Stadtpark

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Roderich Pov.

Pela manhã ouço o barulho irritante do tilintar do telefone, o relógio marcava apenas cinco e meia da matina, seria rude se eu não o atendesse? Entretanto por outro lado poderia ser algo de suma importância. Me desvencilhei das cobertas tateando os pés pelo chão embusca das pantufas, na verdade só enrolava na pretensão que a pessoa do outro lado da linha desisti-se. Tentativas em vão. Tive de atender o telefone de qualquer jeito.

-Alô.

-Rod, preciso de sua ajuda.

Indentifiquei a voz como sendo a de meu adorável odiado vizinho Gilbert.

-Por um acaso você perdeu a noção das horas seu indigente!?

-Me escuta, o incrível eu se meteu em problemas e agora eu estou preso.

-... por que será que isso não me surpriende?

-Eu preciso que você pague a minha fiança, como eu sou réu primário posso recorrer a isso.

-Réu primário? Aqui na Áustria, você quis dizer.

-Olha você vai me ajudar ou não?

-Claro que eu vou, porém em troca de uns benefícios.

-Benefícios? Que benefícios?

-Você verá meu caro, você verá...

Gilbert me passou o indereço da delegacia e o valor da fiança antes de desligar o telefone. Certamente minha vontade era de deixa-lo mofar naquela delegacia, mas a ideia de ter Gilbert me devendo favores é muito mais proveitosa.
Já trocado saí de meu apartamento tentando não acordar os outros moradores do prédio, na verdade eu apenas queria ser discreto o suficiente para não chamar a atenção do novo zelador do prédio, mas quando me virei dei de cara com ele, o que me fez dar um pulo para trás.

-Se assustou senhor Edelstein? Por acaso estava tentando se passar despercebido.

-Não senhor Bernam, acontece que eu não esperava vê-lo a essa hora da madrugada.

-Digo o mesmo do senhor, estava indo tratar de negócios?

-Não, na verdade eu vou encontrar uma pessoa.

-Uma pessoa? Interessante, que pessoa?

-Sinto muito senhor Bernam, mas eu realmente tenho que ir agora.

Tratei de sair da presença dele imediatamente, realmente era um cara um tanto insuportável. Bernam se mudou rescentemente para Áustria a pedido de seu pai que é o dono do prédio onde moro atualmente, infelizmente esse cara é um fofoqueiro de primeira linha está sempre em todos os lugares e sabe sobre a vida de todo mundo, mas ele não era o pior dos meus problemas.
Peguei o elevador em direção ao piso subterrâneo seguindo em direção a garagem, certamente a delegacia ficava um pouco afastada de onde eu costumo frequentar. A porta se abriu fazendo com que eu me dirigisse ao setor A3 onde era localizada a minha vaga. Então um carro deu a ré quase me atropelando.

-Me desculpe senhor...

Elizabeta ergueu a cabeça para fora da janela do veículo, trancando a fraze ao me ver.

-Ah, Roderich, se eu soubesse que era você teria passado por cima.

-Um bom dia para você também Beta.

Ela me mostrou o dedo fazendo um gesto deveras vulgar. Quem nos vê atualmente nem acredita que um dia já fomos casados, e felizes, claro que naquela época Elizabeta era mais dócil.
A estrada me parecia um bom motivo para pensar, pensar principalmente no que Gilbert estava metido já que ele preferiu não comentar a inflação que cometeu, justificando que era apenas uma bobagem, mas parecia estar ocorrendo algo mais que Gilbert não queria me dizer, embora eventualmente acabarei descobrindo ao chegar lá.
Gilbert é minha sina, hora amigo, hora inimigo, hora namorado, dono de uma megalomania incontrolável que é capaz dos atos mais profanos para conseguir o que quer... como por exemplo quando conseguiu que eu me separasse de Elizabeta.

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⏰ Última atualização: Jul 10, 2016 ⏰

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