Fábrica dos Prazeres

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Pornografia Escrita em letras restritas.

Poetas fantasiaram o que amantes realizaram,

vidas invejadas que se entregam sem medo.

Aos prazeres do degredo num mundo miserável.

Entrei pela larga porta da fábrica dos prazeres,

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Entrei pela larga porta da fábrica dos prazeres,

onde mulheres rebolam como serpentes torneadas em ouro.

Sentado num sofá de couro, a tua voz deslizou pelos ouvidos, em discursos encantados, gravei como palavras mágicas:

"É um prazer conhecer-te, deixa-me mostrar-te o meu mundo, onde podes amar quem quiseres, seres quem

és sem medo".

Em suaves mãos fui levado a um sítio nunca dantes fantasiado,

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Em suaves mãos fui levado a um sítio nunca dantes fantasiado,

onde mulheres passeavam mascaradas em corpetes rendados,

bordados de prazeres acompanhados de copos de champanhe.

Luvas de seda e pernas apetitosas, a sala das bonecas, o inicio do gemer.

Troca-mos olhares, numa atmosfera suave, em duro titânio me deixaste,

mãos públicas passas-te por sítios privados, pó mágico deste-me a cheirar.

mãos públicas passas-te por sítios privados, pó mágico deste-me a cheirar

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Sinto-me leve, pus a alma nas tuas mãos, respondi á tesão.

Num quarto entramos, cheio de velas acesas, um cheiro magnético saía dos fumos ligados.

A cama era robusta em vermelhos suaves e púrpuras fugazes.

Em segundos desapareceste como se nunca tivesses sido real.

Três seres de beleza rara surgiram do chão, corpos esbeltos como nunca vi.

Olhares intrigantes, bocas sufocantes.

Beijaram-se de forma intensa, habitando-me de uma tesão imensa

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Beijaram-se de forma intensa, habitando-me de uma tesão imensa.

Duas morderam-me o pescoço, enquanto outra percorria-me o corpo com a língua.

Estava no paraíso nunca dantes experimentado, sem alma e sem culpa, o prazer materializado,

entras-te no meu corpo bebeste o meu sangue, torna-mo-nos um ser superior.

Fui devorado por duas esfomeadas, levaram-me ao calor do inferno e voltaram

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Fui devorado por duas esfomeadas, levaram-me ao calor do inferno e voltaram.

Numa cama robusta repousamos, o corpo estava cheio de dentadas, a adrenalina repousou.

Fiquei sem alma e sem culpa, na fábrica dos prazeres tive o que desejei, as duas irmãs retiraram-se,

lascívia e sensualidade eram os seus nomes.

Sorriram-me em prazer, deixando-me satisfeito a lúxuria permaneceu comigo, percorrendo o meu interior.

Por vezes ouço o convite da sua voz, para deitar-me na fábrica dos prazeres, onde podes ter-me sem mereceres.

Ricardo Gomes

Ricardo Gomes

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