As Passagens

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Não só algumas partes do seu corpo, mas sua cabeça também doia agora.

Luce estava deitada em uma espécie de câmara pequena demais, que permitia malmente que ela ficasse lá dentro.

O lugar era estreito e pequeno o suficiente para deixá-la apreensiva, apesar de ter alguns metros de cumprimento maiores, feito pelo o que parecia ser um material extremamente cortante.

Ouviam-se fortes batidas, de Luce contra esse emaranhado que a prendia.

A única coisa que ela reparou, além de que aquilo era muito forte e cortante, era que havia um pequeno feiche de luz, vindo do teto daquilo.

A primeira coisa que ela pensou foi em tentar escapar por lá, mas como era alto demais e não havia maneiras de subir, ela teria que tomar outras medidas.

A cada batida que ela dava para tentar inutilmente derrubar aquilo, suas maos enchiam mais ainda de sangue.

Ela bufou e se sentou bruscamente no estreito chão, fechando olhos.

Luce encostou sua cabeça naquilo e abriu os olhos, olhando diretamente para aquele feiche de luz, e decidiu naquele momento que sairia daquele lugar de qualquer jeito.

O impulso que ela deu para se levantar foi o suficiente para continuar, e colocando os pés na parede daquilo, e depois umas das mãos, pôs a outra perna e continuou a subir daquele jeito, sem tentar deixar muito o restante do corpo em contato com aquilo que parecia a cortar tanto.

Algumas partes de sua roupa estavam com alguns rasgos, resultado de toda aquela confusão que ela passara esse tempo todo.

Ela finalmente conseguiu chegar ao topo, e pôs os dedos entre aquele pequeno espaço, tentando empurrá-lo para torna-lo grande o suficiente para conseguir passar, mas ela logo percebeu que não seria o suficiente, porque havia afastado apenas poucos centímetros, então precisou arriscar, colocando as duas mãos, sem tentar escorregar.

Aos poucos aquilo estava se abrindo e mais luz entrava lá dentro, tanta que a deixou sem enxergar por algum tempo.

Assim que Luce conseguiu empurrar com todas as suas forças possíveis naquele momento, aquela pequena abertura agora tinha se tornado algo a mais, pelo menos algo que ela tentasse sair dali.

Ainda com muito esforço, Luce se impulsionou para sair daquele lugar estreito e passar por outro mais estreito ainda.

A luz ainda continuava forte, como luz do dia, então ela se sentiu um pouco desorientada e caiu, mas finalmente para fora de tudo aquilo.

Aquele lugar no qual estava agora pelo menos era coberto com grama, e olhando melhor ao redor ela pôde ter certeza que ainda estava sob o domínio do labirinto, principalmente por olhar para cima e saber que ainda estava sendo observada.

Seu corpo ainda sofria com os efeitos dos cortes feito pelo material tão cortante, mas sua cabeça parecia melhorar um pouco.

Calmamente , ela se levantou.

Haviam algumas setas coloridas que indicavam diferentes direções, Luce escolheu seguir em frente.

O caminho em que ela percorria se enchia de matos altos a cada instante que se passava, e paracia cada vez mais com uma descida também.

De repente, ouvia-se alguns sons de ventos fortes era...O que parecia ser água, um lago ou coisa do tipo. Então ela correu o mais rápido que pôde, pois só de pensar em algo para se beber depois de tanto tempo, era o suficiente para deixá-la daquele jeito.

O caminho agora era o mais íngreme possível, e Luce mal olhou e mal percebeu que estava pisando em muitas pedras, tantas que as fizeram cair.

O sangue em suas mãos aumentavam, pois ela pôs as mesmas antes de sair para suavizar o impacto, mas seus braços ainda estavam machucados.

Mundos Opostos/ Amor ConvergenteOnde histórias criam vida. Descubra agora