Marichat

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Oi, aqui é a gab! Antes que você comece essa incrível leitura eu vim aqui dar um recadinho: agradeço a todos que estão aqui nessa história e peço que votem pois é importante para a divulgação. É isso!

Agora você pode ler! ❤

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Adrien estava muito pensativo em relação aos seus sentimentos desde uma última conversa que teve com Ladybug. Ela não gostava de compartilhar sua vida pessoal, ele sabia, mas insistia mesmo assim na tentativa de saber quem era o mistério por trás de todo aquele traje. Mas, naquele dia em especial a garota acabou despejando um pequeno fato fatal. Porém, se Chat Noir soubesse que depois disso ele teria insônia, tristeza e chateação, com certeza não teria tentado meter o focinho na vida da heroína.

"Eu gosto de um garoto da minha classe."

Era a frase que ecoava em sua mente, e que havia vindo justamente da pessoa em quem ele depositava um amor esperançoso e mascarado. Sua Lady.

 
Ele mal acreditava, sentia-se como um gato abandonado à própria sorte. Um vira lata qualquer.

23:38h. Havia acabado de sair de uma longa conversa...

Em seu caminho para casa, se deparou com as luzes acesas no quarto de Marinette e achou um convite perfeito.

De um tempo pra cá, o rapaz começara a se aproximar de Marinette. Ouvia a garota mais atentamente e até trocavam conselhos e lições de vida, realmente ela era muito inteligente e sabia lidar com qualquer situação. Desde quando ela adquiriu tanta sabedoria?

Ele cogitou a ideia de lhe fazer uma visita, aproveitando que a jovem estava acordada e quem sabe não receber um bom conselho.

Ao chegar na janela viu a morena com os cabelos soltos e um pouco desgrenhados e um pijama largo e curto. Estava posta sobre a escrivaninha escrevendo algo concentrada.

- Olá princesa! - a garota virou-se com os olhos arregalados e maxilar trincado, porém quando viu quem era relaxou.

- Chat Noir! Que surpresa. O que faz aqui? - perguntou mesmo não estando muito interessada.

- Bom, senti vontade de ver o que você fazia com a luz acesa a essa hora.

- Bem, estou terminando um dever da escola pois não tive tempo. - Adrien se lembrou de que teria de fazer o mesmo dever - Que invasivo, não acha?

"Que vacilo. Sempre metendo o focinho onde não é chamado!" Pensou o gato. "Espera, porque Marinette não teve tempo de terminar o dever, o que será que a ocupou tanto a tarde inteira?"

"Argh! De novo!"

- Eu mando bem nessas coisas, posso ajudar? - Ele se ofereceu tentando ser gentil.

- Não precisa. Chat, fale a verdade, por que está aqui? - A garota perguntou erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços a frente do corpo, não estava convencida com a desculpa esfarrapada do gato.

- Você me pegou... Eu não estou me sentindo bem - colocou a mão no coração para demonstrar do que falava - preciso de um conselho, você é boa nisso! E quem sabe um carinho, gatos gostam disso também.

Ela revirou os olhos, sentou-se na cama e Chat em sua frente.

- Quem foi que judiou do vira-lata? - a garota questionou tampando a boca para abafar o riso.

- Bem, isso não importa, mas o caso é que eu não consigo me declarar pra ela. Agora menos ainda, ela gosta de outro cara.

- Em partes eu te entendo, mas não sei o que dizer, também não sei lidar com isso. - abaixou a cabeça com um olhar triste.

- Ei... - Ele colocou a mão sobre o queixo dela levantando sua cabeça gentilmente. - Não fica assim, só um babaca não consegue ver o quanto você é inteligente, criativa e... - ele apontou o quarto decorado mostrando a verdade, tudo ali tinha um toque único de Marinette - ...Especial - De repente ele sentiu uma náusea. "Idiota" pensou de si mesmo, tanto tempo perto de Marinette e só viera notar essas qualidades agora, ele foi atingido fortemente pelas suas próprias palavras. Um tiro.

- Obrigada Chat. - ela respondeu já soluçando, lágrimas contornavam seu rosto. O rapaz abraçou-a envolvendo seu corpo de um modo protetor. De repente a vontade de chorar chegou no seus olhos também. Mas ele não podia, tinha que ser forte. Por ela. Por Marinette.

Sentia seu uniforme se umedecer com as lágrimas da garota, mas realmente aquilo não importava no momento.

- Shhh... Não chora. - tentava acalma-la enquanto acariciava seus cabelos, o cheiro doce exalou pelo ar e invadiu suas narinas - Tudo bem, tudo bem... Shhhh. - as palavras serviam tanto para ela quanto para ele.

- Eu não quero ser obrigado a fazer cócegas em você!

A jovem levantou o olhar fazendo biquinho fingindo estar brava, mas logo soltou um riso.

- Então quer dizer que você quer mesmo, não é? - ela balançou a cabeça negativamente, mas já era tarde demais, o gato estava em cima dela segurando seus punhos com apenas uma mão e a outra fazia cócegas incontrolavelmente.

- Chat... - Mari tentava dizer aos gritos entre altas risadas, falhando pela falta de ar - Para... Hahaha... Não, por favor! Meus pais vão acordar!

- Só se você parar de chorar! - Ele parou, porém, não soltou as mãos dela.

- Não dá! Porque agora eu estou chorando de tanto rir!

- Ah é? Isso é melhor do que chorar por bobagem, não acha? - voltou a fazer cócegas e a garota já não aguentava mais e num impulso soltou um tapa feroz no garoto repreendendo-se logo em seguida.

- Desculpa...- Ela sussurrou baixo tentando recuperar o ar. O gato perguntou-se de onde ela tirou tanta força. Realmente foi doloroso, mas claro que não iria deixar transparecer.

- Então se acha forte agora não é? - Ele se abaixou, ainda tinha uma das mãos dela presa. Foi se aproximando como um felino prestes a devorar sua presa. A respiração dos dois estava ofegante e os olhos azuis e redondos dela estavam maiores ainda. Ela pensou que ele iria descontar a raiva do tapa, se encolhendo e se afastando cada vez mais, sentiu as costas na cabeceira da cama e viu que agora não tinha para onde ir.

- Vamos ver se consegue ser forte o suficiente para resistir a isso. - Mari, ficou confusa e assustada. Porém logo entendeu.

Chat encurtou as distâncias entre os dois selando os lábios rosados dela com seus, sentiu o seu rosto queimar com o calor do momento. Segurou a cintura de Marinette puxando-a mais para si.

Marinete ficou surpresa, mas não recuou, colocando sua única mão livre nos cabelos do rapaz como se quisesse trazer para mais perto do que já estavam. Ela não havia feito aquilo muitas vezes em sua vida. Talvez até nenhuma. Mas a sensação era de desejo e ansiedade, seus olhos não queriam abrir nunca mais, muito menos se afastar.

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Se você gostou dessa história recomendo ler "My Chat" e "Challenge",  outras obras de minha autoria.

Marichat (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora