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━ A única coisa que eu queria, era que o relógio girasse no sentido anti-horário. Que o tempo voltasse, assim eu poderia rever a única pessoa que amei, poderia consertar meus erros, dizer coisas que não foram ditas, poderia dar valor a minha única fonte de esperança e amor.

JeongIn sussurrou para si mesmo enquanto olhava desacreditado para o céu que permanecia cinza e sem vida, ele havia se sentado em um dos bancos da casa funerária e permanecia ali, se concentrando apenas no maldito céu escuro e sem vida alguma, o tempo estava terrível.

Os seus dedos estavam pousados em cima do porta retrato que com todo amor e carinho ele havia guardado por anos, para muitos a cena em si não deveria ter impacto algum, porém para Christopher Bang, foi como receber uma facada em seu coração.

JeongIn odiava observar coisas comuns como o céu, a natureza ou os animais, ele sempre foi uma pessoa ignorante sobre a vida e apenas se importava em prestar atenção nas coisas que lhe seriam úteis observar.

Christopher soube que o mais novo apenas observava o céu como forma de redenção pelo seu amor perdido. Pois, mesmo sem intenção, ele era o culpado por tudo, sim, culpado por toda a sua dor e até pela sua morte de Kim Seungmin, porém ninguém tinha coragem de o acusar, a culpa que presava por cima de seus próprios erros já o martirizou o suficiente em tão pouco tempo..

Kim Seungmin em vida foi uma pessoa espetacular, um garoto cheio de felicidade, um incrível filho, um amigo fiel, um irmão amoroso e um dedicado noivo, nunca falhava em nada e sem muita dificuldade conseguia fazer de tudo com perfeição. Porém, para Yang JeongIn, Seungmin tinha um defeito que sempre que possível era criticado:

Ele tinha o poder de ver o lado bom das coisas, consequentemente ele só via o lado bom de JeongIn, que era cheio de defeitos e imperfeições.

━ JeongIn, ele já foi cremado. - O mais velho falava baixo, já rouco de tanto chorar e em uma tentativa estúpida de sorrir, ele tocou no ombro do amigo que estava inexpressivo. ━ O que acha de ir para casa? Eu resolvo tudo o que falta aqui e eu termino a recepção dos convidados, depois eu vou na sua casa e te ajudo a embalar as coisas do... Eu prometo não te deixar sozinho hoje.

A tentativa frustrada de sorrir havia incomodado JeongIn, o mais novo apenas se levantou com o corpo mole de cansaço e abraçou o amigo que se segurava para não chorar mais uma vez.

━ Tudo bem, vá para casa e descanse um pouco, eu não fui o único que perdi algo. - Se afastou do amigo, antes mesmo de passar pela saída do local em que todos se despediam entristecidos do jovem falecido, JeongIn recuou, como se ele mesmo, em seu subconsciente não o permitisse partir. Mas com muita força de vontade e coragem ele conseguiu colocar os seus pés na rua.

Ele odiava o barulho, carros, pessoas, o vento, buzinas, gritos, animais domésticos emitindo sons e os celulares, os malditos dispositivos móveis, que além de emitir sons que o deixavam com uma maldita dor de cabeça, ainda viciavam todos a sua volta. Ele odiava, principalmente, sair de sua casa, pois ele sempre teve que desviar dos viciados que perdiam todo o seu tempo olhando para telas.

Sixty Seconds | SeunginOnde histórias criam vida. Descubra agora