— Boa sorte, Harry — ouvi Heitor dizer ao rapaz que estava ao seu lado.
Eu não me lembrava de nada, de absolutamente nada. Só fui instruída a matar a todos que o Heitor mandasse. E o estranho era que mesmo não querendo eu era obrigada a obedecer. Como? Eu também queria saber, não era com chantagem e nem nada do tipo, era quase que uma dominação psicológica.
— Para o meio da arena — comanda Heitor autoritário.
O rapaz olha para mim meio assustado contudo vai relutante para o meio da arena.
Seu rosto me era familiar, todavia não era do meu conhecimento onde o vi. Seu olhar era de pânico, era como se tentasse falar comigo mas ao mesmo tempo relutava para tal fato.— Que comece a luta! — grita Heitor.
Eu vou para cima do rapaz e ele recua.
Não era muito comum recuarem.
Tinha algo de diferente nele.
E eu não sabia o que era.
Eu parto para cima dele novamente e ele recua. Minha irritação já estava chegando ao seu ápice, se ele recuasse mais uma vez, eu o mataria sem piedade.
Como se eu tivesse alguma.
Parti para cima dele e dessa vez ele não recuou, mas se defendeu, sem nem ao menos tentar me ferir.
— Emilly, acorda, eu não sei o que está acontecendo com você, mas eu acredito que essa não é você! — diz baixo para que só nós dois ouçamos.
— Não sei como você sabe meu nome, mas você não me conhece. Só lute, isso é o melhor que você faz. — digo desfiro socos nele — que na maioria são defendidos.
— Que. Luta. Sem. Graça. — exclama Heitor tedioso — Ponham as armas na arena! — dá ordem aos seus soldados.
Seus soldados aparecem na arena e colocam uma mesa com espadas e lanças.
— Pelo amor de Deus, estamos no século XXI, quem ainda usa espada pra lutar?! — grita o rapaz inconformado.
Acabo rindo pois foi engraçada a sua observação.
Heitor não gosta nem um pouco da piada e de eu ter achado graça.— Então tá bom, Emilly, você usa a melhor espada. — apontou para uma espada linda, seu cabo era cor de ouro enfeitado com algumas esmeraldas — e seu corpo era de um prata cintilante — E você lobo, você vai usar aquela pequenina adaga — aponta para uma adaga que mais parecia uma faca de tão pequena.
— Ah, tá de sacanagem, Heitor! Eu já vou morrer, deixa pelo menos eu morrer com dignidade! — ele exclama e Heitor o ignora.
Eu estava gargalhando por dentro, isso parecia mais uma luta entre ele e Heitor, e não minha e dele.
— Que comece a luta, ou recomece, sei lá — diz ignorando o comentário do rapaz.
Agora sim, agora seria uma luta, mesmo que eu estivesse com vantagem. Parti para cima dele e dessa vez ele não conseguiu se defender, a minha lâmina acertou em um pequeno corte no seu abdômen.
— Ahh!! — grita de dor.
Eu sempre sinto prazer com o sofrimento das pessoas, mas o dele não me agradou. Pelo contrário, eu senti um pingo de remorso após ter feito isso.
Continue, Emilly!
Forço a mim mesma a prosseguir a luta. Desfiro outros golpes em sua direção que são facilmente desviados.
Eu não estava mais conseguindo lutar!. Minha mão tremia descontroladamente e eu não parava de suar frio.
Continuei dessa vez com mais força e agilidade. Acertei a sua panturrilha e ele novamente gritou de dor.
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Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)
VampireEmilly Altermann, uma vampira que é melhor amiga de um lobisomem, tem uma vida normal de rebeldias contra os seus pais e os seus irmãos. Sua vida dá uma reviravolta ao descobrir que ao invés de só uma vampira - que já não é nada comum - ela é metade...