Em sua mente, você nunca esteve onde eu estive. - Michael JacksonIris era o oposto de todas as garotas que havia conhecido em toda minha vida. Ela era doce, gentil, carinhosa e graciosa.
Gostava de todas as coisas que envolviam o amor ao próximo, e era bem religiosa. Amava ler a bíblia e gostava de pregar o amor de Deus. Mas algo faltava nela, faltava o amor por mim.
Iris falava com todos, brincava e se divertia com qualquer pessoa, menos comigo. Talvez eu não fosse bom o suficiente para Iris, mas conhecia pessoas ruins e piores que eu que andavam com ela.
O que eu tinha de ruim que não encantava Iris? Era uma pergunta constante em minha mente.
Lembro-me que uma vez ela estivera a cantarolar pela escola com uma de suas amigas. Cantavam uma música do Justin Bieber, eu não conhecia, mas era boa. Ela estava tão graciosa cantando. Seu cabelo castanho-claro com a ondulação perfeita de sempre, voava conforme o vento vinha em sua direção. Eu à olhava e sorria para ela, mas Iris não dava nem um pouco de atenção se quer para mim.
Neste dia eu considero o melhor dia daquela semana, pois tomei coragem de falar com ela, e por incrível que pareça, Iris não me ignorou e foi super gentil.
Conversamos sobre coisas aleatórias e ela me contou um pouco sobre sua vida, embora eu já soubesse de tudo.
Flashback
- Acho que você já percebeu que amo cantar - dizia ela.
- Ahã, sua voz é doce.
Iris pareceu estar com vergonha, mas logo deu um sorriso em agradecimento e perguntou se eu gostava de comer.
- Comer é bom - sorri.
- Eu amo comer, sério - ela me olhou sorrindo. - Você tem uma comida ai?
Abri minha mochila e peguei uma barra de chocolate dando para ela.
- É sempre bom andar previnido.
- Ai meu Deus, eu te amo - disse animada se deliciando com a barra.
- É sério?
Iris me olhou e sorriu. Eu sabia que ela havia dito aquilo de brincadeira, mas eu amei o que disse e o sorriso logo depois.
- Bom, você gosta de ler? - ela me perguntou.
- Gosto - sorri. - Amo toda a saga do Harry Potter e dos Instrumentos Mortais.
- Não curto este tipo de livro, mas minha amiga adora.
Olhei para ela que estava com o canto da boca suja e me atrevi a limpar. Iris ficou imóvel me olhando e não disse absolutamente nada.
Sorri.
[...]
Uma semana depois, Iris aceitou sair comigo, mas o passeio não pode acontecer, pois ela passou mal.
Ela havia ficado com uma terrível falta de ar e um grande desconforto em ficar com os olhos abertos, segundo sua mãe.
Eu a visitava todos os dias, embora ela estivesse dormindo e não pudesse me ver. Por um momento pensei que iria perder minha garota.
Um mês depois ela acordou e desejou me ver, eu, óbvio, fui ao hospital o mais rápido que pude. Ao chegar ela pediu a mãe para ficar a sós comigo, e com algum sacrifício sua mãe deixou.