Capítulo Um

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– Está gelado aqui, minha cabeça dói! Mas, como vim parar aqui? – Está muito gelado. Olhando ao meu redor, vejo apenas que é uma sala, não me parece nada familiar. – Nossa, como aqui está escuro! – A única fonte de luz que existe vem dos janelões de uma parede, a lua está enorme e o céu cheio de nuvens pesadas, vai chover.

– Mas, como eu vim parar aqui? Não me lembro de absolutamente nada! Preciso encontrar uma maneira de sair daqui! – Só agora percebi que estou deitada no chão e minha cabeça ainda dói. Com muito esforço, levanto-me olhando atentamente tudo, bem devagar. Parece ser uma sala de visitas, será que tem alguém nesta casa?

Olho pelas grandes janelas para descobrir alguma pista de onde estou, mas agora vejo que estou realmente perdida, não há nada além de árvores. Olho para toda a floresta, procurando sinais de luzes ou de alguma manifestação de civilização e não tenho sucesso, preciso saber se tem alguém nesta casa! "Minha cabeça dói". Ao virar para a esquerda, olho para uma porta e me assusto com a imagem de uma pessoa parada ao lado porta, olhando para mim, na escuridão.

– Quem é você?! – Perguntei na mesma hora. Mas a imagem humana não se mexeu, nem disse uma palavra. Estou começando a ficar mais nervosa, meu coração não para de bater. Como pode? Não tinha percebido aquela pessoa ali parada desde que acordei no chão gelado! Mais uma vez olho tudo ao meu redor para saber se deixei passar algo despercebido, estou ofegante, preciso me controlar.

A pessoa que está ao lado da porta ainda não se mexeu e é a única porta que há nesta sala! Volto a perguntar: "Você é o dono dessa casa? Poderia me dizer o que faço aqui? ". Sem sucesso, mais uma vez não fui respondida e estou com uma dúvida agora, será que realmente é uma pessoa?

Preciso realmente sair dessa sala, é a única porta que há! Meio trêmula e com atenção, vou até lá sem desviar o olhar para quem quer que esteja parado. Não consigo acreditar que ainda não tenha se movido, estou mais próxima agora, preciso ir até o final. Na última janela da sala, devido à luz, posso ver agora o que me assustava e realmente é alguém humano, mas está diferente.

Não, não pode ser. Ao chegar mais perto, posso ver agora que é uma estátua, muito bem-feita, inclusive. Sinto agora que estou mais tranquila, não consigo parar de rir, se eu pudesse, já tinha derrubado há muito tempo por ter me assustado!

Sem esperar mais, abro a porta, entrando em um longo corredor. Assim como a sala em que estou, ele se encontra apenas iluminado pelas grandes janelas. Começo a suspeitar que estou sozinha, não escuto som algum além do meu coração e dos sapatos. Ao entrar no corredor, vejo agora que não estou em uma casa como tinha pensado, e sim em uma espécie de mansão, pelas janelas posso ver as torres com suas janelinhas escuras.

Indo até a janela, olho para o chão do lado de fora, estou no sexto andar, aparentemente. "Minha nossa", olho agora toda a redondeza e percebo que vai ser mais difícil de sair daqui do que imaginava. Tinha a esperança de encontrar alguém, mas vendo todas essas torres, sem nenhuma luz, estou realmente sozinha. Seria melhor que aquela estátua realmente fosse uma pessoa, parando para pensar.

E agora? A única maneira de sair daqui será atravessando este corredor. Minha cabeça dói! Levanto a mão até a cabeça e olho de relance para a torre mais próxima, uma luz no quarto andar está acessa! Preciso ir até lá para pedir ajuda e avisar que estou perdida!

Começo a atravessar o corredor correndo, pelo menos por pouco tempo, pois minha cabeça latejou e precisei ir andando. Que situação! – Viro à direita e encontro outro corredor, ainda escuro com uma entrada no final, ela está mais escura do que a sala que estive, será que existe uma luz? Acho que não, terei que entrar mesmo sem enxergar... ah? O que é isso? Um beco sem saída? Tem uma parede aqui! Viro agora para o corredor sem saber o que fazer. Estou perdida!

Os JohnsonsOnde histórias criam vida. Descubra agora