#Introdução & Trailer#

470 33 8
                                    

[Diana]

Diana Jones. Este é o meu nome.

Pode dizer-se que eu tinha uma vida normal de uma adolescente, mas tudo mudou no dia 3 de Junho de 2013. Nesse dia, os meus pais morreram num acidente de carro.

É estranho.

Quando num momento estava na piscina, com as minhas duas melhores amigas, a falarmos de coisas banais, como, de que cor é que ia pintar as minhas unhas, e, de repente, recebo uma chamada que muda toda a minha vida.

Disseram-me que os meus pais tiveram morte imediata, ou seja, eles não sofreram. Disseram-me também que ninguém teve culpa, eles apenas perderam o controlo do carro. Mas isso não me fez sentir melhor, a verdade, é que tinha acabado de perder as duas pessoas mais importantes da minha vida.

As minhas duas melhores amigas, a Mia e a Carolina, em momento nenhum me deixaram sozinha, ficaram sempre ao meu lado, e isso é algo que nunca irei esquecer.

No mesmo dia, uma assistente social explicou-me que como não tinha mais parentes em Portugal, teria de ir para Londres viver com os meus tios, John e Mary, e a minha prima, Summer.

Na verdade, neste momento, a única coisa que me prendia a Portugal eram as minhas amigas e foram elas que quase me obrigaram a ir para Londres. Disseram que ir para Londres era uma oportunidade única, que sempre desejámos, e que me ia fazer bem afastar-me de Portugal, mas tive de lhes prometer que ia ligar todos os dias. Até mesmo à Carolina, que de todas nós, é a mais fria, me fez prometer que lhe ia ligar todos os dias, e, contar-lhe tudo o que me acontecesse.

Passados dois dias do funeral dos meus pais apanhei o avião para Londres.

Vivi durante dois anos com os meus tios e a minha prima. Mas assim que fiz 18 anos, pedi que me ajudassem a procurar um apartamento. Entenderam que ainda que me tenham acolhido durante dois anos, aquela nunca seria a minha casa, que precisava do meu espaço, de um lugar que eu pudesse chamar meu.

Decidi convidar a Carolina e a Mia para virem viver comigo, não só porque irei precisar de ajuda com as contas, pois apenas com o meu part-time na Womensecret não iria dar para pagar nenhum apartamento, mas também por saber os problemas que elas tinham em Portugal, e precisarem de sair de lá rapidamente, e, claro, porque sempre foi um sonho vivermos juntas, ainda por cima em Londres.



[Mia]

O meu nome é Mia Adams.

E, hoje vejo-me em Londres, por razões completamente contrárias às que eu imaginava à uns anos atrás.

Bem por onde começar...

Eu até aos meus 10 anos vivi o meu conto da fadas... Os meus pais estavam juntos. Tinha tudo o que precisava.

Sete anos depois de eu nascer os problemas começaram. Discussões, ciúmes compulsivos, e um ano depois, a violência. Tudo começou para a minha mãe, e, depois para mim. Chapadas, pontapés, empurrões faziam parte do nosso dia-a-dia.

Dois anos depois, uma amiga da minha mãe descobriu, e denunciou o meu pai. Aquele monstro que eu nem deveria chamar de pai.

Meses depois, a assinatura dos meus pais pôs fim ao casamento, e, junto veio uma ordem de afastamento, que o meu pai cumpriu até aos meus 13 anos.

A partir daí começaram os telefonemas com ameaças, fotos, mensagens. Fomos à polícia, mas, eles não conseguiam encontrá-lo. Ele telefonava de cabinas telefónicas, de diferentes partes do mundo, todas fora da Europa.

Eu e a minha mãe tentamos viver o nosso dia-a-dia normalmente, mas, cada ano que passa torna-se mais impossível, até que apareceu a oportunidade de ir para Londres, e, a minha mãe para a América, trabalhar numa empresa.

Pouco tempo depois, estava a despedir-me da minha mãe, e, a prometer que ia falar com ela todos os dias e, que a ia visitar em breve.

Assim que entrei naquele avião, com a Carolina para irmos viver com a Diana, senti-me nervosa, e, com medo de que tudo volta-se ao mesmo, mas tinha de tentar.



[Carolina]

Carolina Smith, 19 anos. Esta sou eu.

Eu nunca tive uma vida muito fácil, mas apenas algumas pessoas sabiam disso.

Durante todo o Secundário eu sofri de bullying. Durante vários anos tive de lidar com pontapés, empurrões, bofetadas, puxões de cabelos, entre outros, e certos comentários que me rebaixavam de tal modo que cheguei a pensar em suicídio.

As únicas pessoas que sempre estiveram lá para mim foram os meus pais, como é óbvio, a Diana e a Mia, e por isso estou lhes eternamente grata.

Em 2013, quando os pais da Diana morreram, ela foi para Londres.

Quando ela finalmente completou os seus 18 anos, convidou-nos para irmos viver com ela porque sabia os problemas que eu e a Mia estávamos a enfrentar.

Apesar de ter sempre o sonho de ir para Londres, os últimos acontecimentos têm ajudado para que aceite a proposta da Diana.




Nota: Sempre que apareça algo escrito em itálico é porque a personagem está a falar em português.






Beijos do Squad!


• The Secret • One Direction •Onde histórias criam vida. Descubra agora