• Capítulo 5. part 2

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Henrique narrando

A semana tinha se passado tranquilamente e as aulas que eu pude dar foram mais ainda. Eu estava me dando super bem com a galera da faculdade e eles ainda me informaram sobre uma inauguração em uma boate por aqui, e eu tô pensando em ir com os parças.

Na sexta à noite o Rafão e o Rodrigo chegaram, fazendo farra e matando a saudade do Gabriel e tia Maria e de mim, é claro. A gente se conhece à muito tempo, desde a época da escola, não tínhamos muitos limites quando éramos mais jovens, mas depois que crescemos e pegamos mais responsabilidades com as coisas, "criamos" um pouco mais de juízo. Mas quando junta, não tem par, eles conseguem animar qualquer um e quando eu disse que teria festa na boate nova, eles já queriam ir, sem nem saber os detalhes, de onde, quando, ou quem ia. Eles não faziam desfeita de nenhuma festa, só chamar que eles colam, e como eles estão na minha casa, terei que acompanhar.

Tia Maria quase implorou pra eu ir, não queria deixa-los à noite sozinhos, mas ela garantiu que nada de mal iria acontecer á ela é Gabriel e que era pra eu ir com os garotos despreocupado.

Já beirava as 22hrs e nos estávamos prontos, e como Rodrigo veio de carro iríamos no dele, pois eu não tenho carro e tô pensando seriamente em comprar um, como eu tenho grana guardada cai dar certo e andar de ônibus/apé no RJ é complicado.

Ne despedi do meu garotão com um aperto, pois não costumo deixá-lo sozinho a noite, mas sei que com a tia ele estará seguro.

Assim que chegamos ao local onde me informaram, percebi que já havia um grande fluxo de pessoas e muitas mulheres bonitas, as luzes que iluminavam a boate podia de ver do lado de fora e as músicas rolando solta.

Como não tínhamos ingressos e/ou cortesias compramos na hora k camarote, porquê queriamos beber á vontade e iria compensar mais.

O camarote se encontrava na parte superior da boate, na lateral direita, ele estava vazio, acho que chegamos cedo demais...
Fomos em direção ao mini bar, o Rodrigo pegou a cerveja, Rafão uma dose de tequila que virou rapidamente e depois pegou uma mini garrafa de vodka pura, eu só peguei um energético com whisk, era a minha "mistura" preferida, mas não vou exagerar, pois do jeito que esses loucos bebem, vou acabar tendo que dirigir de volta pra casa.

Ficamos em um canto do lado do bar, tinham um pessoal da faculdade, uns era meus "alunos", outros eu apenas conheço de vista.

No local iam ser apresentações de vários MC's, DJ's e uma dupla sertaneja. Então, nesse exato momento a dupla se apresentava, eram uns sertanejos maneiro e atuais, ou seja, sofrências que fazem todo mundo beber mais.

Depois de umas cinco músicas (que eu realmente tinha prestado atenção), eu ja tinha bebido duas latinhas de Brahma, e os meus parceiros até que tinham manerado, agora com certeza iriam se soltar e realmente curtir, pois começou a tocar funk e dos pesados, e como nós gostamos, cantamos e arriscamos em uns passinhos que a galera se animou e se juntou com a gente.

Depois de um tempo, bebendo, dançando e cantando, eu estava de costas para o bar e algumas garotas chegaram, pois quase todos os homens do grupinho que se formou, olhou na direção do bar e começaram a elogia-las, eu só me virei quando elas já estavam de costas e eu podia jurar que conhecia uma delas de algum lugar.

Depois de um tempo meu olhar se voltou a uma turma que também se formou na outra ponta do camarote, era um pessoal da faculdade e como a galera que estava comigo conversava com eles, estávamos indo em direção a eles.

Logo vi a menina que eu me esbarrei por duas vezes na faculdade, ela estava mais linda ainda aquela roupa valorizava muito seu corpo e me dei conta que era ela e suas amigas que estavam no bar quando os meninos estavam admirando-as, eu fiquei com uma pitada de ciúmes, era estranho sentir isso, mas depois que eu percebi que ela tinha começado a chorar, parecia nervosa e triste ao mesmo tempo, e como eu já estava curioso é nervoso por vê-la naquela situação, me senti na obrigação de ir conversar com ela.

Cecília pareceu não me notar, mas quando a cutuquei, ela se virou pra mim deixando de lado as amigas á consolando e simplesmente me abraçou, eu fiquei sem entender, larguei minha latinha em uma mesa ao lado e abracei com força.

Depois de algum tempo ela me olha, ja mais calma e eu crio coragem de perguntar o que aconteceu.

Henrique: O que você tem? Tá tudo bem Cecília?

Cecí: Eu não quero mais ficar aqui, preciso ir embora. - disse voltando a chorar. Sequei uma lágrima teimosa dela caindo sobre seu rosto e pude perceber que ela estava linda aquela noite, como todos os dias.

Henrique: Vem, eu levo você. - me olhou supresa.

Cecí: Claro que não... Não quero te privar de se divertir está noite fique aí com seus amigos. Eu vou sozinha mesmo. - disse apontando para a rodinha em que eu estava. Mas, calma, como ela sabia que eu estava com eles? Não reparei que ela já tinha me visto. Que burro!

Henrique: Não vou deixar você ir embora nesse estado, vamos chamar um táxi.

Cecí: Mas eu vim de carro, não posso deixá-lo aqui.

Henrique: Se quiser eu posso ir dirigindo, você me fala onde é. Sou um ótimo motorista, madame. - ela gargalhou e eu fiquei feliz por tê-la feito sorrir.

Cecí: Mas eu vim com as minhas amigas, não quero que elas vão embora também. Mas preciso dar um jeito delas irem pra casa mais tarde, acho que o único jeito é ficar mesmo. - supirou.

Henrique: Isso eu dou meu jeito. - sorri. - Meus amigos estão de carro -apontei para eles dançando com as amigas dela. - podem deixar elas em casa ou na tua mais tarde, se você não estiver se sentindo bem. Agora para de bobeira e vamos.

Cecí: Tem certeza que elas não vão correr perigo?

Henrique: Garanto que estarão correndo mais perigo se não forem com eles. - sorri gentilmente, tentando transmitir segurança.

Cecí: Vou me despedir delas. Mas tem certeza que isso não irá atrapalhar você? Aqui vai ser melhor do que estar com uma bêbada magoada.

Henrique: Eu já estava pensando em ir embora mesmo, pois sou caseiro, não custa nada te deixar em casa. - ela sorriu e saiu.

Fui até os meus parceiros.

Henrique: Vocês precisam maneirar na bebida, vão levar aquelas garotas - apontei para as amigas da Cecília. - para casa. Vou levar a Cecília embora, ela não está muito bem.

Rodrigo: Que isso heim pegador, foi rápido. - dei um tapa em sua cabeça e ele riu e eu também.

Henrique: Claro que não, ela é minha aluna e não tenho intenções com ela.

Rafão: Impossível não ter, ela é gostosa pra caralh*@* mano. Mas vai tranquilo, a gente cuida daquelas lindas. - pegou a garrafa do Rodrigo que já estava vazia e jogou fora.

Rodrigo: Ei, eu podia ter terminado, odeio desperdiçar bebida. - tentou ser nervoso, mas já estava um pouco alterado e só riu.

Henrique: Eu já vou indo, vou ir direto pra casa depois que á deixar na dela. Rafão: Vai tranquilo parceiro, as lindas vão estar em ótima companhia e vou tomar cuidado com elas.

Fizemos um toque de mãos e fui em direção á Cecília, ela parecia estar segurando o choro. Mas pude ouvir um pouco da conversa delas.

Cecília: Calma meninas, ele é de confiança, só preciso ir, mas quero que vocês se divirtam e ele me garantiu que seus amigos são boas pessoas. - sorri ouvindo isso porque ela não os conhecia de verdade, eles faziam sim coisas erradas, mas eram do bem.

Cheguei mais perto e ouvi as amigas falando que queriam ir com ela, eu já fui falando.

Henrique: Fiquem despreocupadas, vou levá-la em segurança. E se os rapazes ali falarem algo desnecessário pra vocês, me falem, eu resolvo rápido. - elas sorriram e se despediram, mas falaram algo no ouvido se Cecília que sorriu.

Ela segurou minha mão e me guiou até a saída. E me levou ao seu carro.

Cecí: Você se importa de dirigir?

Henrique: Claro que não, me dê a chave. - ela jogou a chave pra mim é eu abri o carro apertando o botãozinho do cadeado, assim, destravando as portas.

Ela logo entrou no banco do passageiro ao meu lado, mexeu no GPS colando seu endereço e ele avisou que o trajeto duraria 25min em uma velocidade média de 30km/h.

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