Harry
Eu não sei o que estou fazendo aqui, mais eu não podia ficar lá mais um minuto se quer, aquele lugar estava me sufocando. Depois de todas as palavras que o Louis me disse sem nenhum remorso ou piedade destruiu meu coração, a única pessoa que eu consegui amar com todas as minhas forças tinha me virado as costas. Quem sabe aqui longe de tudo eu possa pelo menos suportar a dor, mais sei que será impossível.
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Louis e eu nos conhecemos por um simples acaso, nos mudamos pro mesmo bairro na mesma semana, desde que me mudei meus dias foram gastos ao telefone tentando transferir meu curso de fotografia para a faculdade mais próxima, minha mãe e eu decidimos isso pelo simples fato de que nossa antiga cidade estava urbanizada demais, barulhenta de mais, mal conseguíamos dormir a noite, pode ser exagero ou que esse não seja um motivo tão importante, mas ao contrario da minha irmã Gemma, não temos muito saco para cidades lotadas como aquela de antes. Logo de manhã no nosso terceiro dia na casa nova decidi explorar a vizinhança pra saber se tínhamos feito uma boa troca, fui até a padaria a pedido da minha mãe, o que honestamente possa ter sido meu maior e perfeito erro. Avistei ele completamente sozinho encostado na parede fumando seu ultimo cigarro, a medida que me aproximava minhas mãos ficavam geladas, e nem estava tão frio assim, nos olhamos e percebi que ambos paramos de respirar e eu não tive forças pra desviar o olhar, seus lábios pareciam o interior de uma rosa ao pressioná-los contra o cigarro já no fim.Depois do embaraço que tinha acabado de acontecer acenei discretamente com a cabeça e entrei na padaria.
Me perguntei, o que diabos foi aquilo? Nunca em toda minha vida fiquei igual um idiota parado na frente de uma cara analisando seus traços, e ainda mais porque um cara? Quem eu sou, quem eu não sou, e quem eu quero ser nunca foi questionado em momento algum.
Terminei de pegar as coisas que precisava passei pelo caixa e lá estava ele a escolher cigarros em uma prateleira com diversas marcas.
O caminho de volta pra casa pareceu mais leve, estava pensando o quanto faltava para o fim de semana e senti que alguém estava atrás de mim, me virei e ele o cara da padaria com seu jeito perigoso e fofo ao mesmo tempo estava a poucos passos atrás, continuei andando sem demostrar que aquilo estava me incomodando e ele continuou me seguindo. Aquela sensação de que você é apenas mais um marcado pra morrer estava me deixando aflito, eu estava com medo de me virar e perguntar o que ele queria comigo, mais não aguentei.
"Porque você tá me seguindo cara?" eu disse, analisando que ele era mais baixo que eu e se fizesse alguma coisa comigo, com certeza, ele se daria mal.
"O que? Calma ai, eu não to seguindo você." me olhou espantado
"Como não, desde a padaria você está atrás de mim."
"Estou indo pra casa e parece você mora na mesma direção, só isso." explicou
Droga, porque eu estava reclamando? Afinal nem o conheço, e não posso proibir ninguém de andar atrás de mim. Me virei sem dizer nada e continuei andando, aquilo foi pura estupidez.
"Ei espera!" ele me chamou
"Sim" me virei e respondi
"Foi mal por assustar você...sei disso porque sua cara ficou hilária quando me viu, pode me dizer se eu estiver errado"
"Tudo bem!"mal consegui responder
"Fica tranquilo eu não sou nenhum assassino procurando uma vítima, apesar das minhas quase 28 tattoos não faço mal a ninguém ok, é que eu tô rodando por ai pra colocar os neurônios em ordem, e tentar esquecer uns problemas com uma vadia" ele suspirou.
" E que eu sou novo por aqui não é nada pessoal, e sobre as tattoos tenho mais que você" respondi
"Woou então... estamos no mesmo barco não é mesmo?!"
"Bom, tirando problemas com vadias acho que sim, mas afinal não te disseram que isso é perigoso?" - o encarei tentando ser engraçado
"Sim, muitas vezes ... e pra escapar das armadilhas você tem que ser bom em transar chapado e manter segredos, que se dane o cavalo-branco e a carruagem."
Por essa eu não poderia imaginar, esse cara de olhos azuis cor de céu acompanhado de uma vermelhidão provavelmente do cigarro estava do meu lado confessando seu desapontamento com as vadias.
"Esta é a verdade sobre a verdade, tá falando sério?" perguntei
"E claro, para sentir um pouco mais você precisa se dar um pouco mais e eu nunca disse a ela ou a qualquer outra que me teria por completo. Mais o que você tem a ver com isso, foi mal por encher teu saco" ele respondeu envergonhado
Pensei um instante sobre o que ele disse, e vi que também nunca me dei por completo pra ninguém
"Posso te falar uma coisa, não temos garantias que daremos certo com alguém mais se eu fosse você não me torturaria e faria outra coisa do que ficar só pensando nisso" agora eu era concelheiro de desconhecidos, que maravilha.
" Você tem razão, não vale a pena mesmo, então e melhor desfazer meus planos de hoje a noite" -sorriu angelicalmente
Sei que ele não está desesperado ou que seja um homem cujo coração é oco mais não vou acreditar nas merdas que os caras falsos me falam, afinal não tenho nenhuma causa pra lutar e chega de dar uma de concelheiro.
" Bom eu moro aqui " falei chegando em frente a minha nova casa e nem tinha percebido que viemos o caminho todo conversando
" Caramba sua casa e incrível! A minha não é tão irada mais fica daqui a uma quadra" ele falou apontando adiante
"Valeu! Bom se precisar de mais concelhos ou um ombro pra chorar já sabe onde moro" me arrependi imediatamente, porque diabos eu falei isso?!
"Acho que isso não vai acontecer doutor" ele riu descaradamente, então ele estava achando a mesma coisa ? Eu me achando um intelectual de merda
"Isso que eu falei não pareceu tão inteligente o quanto eu pensava, eu quis dizer que..." ele me interrompeu com outra gargalhada que fiquei super envergonhado
"Relaxa cara, eu entendi só estava tirando uma com a sua cara as pessoas acham que eu estou destinado a explodir... na verdade elas não sabem de nada. A propósito qual é o seu nome?"
" Harry... Harry Styles"
"Então até qualquer hora Styles" falou saindo
"Ei não vai me falar o seu, preciso saber o nome dos meus pacientes a propósito" debochei e ele riu
"E quantos você já teve?"
"Na verdade você e o primeiro" sorri com cara de cachorro que caiu da mudança
"Quer dizer que Louis Tomlinson passou a ser cobaia, bom saber" sorriu, e sem olhar para trás se foi
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Loverboy || Larry Stylinson
Fanfiction(Hiatus) Desde que Harry se mudou para uma nova cidade, sua vida começa a ficar de pernas pro ar depois de conhecer o problemático Louis. Apesar de Louis amar Harry com a mesma intensidade faz tudo errado, e como consequência não conseguem achar u...