom, assim espero. - sorriu, pegou uma revista no balcão da cozinha e sentou-se no sofá.
Qual é? Estou quieta no meu canto, lendo meus livros, para que preciso fazer amizades? Minha mãe não pensa o quanto isso é vantajoso. Eu podia estar matando, roubando, usando drogas. Mas não, eu estou aqui, enfiada dentro de casa, então ela não precisaria se importar tanto comigo. Sou uma garota de ouro não é mesmo?
Subo as escadas de madeira da minha casa e volto para meu quarto. Assim que entro decido ir até a janela para ver quem era os novos vizinhos. Não que eu esteja interessada, mas temos que saber quem são essas pessoas, possivelmente eles podem ser assassinos ou coisa do tipo.
Olho em direção a belíssima e grande casa e vejo que há uma garota de pele bem clara, cabelos negros e uma roupa totalmente preta. Parece uma gótica. Não é de se negar que ela é bem bonita.
Os móveis são descarregados do caminhão de mudança e percebo que eles aparentemente são bem antigos. Acho um pouco estranho, mas nada que eu devo me preocupar.
Logo em seguida um carro preto chega e estaciona em frente a casa. Um garoto também de pele clara desce do automóvel, não consigo ver seu rosto direito, então fico na dúvida de como é sua aparência. Os dois entraram e apesar do meu esforço para tentar vê-lo, não conseguir saber quem ele é.
Volto para minha cama e deito.
Será que eles são namorados? Amigos? Parentes? Ah, quer saber, nem sei por que estou com essa curiosidade toda. Coloco meus fones, abro meu livro e continuo a ler.
Depois de algumas horas fui acordada pela minha mãe, então vejo que dormi sem perceber. Ainda estava claro, olhei as horas e o relógio marcava 05:00 PM. Tomei um banho rápido e coloquei um short jeans preto e uma blusinha solta.
- Mãe vou lá. - digo para a mesma que está assistindo televisão e saio de casa.
Ok Alexia, você consegue. Só basta dizer seja bem-vindo ao nosso bairro. Meu subconsciente fez questão de me ajudar. Atravessei a rua, respirei fundo e dei três toques na porta.
Quando a porta se abriu pude ver o rosto perfeitamente do garoto que tinha chegado no carro mais cedo. Fiquei fitando seus lindos olhos cinzas impressionada com sua beleza. Sua pele é muito branca, e também lisa. E seu olhar era misterioso, até demais. Arrepiei-me toda.
- Seja b-bem vindo. - gaguejei sem querer. Maldito nervosismo!
- Obrigado. - ele respondeu de modo seco e bateu bruscamente a porta na minha cara.
Um garoto tão bonito e também tão mal educado? Saio daquela casa em passos firmes e xingando ele mentalmente de vários nomes.
Isso que da ser boa com as pessoas, sempre sou tratada ao contrário. Eu não conseguia descrever minha raiva de tão grande que ela era. Entrei em casa furiosa e fui em direção do meu quarto.
- Como foi filha? - minha mãe me perguntou em quanto eu passava pela sala.
Ignorei sua pergunta e passei direto mantendo meus passos firmes. Bato a porta com força e a tranco. Me jogo na cama e sinto lágrimas escorrerem no meu rosto. Eu tenho um terrível defeito, e eu me odeio por ter ele. Sou muito sentimental, acho que é esse o motivo de eu ser tão fechada. Tenho medo das palavras duras que posso ouvir das pessoas, tenho medo das atitudes que possam fazer para me magoar.
Mesmo sendo obrigada eu realmente queria receber os novos vizinhos. Pensei que minha mãe estava certa, eu poderia me comunicar mais com todos, mas olha o que deu. Tentei ser legal mas em troca aquele garoto idiota bateu a porta na minha cara. Talvez meu mundo seja junto aos fones e aos livros mesmo.
°°
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Meu Namorado É Um Vampiro
VampireAlexia Cooper leva uma vida normal com seus pais no estado da Califórnia. Mas a chegada de um misterioso vizinho irá mudar totalmente sua vida. Ela nem imagina as surpresas que vem pela frente, muito menos que elas partiram do seu novo vizinho. PLÁG...