Peguei minha bolsa e fui para a escada, a única forma de descer, já que não tínhamos um elevador, mas não fazia falta, era somente um andar mesmo. Encontrei com o porteiro do meio do caminho e algo gritou no meu interior.
- Senhor Valdo! - Chamei-o ele se virou e sorriu para mim.
- Olá, Ellie - Cheguei ao seu lado e coloquei um pouco do meu cabelo atrás da orelha. - Precisa de algo?
- Somente uma informação. O espaço do primeiro andar está sendo alugado? - Mordi meu lábio inferior. O que havia dado em mim? Eu estava mesmo seguindo a ideia de Jenny?
- Está livre - Respondeu dando de ombros. - Já está há algum tempo, terei que diminuir o valor do aluguel.
- Entendo - Comprimir meus lábios e meus lábios se curvaram para cima. - Obrigado, Sr. Valdo! Bom, já vou indo, tchau.
Terminei de descer as escadas e corri até a esquina para pegar o ônibus, o que ia para a região metropolitana, porém eu descia um ponto antes de alcançar a cidade vizinha.
Não sei qual foi minha surpresa ao ver um carro parando na minha frente e com o vidro da janela do passageiro aberto.
- Ei, Pavlova! - Alex sorriu largamente para mim. - Entra aí!
Balancei a cabeça, mas entrei.
- Por que está passando por esse lado da cidade? É o mais longe do circo... - Perguntei para ouvir sua resposta, realmente não tinha motivo.
Ainda mais quando ele morava no leste - informações das minhas duas amigas de circo -, o circo ficava no nordeste e eu morava no oeste.- Nesse lado tem a melhor torta de limão siciliano da cidade, sabe como é? Um mágico tem que se manter bem alimentado - Maneei a cabeça mais uma vez e sorri concordando. Ele colocou seu carro para se movimentar e logo estávamos ganhando espaço entre os outros veículos.
- E então, Ellie... Se adaptando bem na cidade grande? - Questionou puxando assunto. Eu rir.
- Eu sou da cidade grande há seis anos, não é como se um mês fora me fizesse esquecer tudo... - ainda assim tenha sido horrível, completei mentalmente.
Alex olhou para mim por um instante sorriu, depois volto sua atenção para a estrada.
- Já está sabendo da apresentação do fim de agosto? - Alex perguntou.
- Sim! Pretendo fazer um número com o pessoal do trapézio.
- Muito bom! - Ele aprovou.
Paramos em um sinal e eu olhei para o banco de trás, olhando todas as suas coisas.
- O antigo mágico escondia todos os seus truques. - Comentei olhando-o pelo retrovisor, Alex me olhava de volta com uma sobrancelha arqueada e um sorriso leve nos lábios finos. - E você? Esconde as cartas na manga ou conta alguns segredinhos?
Eu não queria que elas perguntas tivessem duplo sentido, mas foi inevitável. O sorriso dele alargou-se enquanto ele colocava o carro em movimento mais uma vez.
- Ei! Tira esse sorrisinho do rosto! Estava falando das mágicas mesmo! - Intervi antes que ele chegasse a falar. Alex ergueu as sobrancelhas como se pedisse desculpas pelo seu pensamento pecaminoso e sagaz. Mas ainda assim disse com malícia na voz:
- Há mágicas que não podemos revelar fora de quatro paredes. - No mesmo instante em que essas palavras indecorosas saíram de sua boca eu virei meu rosto contra a janela, sentia todo meu sangue focalizado nas minhas bochechas e as pontas das minhas orelhas pareciam queimar de vergonha.
Não falamos mais durante o restante do caminho, em partes porque minha vergonha voltava sempre que eu me virara para ele e o encontrava sorrindo. E em outras porque não encontrávamos assuntos tão em comum assim, com exceção do circo.
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A Um Solo do Amor
ChickLit♥♥ Vencedor do Wattys Justo 2016, Primeiro lugar no Projeto Descobrindo Escritores ♥♥ Ellie tinha duas escolhas: viver remoendo seu passado infeliz ou criar um novo presente e futuro para si. Felizmente, ela escolhe a segunda opção. ...