Capítulo 7

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Três anos

Três anos haviam se passado,  três anos desde que eu tomei a decisão mais altruísta da minha vida.
Desde então, eu tenho vivido com as consequências da minha decisão, boas e ruins. A maioria boas, posso assim dizer.

Hoje tirei o dia para ficar com a minha família, brincamos com o Miguel, viramos os "masterchef de Seattle, mais especificamente, dentro de casa (fizemos uma bagunça na cozinha). Agora, estávamos deitados na cama escolhendo um filme, para fechar o dia.

- Temos aqui,- Rafa tinha três filmes na mão. - Os incríveis, A era do gelo e irmão urso.

- Aquele.- Miguel apontou para o filme "A era do gelo".

- Então vai ser esse.- Ele colocou o filme e se deitou ao meu lado. Ele estava bem próximo a mim, e eu não tinha dúvidas de que o amava profundamente. 

Ali, naquele quarto, pude perceber que eu não precisava de muito para ser feliz, eu tinha eles, e era suficiente.

- Mamãe, os animais falam como no filme?- A indagação do meu filho me tirou dos meus devaneios.

- Não amor, - eu sorri com a inocência dele. - Isso não é real. - Ele assentiu e voltou sua atenção para a TV. 

Percebi que a atenção do meu marido estava em mim. O sorriso em seus lábios me hipnotizou. Miguel estava entre nós, ele colocou a mão livre dele em meu rosto e acariciou.

As hora se passaram bem rápido, quando me dei conta o filme já havia acabado.

- Mais um!- Miguel pediu com os bracinhos levantados.

- Não senhor. - O peguei no colo. - Tá na hora de dormir, dá um beijo no papai e vamos para o quarto. - Ele fez bico, mas acabou cedendo.

Levei ele para o quarto e o coloquei na cama. 

- Boa noite mamãe. - Ele esticou seus bracinhos e eu o abracei. 

[...]

Estávamos a caminho da igreja, no carro tocava um louvor do novo cd do Leonardo Gonçalves.  Chegamos no culto antes do mesmo ser iniciado.

Nos sentamos bem na frente, o Jeff estava lá com a Beatriz e sua filha.

Depois do culto a Lais nos convidou para ir em um parque que ficava perto da igreja e nós fomos.

- Mamãe posso blincar nos bliquedos com a Kate?- Miguel apontou para um pula-pula logo a frente.

- Claro filho, vem eu vou te levar.- Segurei em sua mão e o guiei para onde outras crianças estavam brincando. Lais levou a Kate também e eles começaram a brincar.

Ver os sorrisos nos rostos dessas crianças dava uma alegria imensa. Lais e eu nos sentamos no banco junto com o Rafa e o Bruno. Enquanto nossos maridos conversavam Lais e eu colocávamos a conversa em dia, sem tirar os olhos das crianças em nenhum momento. Depois que o as crianças saíram do brinquedo fomos tomar sorvete.

Voltamos para igreja onde nossos carros estavam, nos despedimos da Lais e do Bruno e entramos no carro. No caminho fomos conversando. A rua estava um pouco deserta, só havia algumas casas com suas luzes ligadas, o que indicava que seus moradores ainda estavam acordados. Também, havia algumas pessoas em frente a sua casa.

O sinal fechou, e o Rafa parou, o que eu achei desnecessário, nós eramos os únicos, praticamente, naquele rua.

- Por que parar no sinal se não tá passando nenhum carro?- olhei para Rafa.

- Temos que sempre evitar acidente nunca se...

- Saiam do carro agora . - Um rapaz apontou uma arma para nós. Meu coração acelerou, e eu praticamente paralisei ali. - Saiam agora!- Ele ordenou, quase gritando.

Nos Planos De DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora